
Plenário do STF durante sessão de julgamento | Foto: Carlos Moura/STF
O “Tribunal”, livro de autoria dos jornalistas Felipe Recondo e Luiz Weber, revela que a Supremo Tribunal Federal (STF) sondou a alta cúpula militar antes de adotar medidas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O livro relata que depois de constatarem que os militares não participariam de um possível golpe de Estado, os juízes do STF teriam tomado duras atitudes contra Bolsonaro, validando, por exemplo, por 10 a 1, o “inquérito do fim do mundo”, segundo o ministro aposentado, Marco Aurélio Mello.
No livro, o relato de que o ministro Luiz Edson Fachin, ao assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2021, enviou “emissários” para sondarem os comandantes das regiões e eles trouxeram as notícias de que nenhum deles partilhava da visão de Bolsonaro, sobre as urnas eletrônicas.
A partir dessas informações, Fachin passou a ignorar pedidos e perguntas do então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, sobre as máquinas.
Já com Alexandre de Moraes na presidência do TSE, Nogueira ouviu respostas grosseiras: “Ô Paulo Sérgio, pode ser que caia um meteoro e destrua a terra. Tenha a santa paciência”.
Moraes também, supostamente, considerava Bolsonaro “burro”. O ministro Luiz Fux acreditava que Bolsonaro “ouvia gente errada”.
Por: Alírio de Oliveira
