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O estudo “State Of The Global Workplace” revelou que os trabalhadores brasileiros estão em quarto lugar na América Latina em sentimentos de raiva e tristeza, e em sétimo lugar quando se trata de estresse.
Cerca de mil pessoas em cada país ou região responderam por telefone a uma série de perguntas traduzidas para seu idioma nativo.
Quando perguntados se vivenciaram estresse no dia anterior, 46% dos trabalhadores brasileiros disseram que sim.
Quando o assunto é raiva e tristeza, o número é de 18%. Já em tristeza, os brasileiros somam 25%.
De acordo com especialistas, fatores externos impactam e intensificam as emoções, e interferem nas esferas de subjetividade do trabalhador.
Segundo Nilton Ota, professor do departamento de Psicologia Social e do Trabalho da USP (Universidade de São Paulo), é preciso levar em consideração a complexidade dos sentimentos e dos ambientes em que estão inseridos.
As emoções podem variar culturalmente de país para país e ser diretamente influenciadas pelo contexto em que ocorrem, como a dinâmica familiar, o regime de trabalho e as mudanças econômicas.
“O trabalho molda aspectos importantes da subjetividade, que não ficam restritos ao ambiente profissional, mas se estendem à vida privada e familiar. Um problema no ambiente de trabalho, por exemplo, pode impactar a dinâmica familiar, atribuindo novos significados às emoções envolvidas”, afirma Ota.