
Imagem: ilustração/Aleksandra Sova/Shutterstock
A Neuralink, empresa de neurotecnologia do bilionário Elon musk, informou recentemente que o chip cerebral implantado em Noland Arbaugh (29) apresentou um defeito. Segundo o Wall Street Journal, o dispositivo está com problemas que reduzem a capacidade da empresa de medir a velocidade e precisão do sistema utilizado, apelidado de Link.
Foi explicado pela companhia que o sistema registra sinais neurais utilizando 1.024 eletrodos a partir de 64 “fios”, que são mais finos do que um fio de cabelo humano. Nos últimos dias, foi verificado que alguns desses "fios" haviam desaparecido do cérebro de Arbaugh. A Neuralink considerou remover o chip, mas decidiu mantê-lo após uma avaliação mais profunda, onde foi constatado que o defeito não impacta negativamente na segurança do usuário.
O chip cerebral tem o objetivo de ajudar pacientes com paralisia. Arbaugh é tetraplégico há oito anos e recebeu o dispositivo no cérebro em janeiro deste ano. Através do Link, o paciente pode controlar dispositivos externos através do pensamento, o que se assemelha, segundo Noland, à “Força” de Star Wars.
Para tentar resolver o problema e restabelecer a precisão de rastreamento do Link, a Neuralink alterou o algoritmo de gravação, aprimorou a interface do usuário e melhorou as técnicas de tradução de sinais em movimentos do cursor. Em resumo, os cientistas redirecionaram as funções do sistema para os “fios” que restaram no tecido de Arbaugh.

Foto: reprodução/X
Na última quarta-feira (20), a Neuralink, empresa de Elon Musk, usou seu perfil no X para mostrar os avanços na experimentação do seu primeiro implante de chip no cérebro humano. Além disso, a identidade do primeiro paciente a receber o dispositivo também foi revelada: Noland Arbaugh (29), um ex-atleta que perdeu os movimentos do corpo a partir do pescoço após um acidente de carro.
Arbaugh precisou adaptar sua vida para viver em uma cadeira de rodas. Sua família chegou a precisar de apoio financeiro para se adaptar à sua nova condição de mobilidade.
Com o implante que recebeu, o homem já pode interagir com uma tela de computador e que precisa apenas olhar para um lugar da tela para mover o cursor até ali. Segundo ele, usar o chip é como ter a “Força” de Star Wars.
O procedimento cirúrgico ocorreu em janeiro e durou 30 minutos, sendo feito com o auxílio de um robô. Parte do crânio de Arbaugh foi aberta e o chip de interface foi inserido em sua cabeça. Posteriormente, o espaço foi selado.
Segundo Musk, o objetivo é possibilitar que o chip possibilite que paralíticos voltem a andar e usar seus braços.

Foto: Reuters
Na última segunda-feira (29), Elon Musk, fundador da empresa de neurotecnologia Neuralink, anunciou que foi realizado o primeiro implante de chip cerebral em um ser humano. O objetivo da ação é avaliar a funcionalidade do dispositivo, chamado de “Telepatia”, que deve permitir que pessoas com paralisia controlem dispositivos com o pensamento. A pessoa que recebeu o chip se recupera bem.
Segundo Musk, em uma publicação no X, antigo Twitter, os resultados iniciais apresentaram uma “detecção promissora de picos de neurônios”. O estudo tem foco em pessoas com paralisia causada por lesão da medula espinhal cervical e, a princípio, visa o controle via pensamento de cursores ou teclados de computador.
Até o momento, a Neuralink não revelou quantos participantes irão participar do experimento, que deve levar cerca de seis anos para ser concluído.
Em 2023, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos havia autorizado a Neuralink a realizar o seu ensaio para testar o implante em humanos.
