Bolsonaro em moto aquática, em 2022 | Foto: Evaristo Sá/AFP

A Polícia Federal (PF) não indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro após a conclusão do inquérito que investigava se ele tinha importunado uma baleia jubarte durante um passeio de jet ski em São Sebastião (SP), no dia de Corpus Christi do ano passado. Segundo o delegado Breno Adami Zandonadi, as provas “não chegaram a efetivamente representar os intencionais molestamentos previstos no tipo penal”.

Apesar disso, o responsável pela investigação também disse que as condutas dos investigados se mostraram inadequadas. O caso foi aberto depois da publicação de um vídeo onde Bolsonaro aparece em uma moto aquática, com o motor ligado, a cerca de 15 metros da baleia.

Com a conclusão do inquérito, que durou cinco meses, o caso foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se há elementos para oferecer denúncia.

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Na última terça-feira (19), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), criticou a Polícia Federal (PF) e disse que a corporação não quer “trocar tiro com bandido” e muitas vezes desvia o foco para algo mais midiático. As falas foram proferidas durante um jantar da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).

“A PF, que cumpre um papel institucional forte, muitas vezes tenta se desviar do foco, que é mais midiático. O combate ao tráfico de armas, ao tráfico de drogas, ao tráfico de seres humanos no Brasil é ineficaz, ineficiente. Ninguém quer trocar tiro com bandido. O cara quer tocar ação que dê mídia, que não tenha resistência e que não faça força”, afirmou Lira.

O político também falou da necessidade dos sistemas policiais se comunicarem entre si. “Uma Polícia Civil que não comunica com a Militar, que não se comunica com a Federal, que não se comunica com a Força Nacional, que não se comunica com o Exército, com as Forças Armadas, não existe”, afirmou.

General Freire Gomes | Foto: Isac Nóbrega/PR

Em um depoimento à Polícia Federal (PF), o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, disse que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou hipóteses de utilização de instrumentos jurídicos como Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e estado de sítio. Nesse contexto, o militar alertou Bolsonaro que o Exército não participaria de um eventual golpe de Estado.

A minuta de decreto para instaurar um estado de defesa no TSE foi apresentada aos comandantes das Forças Armadas, segundo o general, em uma reunião no Palácio da Alvorada, em dezembro de 2022. Ainda de acordo com Gomes, o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, colocou-se à disposição de Bolsonaro.

O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, também informou à PF que Garnier colocou suas tropas à disposição do então chefe do Executivo para um possível golpe de Estado.

Freire Gomes também relatou que o assessor da Presidência da República, Filipe Martins, chegou a ler os fundamentos jurídicos de uma minuta que embasaria uma ruptura democrática. Na ocasião, Bolsonaro teria dito aos comandantes que o documento estava em estudo. Essa minuta foi contestada por Baptista Junior em outra reunião, onde foi dito que não havia embasamento jurídico para a ação.

Pepita de ouro apreendida com Valdemar - Foto: Reprodução

A perícia preliminar da Polícia Federal apontou que a pepita de 39 gramas de ouro encontrada com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, é uma peça rara de colecionador e foi retirada de um garimpo artesanal fora do Brasil. O objeto foi apreendido em um endereço de Valdemar, quando a PF cumpria mandados de busca e apreensão contra ele.

As análises técnicas indicam que a morfologia da peça não é compatível com o solo e as formações rochosas da Amazônia. Por meio do programa Ouro Alvo, a PF possui um banco de amostras de perfis auríferos que permitem identificar a origem do ouro confiscado em operações.

Os peritos concluíram que a pepita é rara em razão dos indícios de que ela foi retirada com aquele tamanho da chamada “rocha mãe” — geralmente, o ouro é encontrado em fragmentos bem menores. Isso também reforçou a suspeita de que a peça venha de algum garimpo artesanal, pois na mineração industrial as rochas são detonadas com explosivos, o que impede que objetos desse tamanho sejam encontrados.

