Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. — Foto: Getty Images via BBC
A Alemanha disse que "não cederá" e que a Europa deve "responder com firmeza" após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar a imposição de uma tarifa de 25% sobre as importações de automóveis e peças.
De acordo com o líder americano, as tarifas vão entrar em vigor em 2 de abril e os EUA vão começar a cobrá-las dos importadores de veículos um dia depois. As taxas sobre as peças e partes de veículos devem começar em maio ou posteriormente.
"O que faremos é uma tarifa de 25% para todos os carros que não são fabricados nos Estados Unidos", disse Trump em pronunciamento no Salão Oval na quarta-feira (26/03).
Além da Alemanha, outras grandes economias mundiais prometeram retaliar. A França classificou a medida como uma "notícia muito ruim", o Canadá afirmou que se tratava de um "ataque direto" e a China acusou Washington de violar as regras do comércio internacional.
No início da quinta-feira, as ações da Porsche, Mercedes e BMW em Frankfurt caíram drasticamente, assim como da empresa francesa Stellantis, fabricante da Jeep, Peugeot e Fiat.
Trump também ameaçou impor tarifas "muito maiores" se a Europa trabalhar com o Canadá para provocar o que ele descreve como "dano econômico" aos EUA.
Trump afirma há muito tempo que as tarifas são parte de um esforço para ajudar a indústria de manufatura dos EUA e diz que se os carros forem fabricados nos Estados Unidos "não haverá absolutamente nenhuma tarifa". Tarifas são impostos cobrados sobre mercadorias importadas de outros países.
Embora as medidas possam proteger as empresas nacionais, elas também aumentam os custos para empresas que dependem de peças do exterior. As empresas que trazem mercadorias estrangeiras para o país pagam o imposto ao governo. As empresas podem optar por repassar parte ou todo o custo das tarifas aos clientes.