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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou em entrevista coletiva realizada no domingo (24) que a prisão de suspeitos de mandar matar a ex-vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foi “um triunfo expressivo contra o crime organizado”. O ministro ressaltou que, neste momento, a PF e o MJ têm claro quem são os executores desse “crime odioso, hediondo”.
“A polícia, em suas investigações, identificou os mandantes e os demais envolvidos nessa questão. É claro que poderão surgir mais elementos, mas neste momento, os trabalhos foram dados como encerrados”, disse.
O ministro disse ter recebido o inquérito da Polícia Federal, que tem cerca de 500 páginas. “Esse momento é uma vitória do Estado Brasileiro, das nossas forças de segurança do país, com relação ao crime organizado”. Ele ainda citou os nomes de todos os alvos da operação deste domingo:
Chiquinho Brazão (União-RJ), deputado federal;
Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio;
Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio;
Erika Andrade – esposa de Rivaldo Barbosa;
Giniton Lajes – delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro;
Marco Antônio Barros – comissário de polícia do Rio de Janeiro;
Robson Calixto – assessor do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.
Segundo Lewandowski, “todos vão usar tornozeleiras eletrônicas, [são obrigados] a entregarem seus respectivos passaportes, estão proibidos de se comunicarem com os demais investigados e os policiais suspeitos de envolvimento terão determinada a suspensão das respectivas funções públicas e da respectiva suspensão da posse e do porte de armas”, disse.
Fontes da PF e do Ministério da Justiça afirmaram ao colunista Igor Gadelha, do metrópoles, que a operação foi antecipada para evitar o risco de vazamento. AS prisões foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF, Alexandre de Moraes e tiveram aval da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A ação do domingo contou com a participação da PGR e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Houve ainda o apoio da Polícia Civil fluminense e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