Os técnicos também apontam que a rocha de origem da pepita seja de formação recente - ou seja, pode ter vindo de algum local próximo a uma cadeia montanhosa, como os Andes na América do Sul ou da Costa do Pacífico nos Estados Unidos e Canadá. As rochas encontradas na região amazônica são de formação mais antiga.

A análise da PF ainda está em andamento. Nesta semana, a pepita foi submetida a uma máquina de acelerador de partículas que serve para verificar a incrustação de outros minerais no objeto, o que pode fornecer mais detalhes sobre a rocha mãe.

No ano passado, a PF colheu amostras de diversos locais da reserva indígena Yanomami, que é alvo constante de invasões garimpeiras. Esses perfis não bateram com os da pepita encontrada na casa de Valdemar.

Segundo um laudo preliminar, a pepita tem um teor aproximado de 91,76% de ouro e valeria cerca de R$ 11,6 mil. "As características da pepita de ouro mineral, tais como o alto teor de ouro, textura, granulometria e a sua composição química e mineral, indicam que se trata de produto aurífero primário, proveniente de retirada direta da jazida, sem processamento, típico de atividade de garimpagem", diz o documento.

Operação Tempus Veritatis

Valdemar foi alvo da Operação Tempus Veritatis da PF, que investiga o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma suposta trama golpista para mantê-lo no poder e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Na época da apreensão, Valdemar chegou a ter a prisão preventiva decretada em razão da apreensão da pepita sem origem e de um revólver com o registro vencido - ele foi liberado no dia seguinte. Procurada, a defesa de Valdemar disse que não se manifestaria. Na época da apreensão, os advogados afirmaram que a peça era de "baixo valor" e estava guardada como uma "relíquia".

“A defesa do presidente nacional do PL Valdemar Costa Neto afirma que não há fato relevante algum e que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência”, disse a defesa do presidente do PL.

Nesta segunda-feira (11), a força-tarefa que procura por Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) no dia 14 de fevereiro, entrou no 27° dia de buscas. Para ajudar a encontrar os criminosos, a Polícia Federal (PF) fez simulações de possíveis aparências e disfarces dos indivíduos. As imagens foram feitas no Instituto Nacional de Identificação (INI).

Nas simulações é possível ver projeções de crescimento de cabelo, barba e uso de disfarces, como bonés e óculos escuros. As fotos foram elaboradas por papiloscopistas do setor de Representação Facial Humana do INI.

Ao todo, cerca de 600 agentes procuram pela dupla, que são pertencentes ao Comando Vermelho. Cães farejadores também serão enviados pelos governos de São Paulo e do Rio de Janeiro e devem ajudar durante 12 dias.

Veja as imagens simuladas a seguir:

Imagem: divulgação/PF

Imagem: divulgação/PF

Imagem: divulgação/PF

Imagem: divulgação/PF

Imagem: divulgação/PF

Imagem: divulgação/PF

Foto: Geraldo Magela/Senado

Durante o seu depoimento à Polícia Federal (PF), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, afirmou que suas palavras foram manipuladas e negou ter dito que “o presidente tramou um golpe”. De acordo com ele, as discussões que ocorreram eram hipotéticas, dependendo da comprovação de uma fraude eleitoral. O depoimento de Cid se dá no âmbito de um acordo de colaboração.

Além de ter negado a trama do golpe, o militar retratou Bolsonaro com alguém frustrado com a derrota nas urnas e perseguido pelo Judiciário. Entretanto, essa versão do discurso entra em contradição com os registros obtidos pela PF, incluindo a mensagem onde Cid menciona a pressão sobre Bolsonaro por ações mais drásticas.

O tenente-coronel é um dos alvos da PF, que investiga uma suposta trama de golpe de Estado. Cid já teve documentos pessoais e mensagens analisados pelos agentes, que sugerem articulações para contestar o resultado das eleições de 2022.

Mauro Cid deve prestar um novo depoimento amanhã (11).

