Na manhã desta quinta-feira, 9 de janeiro de 2025, o chefe de operações da 5ª Delegacia Regional de Polícia (5ª DRP) de Palmeira dos Índios, Diogo Martins, concedeu uma entrevista para o repórter Niraldo Correia, da Rádio Sampaio 94.5 FM, e falou sobre a prisão do sargento da Polícia Militar, Sampaio, acusado de feminicídio.
O crime ocorreu no dia 20 de novembro de 2024, em um hotel localizado no centro da cidade, tendo como vítima a feirante Solange Silva, de 44 anos. Segundo Diogo Martins, o sargento Sampaio, que estava de férias no momento do crime, era lotado no 10º Batalhão de Polícia Militar, em Palmeira dos Índios. Após ser apontado como principal suspeito, Sampaio se apresentou voluntariamente em Maceió no dia 25 de dezembro de 2024, quando foi cumprido o mandado de prisão expedido pela Justiça.
As investigações, conduzidas pela equipe do delegado Rosivaldo Villar, descartaram a hipótese inicial de suicídio apresentada pela defesa do acusado. De acordo com o chefe de operações, a perícia realizada no local do crime não encontrou indícios que corroborassem essa tese, resultando na denúncia formal por feminicídio.
“A perícia foi fundamental para concluir que se tratava de feminicídio. O inquérito foi concluído e remetido à Justiça, e agora cabe ao advogado decidir se manterá a tese de suicídio ou apresentará outra defesa”, explicou Diogo Martins.
Por se tratar de um crime doloso contra a vida, o caso deve ser levado a júri popular. “A pena para feminicídio varia de 20 a 40 anos, podendo ser aumentada em situações agravantes. Além disso, como efeito imediato de uma possível condenação, o sargento perderá seu cargo público”, afirmou o chefe de operações.
Martins revelou que a arma utilizada no crime não foi encontrada até o momento. Apesar disso, o inquérito foi concluído e a Justiça poderá determinar novas diligências, se necessário.
Atualmente, o acusado está detido em um presídio militar em Maceió, mas, caso seja condenado, poderá ser transferido para um presídio comum, conforme determina a legislação para servidores públicos condenados por crimes graves.
Diogo Martins destacou a importância da transparência no trabalho policial e da parceria com a imprensa para manter a população informada. “Divulgar informações de forma correta e no momento adequado é essencial para garantir que as investigações não sejam comprometidas e que a sociedade tenha acesso à verdade”, concluiu.
O caso continua a repercutir em Palmeira dos Índios e será acompanhado de perto pela população, que aguarda os próximos desdobramentos do processo judicial.
Ouça a entrevista completa: