Donald Trump — Foto: REUTERS/Kevin Lamarque
A imposição de novas taxas comerciais pelo governo norte-americano, liderado por Donald Trump, trouxe consequências diretas para a economia brasileira, especialmente para os estados com forte presença industrial e laços com o mercado dos Estados Unidos. São Paulo, centro econômico e industrial do país, figura como o ente federativo mais afetado pelas tarifas.
O novo pacote tarifário impacta fortemente produtos brasileiros exportados aos EUA, sobretudo os bens industrializados, como aço, alumínio e produtos químicos. Devido à sua liderança nesse setor, São Paulo acumula as maiores perdas econômicas associadas à medida.
Outros estados também sentiram os reflexos da decisão. Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina — todos com cadeias produtivas voltadas à exportação — devem enfrentar desafios semelhantes, especialmente em segmentos como automotivo, metalúrgico e agronegócio industrializado.
Além disso, unidades federativas com elevado volume de importações também estão sob pressão, seja pelo aumento no custo do dólar, que encarece mercadorias estrangeiras, seja por possíveis retaliações comerciais brasileiras, que podem agravar o cenário econômico interno.
A medida dos EUA reacende discussões sobre a vulnerabilidade do Brasil em relação a mercados externos e a dependência de determinados setores produtivos de acordos bilaterais. Economistas apontam que o país precisa diversificar seus destinos comerciais e reduzir a exposição a decisões unilaterais de grandes economias.
O governo federal já avalia alternativas diplomáticas e comerciais para mitigar os efeitos das tarifas, incluindo revisões de políticas de incentivos, apoio à exportação e possível abertura de novos canais de negociação com outros blocos econômicos.