Marina Ramos / Câmara dos Deputados
O governo foi surpreendido com a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautar para esta quarta-feira (25) a proposta que suspende os efeitos do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esperava sentar para negociar para decidir uma data, e a percepção é, segundo um articulador político do governo, de que isso irá paralisar o orçamento. Inclusive, o pagamento de emendas parlamentares. A informação é do Blog do jornalista Gerson Camarotti (g1).
Para o Palácio do Planalto, as negociações deveriam ser no âmbito do novo pacote de medidas tributárias para substituir o aumento do tributo, decretado em maio.
A expectativa, no entanto, era que a Câmara aguardasse, pelo menos, a divulgação do resultado do relatório bimestral — marcada para 22 de julho. Com isso, o governo teria uma percepção melhor do cenário em relação às contas públicas e, assim, analisar a questão do IOF.
Mas, dessa forma o governo foi surpreendido, e um integrante da articulação política usou palavras duras em relação ao Motta por ter tomado essa decisão e feito o aviso em uma rede social, na noite dessa terça-feira (24), sem um comunicado oficial.
A expectativa era, inclusive, que Hugo Motta conversasse nesta quarta-feira (25) com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sobre o tema.
Aviso pelas redes sociais
A informação de que o tema seria pautado para esta quarta foi divulgada pelo presidente da Câmara dos Deputados em uma publicação na rede social X, publicada às 23h35.
Motta explicou que estariam na pauta o projeto de decreto legislativo que susta o decreto do governo que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras, e outros temas que já estavam acordados com o governo.