
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Na última sexta-feira (13), em entrevista à Gazeta do Povo, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, disse que a definição do governo brasileiro sobre terrorismo é controversa e que acha “estranho” o modo como ele tem lidado com os discursos antissemitas e pró-Hamas.
“Nós pensamos que matar crianças, bebês mulheres, decapitar, estuprar, além de atacar civis em suas casas e queimar tudo, é terrorismo. O governo brasileiro não pensa assim. Pelo menos pelas palavras que usaram”, disse Zonshine, que ainda classificou como vergonhoso o fato de haver, no país, partidos políticos que apoiam e tratam o Hamas como “movimento” pró-libertação da Palestina.
Apesar disso, muitas pessoas não israelenses estão se oferecendo para combater por Israel, embora a ajuda delas ainda não seja necessária, segundo o embaixador.
De acordo com a Gazeta do Povo, o Itamaraty e o presidente Lula classificaram os assassinatos de civis em Israel como terrorismo no último sábado (7), mas em nenhum momento o governo reconheceu o Hamas, autor dos atentados, como uma organização terrorista, alegando que a definição não é adotada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
