Temporal e ventania causou estragos em uma fábrica da Toyota em Porto Feliz (SP) — Foto: Régis Rosa/TV TEM
A Toyota está procurando alternativas de fornecimento de motores em unidades do exterior para abastecer as fábricas de Sorocaba e Indaiatuba (SP), que tiveram a produção afetada após o vendaval de segunda-feira (22), que destruiu a fábrica de Porto Feliz (SP).
As informações estão em um comunicado da empresa divulgado na quinta-feira (25). A fábrica de motores da montadora voltará a funcionar com capacidade máxima apenas em 2026. A produção da Toyota no Brasil está paralisada.
Ao todo, 800 pessoas trabalham na planta da unidade afetada. O temporal causou diversos estragos materiais, com telhas de zinco da cobertura sendo arrancadas e arremessadas a seis quilômetros de distância. Além disso, pelo menos 30 funcionários foram socorridos com ferimentos leves.
De acordo com a empresa, o levantamento de danos prossegue, "a fim de permitir o desenvolvimento dos respectivos planos de reparo, mantendo a segurança das pessoas como a maior prioridade".
Ainda conforme a empresa, em uma primeira análise, a retomada da planta de motores deverá levar meses.
"Considerando essa situação, a empresa está buscando alternativas de fornecimento de motores junto a unidades da Toyota em outros países, com o objetivo de retomar a produção de veículos nas plantas de Sorocaba (SP) e Indaiatuba (SP)."
Em função da situação, a empresa também informou que desde a quarta-feira (24) iniciou tratativas com os sindicatos em busca de alternativas para a manutenção dos empregos dos colaboradores das três unidades produtivas.
"As propostas serão apresentadas a partir de hoje, para votação nos próximos dias e, assim que aprovadas, serão aplicadas de forma emergencial. Mesmo diante desse cenário desafiador, a Toyota do Brasil segue confiante na superação de todos os obstáculos para uma rápida recuperação de suas atividades de produção de motores e veículos no país."
Na fábrica de Sorocaba (SP), que fica às margens da Rodovia Castello Branco (SP-280), são 4,5 mil funcionários que trabalham na montagem de veículos, que são vendidos no Brasil e no exterior.