Yulia Navalnaya | Foto: Yves Herman/Reuters (19 de fevereiro de 2024)

Nesta terça-feira (9), um tribunal de Moscou condenou Yulia Navalnaya, viúva do principal opositor de Putin, Alexei Navalny, a cumprir pena de dois meses sob acusação de participar de um grupo “extremista”.

Navalnaya não está na Rússia, então não deve cumprir qualquer período de detenção por enquanto. Caso decida voltar ao país, ela deve ser presa.

No X, a mulher disse a seus apoiadores que se concentrassem na batalha contra o presidente Vladimir Putin.

“Quando vocês escreverem sobre isso, por favor, não se esqueçam de escrever o principal: Vladimir Putin é um assassino e um criminoso de guerra”, declarou. “Seu lugar é na prisão, e não em algum lugar em Haia, em uma cela aconchegante com televisão, mas na Rússia, na mesma colônia (penal) e na mesma cela de dois metros por três na qual ele matou Alexei”.

Alexei Navalny, marido falecido de Yulia, morreu em uma prisão no Ártico, em fevereiro deste ano. O Kremlin negou qualquer envolvimento na morte dele.

Após ataque terrorista: incêndio no shopping Crocus City Mall, em Krasnogorsk, subúrbio de Moscou — Foto: Reprodução

Pela primeira vez, os serviços de segurança russos reconheceram que integrantes do grupo Estado Islâmico (EI) foram responsáveis pelo ataque que matou 144 pessoas num centro comercial em Krasnogorsk, subúrbio de Moscou, em 22 de março.

O grupo jihadista Estado Islâmico havia reivindicado a autoria do atentado, mas autoridades russas, a princípio, associaram o fato a forças da Ucrânia.

“No decorrer da investigação (...), foi determinado que a preparação, o financiamento, o ataque e a retirada dos terroristas foram coordenados através da Internet por membros do grupo da província de Khorasan”, o braço afegão do EI, declarou o diretor dos serviços de segurança russos (FSB), Alexander Bortnikov, citado pela agência RIA Novosti.

Bortnikov não descartou, no entanto, a possibilidade de participação da Ucrânia no atentado. Em sua declaração, ele reitera que “após a conclusão do ataque, os terroristas receberam instruções claras para se dirigirem à fronteira ucraniana, de onde o outro lado preparou uma ‘janela’ para eles".

A Ucrânia negou repetidamente qualquer ligação com o ataque.

ncêndio consome o centro comercial Crocus City Hall, em Krasnogorsk, nos arredores de Moscou — Foto: Sergei VEDYASHKIN / Moskva News Agency / AFP

Um grupo de homens armados invadiu um centro comercial em Krasnogorsk, um subúrbio de Moscou deixando pelo menos 93 mortos e 145 feridos, de acordo com o Serviço Federal de Segurança da Rússia. Um grande incêndio — que já foi contido, segundo o governador da capital — consumiu parte do prédio, e cerca de 100 pessoas foram resgatadas pelo terraço do complexo, através de escadas e helicópteros. O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque, mas integrantes do governo também apontam para a Ucrânia, que nega.

De acordo com dados preliminares, um grupo de desconhecidos de duas a cinco pessoas em uniformes táticos, armados com armas automáticas, abriu fogo contra os guardas na entrada da sala de concertos [do centro comercial]. Depois começaram a atirar nos espectadores no foyer — afirmaram autoridades locais à agência Interfax.

O ex-presidente e vice-chefe do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev, prometeu encontrar e destruir" os responsáveis pelo ataque, sugerindo que teriam sido obra da Ucrânia.

Um carro branco, cuja foto foi divulgada em redes sociais, pode ter sido o veículo usado pelos atiradores, inclusive para deixar o local, afirma a imprensa russa. Jornalistas da Novaya Gazeta conseguiram entrar em contato com o proprietário do carro, que disse tê-lo vendido recentemente a um parente de sua mulher. Ele compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos, mas as autoridades não afirmam se os atiradores usaram o veículo, ou se algum deles foi preso ou morto.

No Telegram, Vorobyov disse que foi criada uma base operacional próxima ao centro comercial, e todos os eventos públicos na cidade de Moscou, que é uma região administrativa diferente, foram cancelados. Em São Petersburgo, segunda maior cidade da Rússia, um concerto foi interrompido às pressas e as pessoas retiradas, algo que também aconteceu em alguns dos maiores centros comerciais locais. Em outras regiões, medidas semelhantes foram adotadas, incluindo o aumento de segurança nas ruas e o cancelamento de eventos públicos.

Nesta terça-feira (12), um avião militar da Rússia com 15 passageiros pegou fogo no ar e caiu na região de Ivanovo, a nordeste de Moscou, segundo o Ministério da Defesa do país. De acordo com a imprensa estatal da Rússia, não houve sobreviventes.

A aeronave, de modelo Ilyushin Il-76, caiu minutos após decolar da base militar de Ivanovo rumo a capital russa. A Defesa diz que o motivo do incêndio foi um problema no motor, mas as Forças Armadas abriram uma investigação para determinar as causas exatas da queda - que ocorreu em dia de ataques com drones da Ucrânia na região de fronteira.

Entretanto, até a publicação desta reportagem, não há nenhuma confirmação de que o acidente desta terça, que ocorreu a centenas de quilômetros da fronteira ucraniana, tenha alguma relação com a guerra.

Moradores da região registraram o incêndio no avião enquanto o piloto sobrevoa a região em baixa altitude. Confira:

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