
Walter Delgatti | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Nesta segunda-feira (21), o hacker Walter Delgatti Neto foi condenado a 20 anos e 1 mês de prisão, além de 736 dias-multa, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, ocultação de bens, interceptação de comunicações telefônicas e invasão de dispositivo informático alheio, com o fim de adquirir, alterar ou destruir dados ou informações sem a autorização do usuário.
A sentença de Walter foi proferida pelo Juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal (DF), responsável pela ação proveniente da Operação Spoofing, que investigou o Telegram dos celulares de Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e outros investigadores que fizeram parte da Lava Jato, além de jornalistas, artistas, empresários e autoridades pertencentes aos Três Poderes.
A decisão foi obtida pela Jovem Pan News, que divulgou que o juiz teria dito que os ataques cibernéticos de Delgatti foram direcionados a diversas autoridades públicas, especialmente a agentes responsáveis pela persecução penal, além de diversos outros indivíduos que possuem destaque social. Além disso, a reincidência e o uso de identidade falsa também tiveram impacto na sentença.
Segundo o magistrado, a personalidade do hacker também foi avaliada de maneira desfavorável, uma vez que o réu não se arrependeu dos crimes cometidos e ainda disse que seus atos foram para ajudar os brasileiros. Delgatti também teve imagens encontradas em seu computador, onde apresentava um exibicionismo de suas condutas ilícitas.
Também foram condenados Thiago Eliezer Martins Santos, sentenciado a 18 anos e 11 meses de reclusão, além de 547 dias-multa; Gustavo Henrique Elias Santos, sentenciado a 13 anos e 9 meses de reclusão, além de 520 dias-multa; Danilo Cristiano Marques, que deverá cumprir 10 anos e 5 meses de prisão e pagar 100 dias-multa; e Suele Priscila de Oliveira, que irá cumprir seis anos de reclusão e 20 dias-multa. Luiz Henrique Molição foi condenado, mas recebeu perdão judicial após delação premiada.