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Teve início nesta sexta-feira (8), nas cidades cearenses de Eusébio, Trairi, Itapipoca e Fortaleza, a operação Verdade Ilusória, da Polícia Federal (PF), contra um grupo responsável por fraudes em mais de 12 mil declarações de imposto de renda. A ação visa colher novas provas da atuação do grupo que, segundo a PF, quer inserir dados falsos nos sistemas da Receita Federal do Brasil para receber valores a título de restituição de imposto de renda.

A operação está sendo executada através da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários do Ceará e deve cumprir seis mandados de busca e apreensão. Os investigados poderão responder, segundo suas responsabilidades, pelos crimes de estelionato qualificado, falsificação e uso de documento falso, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa.

Sobre o caso

A investigação sobre o caso teve início depois de uma prisão em flagrante realizada em São Paulo. Até o momento, sabe-se que os créditos são efetuados em contas abertas com documentos falsos e são resgatados por pessoas diferentes daquelas que teriam direito, teoricamente, ao recebimento.

Ao todo, a Receita Federal em São Paulo identificou mais de 12 mil declarações de imposto de renda fraudadas, sendo a maioria em nome de estrangeiros que saíram definitivamente do Brasil. O prejuízo total é superior a R$ 2,7 milhões.

Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

Na noite de ontem (7), o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, alvo da operação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF), foi solto após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, conceder-lhe liberdade provisória, embora com medidas cautelares. Até o momento, não há detalhes sobre as medidas impostas ao militar, que estava preso no Batalhão de Guarda Presidencial desde o dia 11 de fevereiro.

As investigações da PF apontam que Corrêa Netto é suspeito de convocar reuniões com militares “kids pretos”, também conhecidos como Forças Especiais (FE), para atuarem em favor das manifestações nas portas dos quartéis e nos atos de 8 de janeiro de 2023. Os “kids pretos” são membros da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais e treinados para participar de missões com alto grau de risco e sigilo.

Netto também trocava mensagens com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) identificou e está ouvindo o depoimento de um homem suspeito de tentar invadir o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. A tentativa ocorreu na madrugada deste sábado (24/2).

A tentativa de invasão foi revelada em primeira mão pela coluna Na Mira, do Metrópoles.

Segundo a PF, o indivíduo foi localizado em um condomínio nas proximidades do Alvorada. Ele, que seria morador da região, foi conduzido para a Superintendência de Polícia Federal no Distrito Federal para prestar esclarecimentos.

“O veículo que teria sido usado na tentativa de invasão foi apreendido. A PF realiza perícias no automóvel e no local da ocorrência. As investigações seguem em curso”, informou a corporação, em nota.

Tentativa de invasão

Por volta das 6h, o motorista de um Ford Focus preto seguiu em direção ao palácio, na Zona Cívico-Administrativa de Brasília. Ao ser visto na área do bloqueio de acesso, porém, o condutor desobedeceu à ordem de parada.

Tiros foram disparados e o carro foi alvejado.

Em seguida, o veículo furou os pneus na “cama de faquir” – dispositivo com perfuradores em metal para evitar a fuga de veículos – e escapou em direção ao Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente.

Foto: Marcos Corrêa/Palácio do Planalto

O ex-presidente Jair Bolsonaro ficou em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal, na tarde desta quinta-feira (22). A ação durou cerca de 15 minutos. O modo de agir de Bolsonaro já havia sido antecipado por sua defesa.

O depoimento faz parte da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter o ex-chefe do Executivo no poder após sua derrota nas eleições de 2022. De acordo com as investigações da Polícia Federal, existem “dados que comprovam” que Bolsonaro “analisou e alterou uma minuta de decreto que, tudo indica, embasaria a consumação do golpe de Estado em andamento”.

Em relação a isso, o advogado Paulo Cunha, que representa Bolsonaro, afirmou que seu cliente nunca foi simpático a qualquer tipo de movimento golpista.

Também devem prestar depoimentos à PF os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, assim como o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.

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