Kwonat Hajo/Anadolu via Getty Images
O Ministério das Relações Exteriores condenou, neste sábado (21), o bombardeio aéreo realizado por Israel na sexta-feira (20/9) no subúrbio de Dahiyeh, no sul de Beirute. O ataque das Forças de Defesa de Israel resultou em pelo menos 37 mortos.
De acordo com o Itamaraty, o “governo brasileiro acompanha, com forte preocupação, esse mais recente episódio na escalada de tensões na região”.
“O Brasil exorta as partes envolvidas ao exercício de máxima contenção e à imediata interrupção dos ataques, que ameaçam conduzir a região a conflito de ampla proporção. O Brasil reafirma sua convicção sobre a urgência de alcançar cessar-fogo permanente e abrangente na Faixa de Gaza, como forma de evitar o alastramento das hostilidades para outras áreas do Oriente Médio”, declarou o governo.
O Itamaraty informou ainda que, por meio da Embaixada do Brasil em Beirute, “segue monitorando a situação dos nacionais do Líbano e prestando as orientações devidas à comunidade brasileira”.
Novos bombardeios
Reprodução/Telegram
Nove pessoas morreram e outras 2.750 ficaram feridas após pagers de menbros do Hezbollah explodirem em uma operação coordenada, na terça-feira (17). Os equipamentos foram importados da Gold Apollo, cuja sede fica em Taiwan, e emitiram um alerta antes da explosão, simulando uma mensagem real.
A Gold Apollo, no entanto, informou que os aparelhos foram fabricados por uma empresa sediada em Budapeste. Os pagers foram produzidos pela BAC Consulting KFT, sediada na capital da Hungria.
O The New York Times informou que o Hezbollah encomendou mais de 3 mil pagers da Gold Apollo. A empresa, que tem sede em Taiwan, não se pronunciou sobre o caso. Os equipamentos foram distribuídos para membros do grupo extremista no Líbano, além de aliados no Irã e na Síria.
O Ministério das Relações Exteriores afirmou na noite desta terça-feira (17/9) que não há brasileiros entre as vítimas dos ataques com pagers que explodiram no Líbano.
A informação foi divulgada por meio de nota. Ainda no comunicado, o ministério afirmou que está empenhado em “prestar as orientações devidas à comunidade brasileira” diante da situação delicada no Líbano.
Os pagers foram um meio de comunicação móvel desenvolvido nas décadas de 1950 e 1960. Ele se popularizou durante as décadas de 1980 e 1990, antes do crescimento do uso de celulares. No Brasil, eles ficaram conhecidos como "bipes".
Imagem de um pager (bipe) usado no Brasil na década de 1990. — Foto: Wikimedia Commons
De acordo com a Al Jazeera, fontes da segurança libanesa informaram que os pageres que explodiram foram importados pelo Hezbollah há 5 meses. Dentro dos equipamentos, foram identificadas cargas explosivas de menos de 50 gramas.
Um membro do Hezbollah disse à agência que os pagers esquentaram antes de explodir. Os equipamentos eram de uma marca que não era comumente usada pelo grupo.
Após o incidente desta terça, o governo libanês pediu que todos os cidadãos que possuem pagers joguem os dispositivos fora imediatamente, segundo a agência de notícias estatal do Irã Irna.
O que se sabe é que eles passaram a ser usados depois que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, pediu a seus combatentes, especialmente os que estão na linha de frente na fronteira sul do Líbano com Israel, que parassem de usar smartphones, porque o país vizinho poderia rastrear os aparelhos. Os pagers não têm geolocalização.
O Hezbollah prometeu retaliação, enquanto o governo libanês condenou o ataque e prometeu levar o caso ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU)
Palácio do Itamaraty | Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Na noite do último sábado (13), após os ataques do Irã a Israel, o Ministério das Relações Exteriores, chamado também de Itamaraty, publicou um pronunciamento onde diz ter “grave preocupação” no acirramento do conflito. Além disso, também ressaltou que desde o início o governo do Brasil alertou sobre o potencial destrutivo do alastramento dos ataques à Cisjordânia e outros países, incluindo o Irã.
“O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada”, diz a nota.
Aos brasileiros que estão nos países em guerra, o Itamaraty recomendou que sigam as orientações divulgadas nos sites e mídias sociais das embaixadas do Brasil.
