
Foto: Tayná Schultz
O Senado aprovou na quarta-feira (19) o projeto de lei que institui mudanças no Novo Ensino Médio, incluindo uma carga horária de 2,4 mil horas, distribuídas em três anos para as disciplinas obrigatórias, como português e matemática. O texto foi enviado pelo governo ao Congresso em outubro do ano passado, aprovado pela Câmara dos Deputados em março deste ano e encaminhado ao Senado.
Antes de chegar ao plenário, o projeto foi aprovado na Comissão de Educação do Senado. Agora, o projeto volta para análise da Câmara.
Carga horária obrigatória
A versão proposta pelo governo e aprovada pela Câmara em março previa 2,4 mil horas para o currículo comum (obrigatório) e 600 horas para as matérias específicas.
No relatório apresentado na semana passada, a senadora professora Dorinha estabeleceu 2,2 mil horas para a formação geral básica e 800 horas para disciplinas optativas — quando o aluno se aprofunda em alguma área do conhecimento ou investe em formação técnica e profissional.
Após uma reunião com o Ministério da Educação (MEC), no documento lido na terça, a senadora retornou com as 2,4 mil horas para a formação geral básica.
A organização da sociedade civil Todos Pela Educação explica que o modelo atual fixa um "teto" de 1,8 mil horas para a formação básica.
De acordo com a entidade, esse patamar é "excessivamente baixo", o que causou um "achatamento de disciplinas básicas e fundantes".
O projeto muda a lógica e, ao invés de um teto, prevê um piso, ou seja, um mínimo de horas que precisarão ser reservadas ao conhecimento essencial.
Pelo texto, os alunos vão dedicar, 2,4 mil horas para a formação geral básica e 600 horas para disciplinas optativas – quando o aluno se aprofunda em alguma área do conhecimento. A proposta ainda abre espaço para que a carga horária mínima anual cresça até 1,4 mil horas.
O projeto estabelece que 70% do período será reservado às disciplinas obrigatórias e 30% aos cursos de aprimoramento, à escolha do estudante.
O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) criticou na segunda (17) esse último ponto, argumentando que isso limitará a "flexibilidade da organização curricular diversificada do ensino médio".
Ensino técnico
Em relação ao ensino técnico, o texto da Câmara previa 2,1 mil horas de formação geral básica e 900 horas para matérias específicas.
No relatório foi estabelecido o mínimo de 2,2 mil horas de formação geral básica no Ensino Médio Técnico a partir de 2025 e até 2028.
A partir de 2029, as cargas horárias totais de cursos de ensino médio técnico deverão “ser expandidas de 3 mil horas para 3,2 mil, 3,4 mil e 3,6 mil horas, quando se configurarem, respectivamente, como cursos técnicos de 800, 1 mil e 1,2 mil horas”.
Espanhol obrigatório
Em relação a inclusão de espanhol como curso obrigatório do ensino médio, dentro da da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a senadora manteve a novidade trazida no relatório anterior. Na lei atual, apenas o inglês é exigido como língua estrangeira.

Passaporte brasileiro — Foto: Polícia Federal
A partir de 10 de janeiro, passa a vigorar a exigência de visto para turistas provenientes do Canadá, Austrália e Estados Unidos (EUA) ao entrar no Brasil. O prazo inicialmente estipulado para o requisito era 1º de outubro de 2023, mas foi adiado.
De acordo com comunicado do Ministério do Turismo, a medida leva em consideração a data de chegada ao solo brasileiro. Dessa forma, os turistas desses três países que chegarem ao Brasil até 9 de janeiro estão dispensados da obrigatoriedade de apresentar o visto
A obrigatoriedade de visto, que antes se aplicava a turistas japoneses, australianos, canadenses e norte-americanos, foi prorrogada após um acordo entre Brasil e Japão. Este acordo estabeleceu a isenção mútua de visto para estadias de curta duração (até 90 dias).
Segundo informações do Ministério, foram necessários ajustes no processo licitatório para a contratação da empresa responsável por fornecer o serviço de vistos eletrônicos para os três países. O novo decreto será divulgado assim que sua tramitação for concluída.
