Foto: Victor Fernando
Na tarde desta quinta-feira (2), a Câmara Municipal de Palmeira dos Índios realizou uma audiência pública no Clube Campestre para discutir a questão da demarcação de terras no município. O encontro reuniu vereadores, agricultores, proprietários rurais, representantes da prefeitura e a sociedade civil, em um espaço de diálogo aberto sobre o tema.
O objetivo do evento foi ouvir os diferentes segmentos envolvidos e buscar, em conjunto, alternativas que garantam segurança jurídica, respeito à história local e valorização da terra como fonte de sustento das famílias palmeirenses.
Durante a audiência, o advogado Adeilson Teixeira Bezerra destacou preocupações em relação à atuação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), relatando que moradores da zona rural têm se sentido pressionados por abordagens em suas propriedades. Segundo ele, há casos que configurariam desrespeito ao Estatuto do Idoso, com relatos de violência psicológica. Adeilson Bezerra defendeu a necessidade de intensificar a atuação jurídica em favor dos agricultores locais.
Já o vereador Gileninho Sampaio reforçou a importância de buscar o consenso e afirmou que não é possível aceitar que famílias sejam retiradas de suas terras. “Jamais iria apoiar uma situação que deixasse pais e mães de família sem seus lares. Defendo o bom senso e a paz entre indígenas e agricultores”, declarou.
O parlamentar também alertou para os impactos econômicos que uma eventual desocupação poderia trazer para o município. “Além de atingir os agricultores, a demarcação nessas condições pode prejudicar o comércio local, o emprego e a renda de Palmeira dos Índios”, afirmou Gileninho Sampaio.
A audiência, proposta pelo vereador Lúcio Carlos Medeiros, buscou construir um documento de consenso a ser encaminhado às autoridades competentes, como forma de garantir tranquilidade para agricultores e povos originários, preservando o equilíbrio social e econômico da cidade.
Foto: Victor Fernando
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