Foto: Reprodução/Redes Sociais
A investigação sobre a morte de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, ocorrida durante uma ação da Polícia Militar em Palmeira dos Índios, no dia 3 de maio de 2025, chega a uma etapa crucial. No próximo dia 15 de julho, será realizada uma reprodução simulada do caso, conduzida pelo Instituto de Criminalística de Alagoas (IC) no local onde o fato aconteceu.
O procedimento contará com a participação de peritos criminais, testemunhas, representantes do Ministério Público Estadual (MPAL) e delegados responsáveis pelo inquérito, com o objetivo de esclarecer divergências entre os relatos dos policiais e a versão apresentada pela família da vítima.
Um laudo pericial recente revelou a presença de material genético em um revólver calibre .38, que, segundo os policiais, estaria com Gabriel durante uma suposta fuga. Contudo, o documento não especifica se o DNA é proveniente de sangue, pele ou outro resíduo biológico. Para confirmar a origem do material, o Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca coletou amostras genéticas dos pais do adolescente. A arma, conforme apurado, não possui registro no Sistema Nacional de Armas (SINARM) da Polícia Federal.
Dois laudos técnicos ainda são aguardados e podem ser determinantes para o desfecho do caso. O exame residuográfico, que verificará a presença de pólvora nas mãos de Gabriel, indicará se ele disparou uma arma de fogo. Já o laudo balístico analisará o funcionamento do revólver, a compatibilidade dos projéteis e a possibilidade de disparos realizados. Ambos os documentos ainda não foram entregues à Polícia Civil.
A reconstituição do caso é aguardada com grande expectativa pela sociedade alagoana, que cobra respostas sobre as circunstâncias da morte do jovem. A família de Gabriel Lincoln segue exigindo uma investigação rigorosa e transparente.