Roberta Dias estava grávida quando foi assassinada - Arquivo pessoal
O julgamento dos acusados pelo assassinato de Roberta Costa Dias começa nesta quarta-feira (23), em Penedo, após 13 anos de espera. Os réus vão responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menores e aborto provocado por terceiros. Somadas, as penas podem ultrapassar 60 anos de prisão.
Entre os dias 23 e 25 de abril, o Fórum Desembargador Alfredo Gaspar de Mendonça, em Penedo, será o cenário de um dos julgamentos mais esperados e impactantes da história recente de Alagoas. Sentarão no banco dos réus Karlo Bruno Pereira Tavares, conhecido como “Bruninho”, e Mary Jane Araújo Santos, acusados de participação no brutal assassinato da jovem Roberta Costa Dias, ocorrido em abril de 2012.
Roberta tinha apenas 18 anos e estava grávida de três meses quando desapareceu. Conforme apurado pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), a jovem foi morta por se recusar a interromper a gravidez de um relacionamento com Saullo de Thasso Araújo dos Santos, filho de Mary Jane, à época com 17 anos. O caso comoveu o estado e ganhou novos contornos em 2021, quando a ossada de Roberta foi localizada na Praia do Pontal do Peba, em Piaçabuçu, nove anos após o crime.
Áudio
O áudio registrado em uma gravação de uma conversa entre o réu Karlo Bruno Pereira Tavares e um amigo dele, onde Karlo Bruno confessa que matou a jovem Roberta Costa Dias, pode ser decisivo para o desfecho do julgamento do caso. O mesmo áudio, divulgado em 2018, foi periciado pela Polícia Federal à época e proporcionou maior celeridade ao caso, com a denúncia e indiciamento dos réus.
Família pede Justiça
Em um apelo emocionado, Mônica Reis, mãe da vítima, gravou um vídeo pedindo justiça: “Eu espero que vocês, jurados, façam justiça pelo crime de Roberta, que não teve chance de se defender. Nem o filho dela teve a oportunidade de vir ao mundo.”