Bandeira do Irã | Pexels
O Irã executou mais três prisioneiros por suposta espionagem e colaboração com Israel. Segundo a agência estatal Irna, os enforcamentos foram realizados na manhã desta quarta-feira (25), um dia após o país aceitar a proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos e declarar o fim do confronto com Tel Aviv.
Os prisioneiros executados foram identificados como Azad Shojaei, Edris Aali e o iraquiano Rasoul Ahmad Rasoul. Além de espionagem, o trio, que estava detido na prisão de Urmia, na província iraniana do Azerbaijão Ocidental, foi acusado de levar “equipamento de assassinato” para o Irã.
Na última semana, a Anistia Internacional alertou para a possível execução de Azad, Edris e Rasoul, dentre outros prisioneiros. No comunicado, o grupo afirmou que o judiciário iraniano havia acelerado os julgamentos dos acusados devido à escalada do conflito entre Israel e Irã – em 13 de julho –, como forma de punir Tel Aviv.
"Julgamentos acelerados e execuções por suposta colaboração com Israel mostram como as autoridades usam a pena de morte como arma para afirmar o controle e incutir medo entre o povo do Irã. As autoridades devem garantir que os detidos tenham julgamentos justos, inclusive durante conflitos armados", disse Hussein Baoumi, vice-diretor regional para o Oriente Médio e Norte da África da Anistia Internacional.