
Guilherme Derrite - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A ida de Guilherme Derrite para o Congresso Nacional após deixar a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo provocou uma reviravolta no cenário político e no debate sobre combate ao crime organizado no país. Agora relator do PL Antifacção, Derrite assume um papel central no enfrentamento às facções criminosas, reforçando sua projeção nacional.
A proposta relatada por ele prevê classificar grupos como PCC e Comando Vermelho como organizações terroristas — medida que, segundo defensores, ampliaria as possibilidades legais de repressão e abriria espaço para cooperação internacional, especialmente com os Estados Unidos, no combate ao chamado “narcoterrorismo”.
A movimentação, no entanto, tem impactos que ultrapassam a segurança pública. Com Jair Bolsonaro possivelmente fora da disputa presidencial de 2026, o quadro eleitoral ganha novos contornos. Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, surge como potencial candidato à Presidência apoiado pelo ex-presidente, enquanto Derrite aparece como nome competitivo ao Governo paulista.
O avanço do PL Antifacção e o protagonismo de Derrite têm sido apontados por aliados como sinais de fortalecimento de um projeto político alinhado ao discurso de endurecimento contra o crime — uma pauta que mobiliza grande parte do eleitorado conservador.
Para seus apoiadores, a expectativa é clara: que essa nova configuração represente uma resposta à altura do que consideram o principal clamor da população — mais segurança.
