
Lira e Lula: para o presidente da Câmara, ideal seria a recondução de Augusto Aras ao comando do Ministério Público — Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), entrou na briga para influenciar a escolha do presidente Lula para a chefia da Procuradoria-Geral da República ( PGR). A informação é do blog da jornalista Malu Gaspar, de O Globo.
Segundo o blog, Lira e Lula tiveram uma conversa a sós em Nova York, em que o presidente da Câmara deixou bem claro que não apoia a indicação do subprocurador Antônio Carlos Bigonha, defendida por uma ala do PT que o vê como progressista e ligado às causas da esquerda.
Lira está entre os que temem que Bigonha seja um "Janot piorado" ou "lavajatista", como costuma dizer o ministro do Supremo Gilmar Mendes, inimigo do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, que defende o vice-procurador geral eleitoral Paulo Gonet. Outro ministro do STF que defende Gonet é Alexandre de Moraes.
Mas, de acordo com interlocutores do presidente da Câmara, ele considera que o PGR ideal seria mesmo Augusto Aras, que ocupou o cargo durante toda a gestão Bolsonaro e ainda trabalha para ser reconduzido.
Lira defende Aras por conta de seu esforço anti-Lava Lato e a blindagem que ele montou na PGR contra o que costuma chamar de "criminalização da política".
Segundo relatos obtidos pela equipe da coluna, Lula apenas ouviu o apelo de Lira e não deu pistas sobre quem vai escolher.
O presidente da República também já indicou que não quer deixar a PGR por muito tempo sob o comando de uma interina – no caso, a subprocuradora Elizeta Ramos.
