ONU encontra evidências de que Hamas estuprou vítimas israelenses durante os ataques de 7 de outubro

Por: Rádio Sampaio com G1
 / Publicado em 05/03/2024

Terroristas do Hamas em ataque a Israel, em 7 de outubro — Foto: Divulgação/Consulado de Israel em SP

Um grupo de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) relatou, na segunda-feira (4), que há "motivos razoáveis" para acreditar que o grupo terrorista Hamas cometeu estupro, "tortura sexual" e outros tratamentos cruéis e desumanos às mulheres durante os ataques de 7 de outubro, que deram início à guerra Israel-Hamas.

"Foram reunidas informações circunstanciais críveis, que podem ser indicativas de algumas formas de violência sexual, incluindo mutilação genital, tortura sexual ou tratamento cruel, desumano e degradante", diz o relatório de 24 páginas da ONU.

O relatório foi produzido pela equipe de Pramila Patten, enviada especial da ONU para violência sexual em conflitos, que visitou Israel e a Cisjordânia entre 29 de janeiro e 14 de fevereiro. Sua missão foi reunir, analisar e verificar informações sobre violência sexual relacionada aos ataques de 7 de outubro.

Segundo Patten, há também "motivos razoáveis" para acreditar que violências assim podem ainda estar acontecendo.

"A equipe da missão encontrou informações claras e convincentes de que alguns reféns levados para Gaza foram submetidos a várias formas de violência sexual relacionadas ao conflito e tem motivos razoáveis para acreditar que essa violência possa estar acontecendo", disse o relatório da ONU.

No relatório, Patten disse ainda que a visita de sua equipe não tinha o objetivo de ser "de natureza investigativa", mas que conseguiu produzir o relatório a partir das informações coletadas durante a viagem.

Ela disse que não conseguiu se reunir com nenhuma vítima de violência sexual, "apesar dos esforços empregados para incentivar vítimas a falar". No entanto, os membros da equipe realizaram 33 reuniões com instituições israelenses e entrevistaram 34 pessoas, incluindo sobreviventes e testemunhas dos ataques de 7 de outubro, reféns libertados, profissionais de saúde e outros.

Segundo Patten, "há motivos razoáveis para acreditar que ocorreu violência sexual relacionada a conflitos durante os ataques de 7 de outubro em vários locais ao longo da periferia de Gaza, incluindo estupro e estupro em grupo, em pelo menos três locais".

Em vários locais, ela disse, a equipe descobriu "que vários corpos totalmente nus ou parcialmente nus da cintura para baixo foram recuperados - principalmente mulheres - com as mãos amarradas e atingidos várias vezes, muitas vezes na cabeça".

O padrão de despir e restringir as vítimas "pode ser indicativo de algumas formas de violência sexual", diz Patten.

O relatório surge quase cinco meses após os ataques do Hamas em 7 de outubro, que deixaram cerca de 1.200 mortos e cerca de 250 pessoas feitas reféns. Desde então, a guerra de Israel contra o grupo terrorista devastou a Faixa de Gaza, matando mais de 30 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A ONU afirma que um quarto dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza enfrenta a fome.

A equipe da ONU também quer apurar acusações de abusos que teriam sido cometidos por soldados israelenses na Cisjordânia.

Nesta segunda, na assembleia geral da ONU em Nova York, o embaixador de Israel cobrou um posicionamento da organização:

"A ONU diz que se preocupa com as mulheres, e neste momento mulheres israelenses estão sendo violadas e sofrendo abusos pelos terroristas do Hamas. Onde está a voz da ONU?" perguntou Gilad Erdan.

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