Leia o comunicado a seguir:
“O Governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria.
Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã.
O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.
O Governo brasileiro recomenda que não sejam realizadas viagens não essenciais à região e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras.
O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado”.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, também se pronunciou no último ataque e condenou a escalada de conflito. “Condeno fortemente a grave escalada representada pelo ataque em grande escala lançado contra Israel pelo Irã”, disse. “Nem a região nem o mundo consegue aguentar outra guerra”, afirmou o português, que recomendou um cessar-fogo imediato.
Palácio do Itamaraty | Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Nesta terça-feira (26), o Ministério das Relações Exteriores afirmou, em um comunicado à imprensa, que está acompanhando o processo eleitoral venezuelano com “expectativa e preocupação”. No texto, o Itamaraty diz que a candidata Corina Yoris, indicada pela força de oposição do país, foi impedida, sem motivo plausível, de registrar sua candidatura.
“Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”, diz o comunicado.
O acordo de Barbados foi assinado após uma negociação entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana, para que houvesse garantias de que o processo eleitoral presidencial deste ano fosse transparente.
As eleições da Venezuela devem ocorrer no dia 28 de julho. O prazo para a inscrição das candidaturas terminou na madrugada de hoje (26), sem que Yoris fosse indicada como representante de María Corina Machado, a principal opositora de Maduro.
A seguir, leia a nota do Itamaraty na íntegra.
“Esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas, na noite de ontem, 25/3, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país.
Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial.
Onze candidatos ligados a correntes de oposição lograram o registro. Entre eles, inclui-se o atual governador de Zulia, também integrante da Plataforma Unitaria.
O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil.
O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo”.
Palácio do Itamaraty | Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Nesta segunda-feira (19), o Ministério de Relações Exteriores, conhecido como Itamaraty, convocou o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, para uma reunião no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro. O assunto da reunião deve girar em torno da “gravidade das declarações desta manhã do governo de Israel”, conforme a nota emitida pela pasta.
O ministro Mauro Vieira, também convocou o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, que deve embarcar para o Brasil amanhã.
Na avaliação de fontes do Itamaraty, o embaixador brasileiro foi “tocaiado” no Museu do Holocausto quando Lula foi classificado como “persona non grata” em Israel.
No último domingo (18), Lula comparou a ação israelense na Faixa de Gaza ao holocausto. O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, disse à CNN que o presidente não vai pedir desculpas por sua crítica.
“Sempre tratamos de maneira muito respeitosa e defendemos a solução de dois Estados, mas não tem nada do que se desculpar. Israel é que se coloca numa condição de crescente isolamento”, afirmou Amorim.
Foto: Pixabay
O Itamaraty emitiu uma nota orientando os brasileiros evitarem o deslocamento para região de Machu Picchu, no Peru, devido a protestos e greves que tem acontecido desde o dia 25 de janeiro. “A Embaixada orienta turistas brasileiros que estejam em Águas Calientes a evitar deslocamentos desnecessários e a entrar em contato com a IPERÚ – entidade do governo peruano que é responsável pela assistência ao turista e está coordenando a evacuação de turistas do local”, diz o comunicado.
“A Embaixada orienta turistas brasileiros no Peru a não tentarem ingressar no distrito de Machu Picchu até que esteja superado o contexto de greves e protestos”, acrescentam, e dizem que estão acompanhando de perto a situação. A grave na localidade de Machu Picchu começou na semana passada em rejeição à decisão do Ministério da Cultura de vender pela internet praticamente todos os ingressos para o sítio arqueológico, deixou as ruas do local vazias, sem turistas ou visitantes, de acordo com a imprensa local. Grupos de moradores de Machu Picchu e operadores de turismo consideram que a venda de ingressos pela internet é uma terceirização do serviço pelo Ministério da Cultura.
Os moradores decidiram radicalizar a greve, que impede o acesso ao sítio arqueológico desde a última quinta-feira, e ratificaram sua exigência de que a venda de todos os ingressos virtuais por uma empresa terceirizada seja cancelada.
