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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta quarta-feira (4) que fez uma revisão na bandeira tarifária vermelha para este mês de setembro, e corrigiu o patamar que antes era nível dois, para nível um.

Isso significa que a cobrança adicional na conta de luz — deixando o preço da energia elétrica mais caro para famílias e empresas —, será em um valor menor do que o anunciado anteriormente.

Contudo, ainda haverá aumento na tarifa. Veja a diferença:

 

Segundo a agência, a mudança "ocorre após correção de informações do programa Mensal de Operação (PMO) de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema.

Com a alteração, a Aneel solicitou a avaliação das informações e o recálculo de dados.

Além disso, a diretoria da agência reguladora informa que serão "instaurados processos de fiscalização para auditar os procedimentos dos agentes envolvidos na definição do PMO e cálculo das bandeiras".

Sinal de alerta

Com a seca na região Norte do país, usinas hidrelétricas importantes estão gerando menos energia. Nos horários de pico de consumo e baixa geração de energia renovável, no início da noite, é necessário acionar usinas termelétricas — que são mais caras.

Esta foi a primeira vez em três anos que o governo acionou bandeira vermelha. A última vez que isso aconteceu foi em agosto de 2021 — na crise hídrica.

Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres | Reprodução/Twitter antonioguterres

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, emitiu um alerta mundial, nesta terça-feira (27), sobre o aumento do nível do mar nas Ilhas do Pacífico. Em Tonga, o diplomata apresentou um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que mostrou que o aumento do nível do mar está acima da média na região.

"Estou emitindo um SOS sobre a rápida elevação dos níveis do mar. Isso está ampliando a frequência e a gravidade das tempestades e inundações costeiras. Essas inundações arruínam a pesca, danificam as plantações e contaminam a água doce. Tudo isso coloca as nações das Ilhas do Pacífico em grave perigo”, disse Guterres.

O diplomata atribuiu o rápido aumento do nível do mar ao aquecimento global, já que as temperaturas recordes estão acelerando o derretimento das geleiras.

Tal cenário impactaria diretamente a população. Isso porque 90% dos habitantes vivem a menos de 5 km da costa e metade da infraestrutura está a 500 metros do mar.

"O aumento do mar está chegando para todos nós. Em todo o mundo, cerca de um bilhão de pessoas vivem em áreas costeiras ameaçadas pelo aumento do oceano. No entanto, embora algum aumento do nível do mar seja inevitável, sua escala, ritmo e impacto não são. Isso depende de nossas decisões", disse Guterres.

Praça em frente ao Guaíba | Foto: André Rigue/CNN

Entre às 19h de ontem (23) e às 7h desta segunda-feira (24), o nível do Lago Guaíba, em Porto Alegre (RS), apresentou uma alta de 20 cm, segundo o Sistema Geológico do Brasil (SGB). Com isso, o nível da água ficou em 3,4 m. A cota de inundação está fixada em 3,6 m.

A região metropolitana de Porto Alegre deve ter céu encoberto na manhã de hoje, com possibilidade de pancadas de chuva, segundo os meteorologistas da Climatempo. A previsão da Defesa Civil do RS é de que a região da Serra Gaúcha tenha chuvas fortes, com chances de quedas de raios e granizo.

O Rio Jacuí está em alerta para elevação de nível e pode causar inundações a partir de Cachoeira do Sul.

Na quarta-feira (26), espera-se que ocorra temporais o dia todo.

Foto: reprodução/Twitter

Às 15h da última quinta-feira (30), o nível do Lago Guaíba chegou a 3,77 metros na estação de medição instalada emergencialmente na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre (RS). O nível está 17 centímetros acima da nova cota de inundação.

Com o recuo das águas nos últimos dias, equipes da prefeitura de Porto Alegre puderam realizar uma limpeza em 28 locais da cidade. Desde o dia 6 de maio até a noite da última quarta-feira (29), foram retiradas mais de 17,7 mil toneladas de resíduos das ruas, como restos de móveis estragados, por exemplo.

Ao todo, cerca de 800 garis das seções Centro, Extremo-Sul, Norte, Sul e Leste estão participando dos serviços de limpeza nos bairros que foram mais afetados pela cheia do lago. Entre caminhões e retroescavadeiras, mais de 250 equipamentos estão sendo utilizados para ajudar os trabalhadores.

Área inundada de Porto Alegre | Foto: Evandro Leal/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Com as chuvas que voltaram a atingir o Rio Grande do Sul entre o último sábado (11) e hoje (12), o nível do rio Guaíba deve voltar a subir e pode passar dos cinco metros. Às 9h, o afluente já registrava 4,65 metros. O aumento ainda pode ser potencializado pela vazão dos rios contribuintes e pelos ventos. A Lagoa dos Patos também está com níveis elevados e que podem aumentar nas regiões costeiras.

Além do Guaíba, outros grandes rios gaúchos também apresentam uma possibilidade de elevação, sendo elas rápidas em cotas de inundação nas bacias dos afluentes Caí, Taquari e Jacuí. As cidades localizadas no delta dessas áreas estão em alerta ou inundadas.

No baixo rio Uruguai, por outro lado, é possível observar uma estabilidade, com declínio dos níveis a partir de São Borja.

Vista da orla do rio Guaíba | Foto: Max Peixoto/Dia Esportivo/Estadão Conteúdo

Na manhã de hoje (11), o rio Guaíba chegou ao nível de 4,6 metros, o menor já registrado desde o dia 3 de maio. Apesar disso, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) verificou que, entre às 8h e às 9h deste sábado, o nível voltou a subir cerca de 10 cm, chegando a 4,7. O motivo são as chuvas que atingem a Região Metropolitana de Porto Alegre (RS) desde ontem (10).

A expectativa é de que, com a instabilidade climática deste final de semana, o volume de chuva passe de 150mm em boa parte do estado gaúcho.

“Há possibilidade de repique por efeito das chuvas previstas a partir do final de semana, podendo retornar a marca dos cinco metros”, afirmam especialistas. Caso realmente aconteça do vento que sopra do sul, o Guaíba pode ter uma elevação de 20 cm.

“Com essas chuvas, a gente tende a voltar acima dos 5 metros. Provavelmente, em limiares, que a gente já atingiu ali entre cinco metros, 5,30 metros", afirma o hidrólogo da Sala de Situação do governo do RS, Pedro Camargo.

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