Cidades pelo mundo se protegem de 'onda de turistas'

Por: Rádio Sampaio com O Globo
 / Publicado em 26/04/2024

Turistas fazem selfie em canal de Veneza — Foto: MARCO BERTORELLO / AFP

A cidade de Veneza, na Itália, iniciou na quinta-feira (25) a cobrança de uma taxa de entrada diária de 5 euros (R$ 27) aos seus visitantes, uma medida para conter o turismo em massa, mas que suscita relutância entre os moradores, que não querem que o local se transforme em um "museu".

Assim como Veneza, diversos destinos do mundo impõem medidas para limitar a chegada maciça de turistas e evitar que a lotação de ruas e prejuízos a cidadãos locais. Veja exemplos 

Grupos limitados

Na Espanha, diversas cidades à beira da saturação saíram na frente para acalmar a fúria de seus moradores. A cidade costeira de San Sebastián, no País Basco, limitou a 25 pessoas os grupos turísticos em seu centro histórico e proibiu os guias de usarem megafone.

Barcelona, uma das cidades mais visitadas do país, também proibiu grupos de mais de 20 pessoas em seu famoso mercado de la Boqueria.  Por sua vez, a cidade andaluza de Sevilla quer fazer com que os não residentes paguem pelo acesso à célebre Plaza de España.

Guerra aos cruzeiros

A popular ilha espanhola de Mallorca, nas Ilhas Baleares, autoriza desde 2022 um máximo de três cruzeiros diários em seu porto, entre eles apenas um "mega-cruzeiro". A ilha vizinha de Menorca limitará, por sua vez, o acesso de carros.

Símbolo do turismo de massa, o porto croata de Dubrovnik impõe desde 2019 um limite de dois cruzeiros por dia, com um máximo de 4.000 passageiros cada um, ante o acúmulo de visitantes em suas ruelas medievais retratadas na série "Game of Thrones".

Amsterdã, por sua vez, proibiu a chegada de cruzeiros ao seu centro histórico.

Acesso limitado a Machu Picchu

No Peru, a cidade inca de Machu Picchu- que foi colocada em 2011 como Patrimônio Mundial da Unesco- tomou providências devido ao "excesso de visitantes". Atualmente, apenas cerca de quatro mil pessoas são autorizadas a entrar diariamente para ver as ruínas.

Reserva nas Calanques

No sudeste da França, o Parque Nacional de Calanques impõe um sistema de reserva para acessar a enseada de Sugiton, ameaçada pela erosão, com um máximo de 400 pessoas por dia no verão. Antes, eram 2.500.

Fechamento de 'A Praia'

Na Tailândia, a ilha paradisíaca de Maya Bay foi fechada entre junho de 2018 e janeiro de 2022 para a restauração completa dos recifes de coral. Imortalizado em 2000 no filme "A Praia", com Leonardo di Caprio, o local foi devastado por anos de turismo de massa. O local foi reaberto com uma vala que limita o movimento.

Monte Fuji e gueixas

Também vítima de seu sucesso, o mítico Monte Fuji, perto de Tóquio, aplicará a partir deste verão uma taxa de 2.000 ienes (quase US$ 13 ou 65 reais) e uma taxa máxima para acesso à sua trilha de caminhada mais popular.

Enquanto isso, a cidade de Kyoto, diante do aumento do número de visitantes intrometidos, proibiu a entrada de turistas nas ruas particulares do famoso bairro das gueixas.

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