Fogo atinge a Blue Zone da COP30 - Foto: Cedidas/CNN
Uma carta enviada pela ONU ao governo brasileiro, na semana passada, já apontava riscos estruturais na COP30, incluindo “potenciais riscos de segurança devido à exposição à eletricidade”. O alerta foi feito por Simon Stiell, secretário-executivo da UNFCCC, após uma série de problemas registrados no evento em Belém (PA), como alagamentos, falhas de refrigeração e incidentes de segurança.
O documento foi encaminhado ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao presidente da COP30, André Corrêa do Lago, e ao governador Helder Barbalho. Segundo Stiell, a água teria entrado “pelo teto e pelas luminárias”, elevando o risco de choque elétrico. A ONU pediu reparos urgentes e impermeabilização diante da recorrência de chuvas na capital paraense.
O episódio que motivou a reação formal da organização foi a invasão de manifestantes à Blue Zone, área oficial de negociações, na noite de terça-feira (11). À época, participantes já relatavam problemas como goteiras, alagamentos localizados e falhas no sistema de ar-condicionado.
Em resposta, a Casa Civil afirmou que não houve alagamento generalizado, apenas “ocorrências localizadas, como goteiras”. Disse ainda que vazamentos foram causados pelo rompimento de calhas no Media Center e no Posto de Saúde 2, estruturas que teriam sido reparadas.
O incêndio registrado nesta quinta-feira na mesma Blue Zone pode ter sido provocado por um forno de micro-ondas instalado em um dos estandes, segundo as primeiras informações.
O fogo foi controlado em seis minutos. No total, 56 bombeiros atuaram diretamente na resposta, enquanto uma equipe externa permaneceu de prontidão com um carro de combate. Para conter as chamas, foram usados 244 extintores, além do acionamento de uma mangueira instalada na área.
Ninguém ficou ferido, e a investigação deve confirmar a causa do incidente, que ocorreu justamente dias após a ONU alertar o governo brasileiro sobre fragilidades na infraestrutura do evento.