A ministra da Cultura, Leslie Urteaga, disse no último domingo que governo não mudará sua decisão de implementar um novo sistema de venda de ingressos para Machu Picchu e considerou que a paralisação “é produto de algumas pessoas que querem continuar lucrando com o patrimônio cultural através do mercado negro de ingressos”. “Há algumas pessoas (que estão por trás do protesto), entendo que são ex-autoridades de Machu Picchu, com as quais gostaríamos de conversar, mas há uma resistência lamentável a esse diálogo e não estamos aceitando chantagem de forma alguma”, disse Urteaga, em declarações citadas pelo jornal ‘El Comercio’.
Imagem: reprodução
Nesta segunda-feira (1°), uma TV japonesa fez um alerta aos brasileiros sobre os riscos de tsunami após o terremoto de magnitude 7.6 que atingiu o país na madrugada de hoje.
“Província de Hyogo emitiu um alerta de Aviso de Tsunami. Por favor, fuja o mais rápido possível para salvar sua vida. Fuja para um lugar mais alto possível”, diz o comunicado, feito por uma japonesa que fala português, que também apresentava placas com as frases verbalizadas.
Após o terremoto, o governo brasileiro prestou solidariedade ao Japão. Até o momento, não há notícias de brasileiros mortos ou feridos. Em 2022, cerca de 207 mil brasileiros viviam no Japão, segundo o Itamaraty.
Palácio do Itamaraty | Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
Nesta quinta-feira (26), o carro oficial da Embaixada do Brasil na Bulgária foi apreendido na fronteira com a Turquia, após ser flagrado, no posto de controle de Kapikule, carregando cerca de 55 kg de cocaína. Ainda não se sabe quem estava conduzindo o veículo, mas o Itamaraty informou que o carro foi furtado nas dependências da embaixada, por um funcionário búlgaro, sem a participação de nenhum brasileiro.
A pasta também informou que o funcionário responsável pelo furto foi demitido.
“O Itamaraty confirma o incidente envolvendo veículo da Embaixada do Brasil em Sófia (capital da Bulgária). O carro foi furtado das dependências da embaixada por um dos seus funcionários contratados locais, sem a participação de qualquer integrante do Serviço Exterior Brasileiro. O contratado local, de nacionalidade búlgara, foi demitido por justa causa. O Ministério das Relações Exteriores, por meio das Embaixadas do Brasil em Sófia e em Ancara, está em contato com autoridades locais, colabora com as investigações e espera que o crime seja apurado prontamente”, disse o Ministério das Relações Exteriores.
Karla Stelzer | Foto: reprodução
O Itamaraty confirmou a morte de Karla Stelzer (42), terceira vítima brasileira do confronto entre Israel e o grupo terrorista Hamas. A mulher estava desaparecida desde o último sábado (7), quando participava de um festival de música eletrônica próximo à Faixa de Gaza. O enterro de Karla ocorreu às 15h de hoje (13), em Qiryat Malakhi, em Israel.
O Governo do Brasil lamentou a morte da mulher e se solidarizou com sua família e com seus amigos, reiterando o repúdio a todos os atos de violência contra a população civil.
Na última quarta-feira (11), o namorado de Karla, Gabriel Azulay, também teve o corpo encontrado.
Karla Stelzer era carioca e morava há 11 anos em uma comunidade rural de Bet Ezra, Hadarom, em Israel. Ela era mãe de um jovem de 19 anos, que é membro do exército de Israel.
No começo dos ataques, ela pensou que os foguetes eram fogos de artifício da festa onde estava, mas tentou fugir do local.
No último áudio enviado para uma amiga, a brasileira teria dito que estava junto a pelo menos três outras pessoas.
Foto: Said Khatib/AFP
O Ministério das Relações Exteriores informou, neste sábado (7), que identificou um brasileiro ferido e dois desaparecidos após o ataque do Hamas a Israel. Não há registros de brasileiros mortos, até o momento, na zona de conflito no Oriente Médio.
Mais cedo, em nota, o Itamaraty informou que mantém contato com cerca de 90 brasileiros que vivem na Faixa de Gaza ou nas cidades de Israel que estão na zona de conflito entre israelenses e palestinos.
Segundo o Itamaraty, ao todo, a estimativa é de que 14 mil brasileiros vivem em Israel, e outros 6 mil, na Palestina – a grande maioria, fora da área dos ataques registrados neste sábado.
O movimento islâmico armado Hamas bombardeou Israel na manhã deste sábado, pelo horário local, em um ataque surpresa considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos.