Foto: Orbon Alija/Getty Images
Recentemente, o Wall Street Journal (WSJ) divulgou uma reportagem que aponta que o Instagram recomenda reels com conteúdo sexual até para adolescentes de 13 anos. O jornal e a professora da Universidade de Northeastern, Laura Edelson, realizaram testes entre janeiro e abril de 2024 e os refizeram neste mês, mas não obtiveram diferença alguma nos resultados.
Para o experimento, foram criados perfis falsos de adolescentes de 13 anos. Verificou-se que, desde o início, o Instagram exibiu conteúdo sexual moderado, focados em corpos femininos ou com mulheres fazendo danças sensuais, por exemplo. Posteriormente, as contas falsas assistiram vídeos desse tipo, o que levou a rede social a fazer recomendações ainda mais explícitas.
De acordo com o WSJ, o algoritmo da plataforma trabalhou incessantemente para recomendar conteúdos onde mulheres simulavam atos sexuais, faziam promessas de enviar fotos sem roupa e até mesmo de pessoas mostrando suas partes íntimas. Houve casos mais graves que, segundo o WSJ, não ocorreram em outras plataformas semelhantes, como o TikTok e o Snapchat.
O porta-voz do Instagram, Andy Stone, alegou que o relatório apresentado pelo jornal e pela professora universitária “não corresponde à realidade de como os adolescentes usam nossa plataforma” e ainda afirmou que a rede social fez melhorias significativas nesse sentido nos últimos meses, mesmo com o teste mais recente do WSJ tendo sido realizado neste mês.
O jornal ainda disse que já havia feito um teste parecido anteriormente, o que levou a Meta, responsável pelo Instagram, a anunciar, em janeiro, medidas para contornar o problema. Mesmo assim, o experimento mais recente, já depois das medidas terem sido tomadas, comprovam que elas não surtiram o efeito desejado.