Joe Biden coloca boné da campanha de Donald Trump, em 11 de setembro de 2024 — Foto: Reprodução/Instagram
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi fotografado colocando um boné com apoio à candidatura de Donald Trump, na quarta-feira (11). A imagem foi registrada durante uma visita do democrata a um quartel dos bombeiros na Pensilvânia.
A foto foi feita um dia depois do debate presidencial da ABC News, entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris. A imagem acabou viralizando nas redes sociais, principalmente entre eleitores republicanos.
O comitê de campanha de Trump compartilhou a foto e agradeceu o "apoio" de Joe Biden. "Kamala sofreu uma derrota tão feia ontem à noite que até Biden agora está apoiando o presidente Trump", escreveu no Instagram.
Eleitores de Trump aproveitaram para compartilhar uma fala do republicano durante o debate, na qual ele afirmou que Biden odeia Kamala por ter sido pressionado a desistir da reeleição.
"Ela não recebeu votos [na convenção]. Biden teve 14 milhões de votos. Você quer falar sobre ameaça à democracia? Tiraram ele da corrida. Vou contar um segredo. Ele a odeia. Ele não a aguenta", disse.
Andrew Bates, um porta-voz da Casa Branca, justificou que Biden colocou o boné em um gesto de união. Segundo Bates, o presidente estava falando que o país precisava de uma união bipartidária nos moldes do que aconteceu após os atentados de 11 de setembro de 2001.
"Como gesto, ele deu um boné a um apoiador de Trump que disse que, no mesmo espírito, o presidente deveria colocar seu boné de Trump. Ele o usou brevemente", disse o porta-voz em uma rede social.
Joe Biden desistiu de disputar a reeleição em julho, após sofrer pressões de lideranças democratas, doadores e apoiadores. No dia do anúncio da desistência, ele anunciou apoio à candidatura de Kamala Harris.
Donald Trump- Reprodução @realDonaldTrump Truth Social
O Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) afirmou, na segunda-feira (19), que têm confiança de que o Irã foi o responsável por um ataque cibernético à campanha presidencial de Donald Trump no dia 10 de agosto. Segundo a campanha do candidato, documentos foram vazados.
A invasão faz parte de um esforço para interferir na política americana e, possivelmente, influenciar o resultado das eleições.
Esta foi a primeira vez que o governo dos EUA atribuiu a culpa por esses ataques, que voltam a levantar o alerta sobre a interferência estrangeira nas eleições americanas.
O FBI e outras agências federais destacaram que, além da Rússia e China, o Irã continua sendo uma das maiores preocupações. Além de invadir a campanha de Trump, as autoridades acreditam que o Irã também tentou hackear a campanha presidencial de Kamala Harris.
A missão do Irã nas Nações Unidas negou as alegações, classificando-as como “infundadas e sem qualquer fundamento”. Segundo Teerã, o Irã não possui nem o motivo nem a intenção de interferir na eleição americana, desafiando os EUA a apresentar provas concretas.
O ex-presidente Trump, após ser atingido por um tiro (Gene J. Puskar/AP Photo)
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, na noite da quarta-feira (24), uma resolução para formar uma força-tarefa encarregada de investigar a tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump. O republicano estava em um comício na Pensilvânia, em 13 de julho, quando foi atingido por um tiro de raspão na orelha.
O projeto foi encabeçado pelo deputado Mike Kelly, cuja cidade natal, Butler, foi o local do tiroteio. Kelly estava no comício com sua esposa e outros membros da família.
Segundo o texto, a força-tarefa bipartidária será composta por 13 membros da Câmara, devendo incluir sete republicanos e seis democratas. O grupo deverá determinar as falhas que permitiram o ataque e desenvolver recomendações para evitar futuros lapsos de segurança. O relatório final será apresentado até 13 de dezembro.
A tentativa de assassinato contra Trump ocorreu no dia 13 de julho. Na data, o republicano discursava em um comício na cidade de Butler, na Pensilvânia, quando foi alvo de tiros. Ele foi atingido de raspão na orelha e, logo em seguida, escoltado por agentes do Serviço Secreto norte-americano.
O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto após os disparos. Ele estava posicionado no telhado de um prédio nas redondezas do comício, a cerca de 150 metros do palco onde Trump discursava. Um fuzil AR-15 foi recuperado junto ao corpo do agressor. A polícia segue investigando a motivação do crime.
Polícia perto da casa de Thomas Matthew Crook, morto após tentar assassinar Donald Trump — Foto: Carlos Osorio/Reuters
Investigadores procuram por pistas que podem ter levado Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, a tentar assassinar , no último sábado (13), o ex-presidente Donald Trump, candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos.
O FBI disse que estava investigando o caso como um possível ato de terrorismo doméstico, mas a ausência de um motivo ideológico claro por Crooks --morto a tiros pelo Serviço Secreto-- alimentou teorias conspiratórias.
"Insto a todos — todos, por favor, não façam suposições sobre seus motivos ou suas afiliações", disse o presidente Joe Biden em declarações no domingo na Casa Branca. "Deixe o FBI fazer seu trabalho, e suas agências parceiras fazerem seu trabalho. Instruí que esta investigação seja completa e rápida".
Na avaliação do FBI, o atirador aparentemente "agiu sozinho". Investigadores não encontraram comentários ameaçadores em suas contas de mídia social nem posições ideológicas que pudessem ajudar a explicar por que ele mirou em Trump antes que o Serviço Secreto retirasse o então candidato presidencial republicano do palco, com o rosto manchado de sangue.
Dois espectadores ficaram gravemente feridos, enquanto um ex-chefe de bombeiros da região, Corey Comperatore, foi morto. O governador da Pensilvânia disse que Comperatore, 50 anos, morreu como herói ao se jogar sobre sua família para protegê-los.
Thomas Matthew Crooks em 2021 — Foto: Distrito Escolar de Bethel Park via AP
Trump leva tiro na orelha durante comício na Pensilvânia
13/07/2024REUTERS/Brendan McDermid
O ex-presidente Donald Trump foi vítima de atentado durante um comício na Pensilvânia, nos Estados Unidos, no sábado (13). O fato ganhou repercussão mundial e políticos alagoanos se pronunciaram sobre o fato nas redes sociais.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), escreveu em sua conta no X (antigoTwitter)- que a Câmara dos Deputados repudia com veemência qualquer ato violento. "As divergências devem ser resolvidas pelo voto da maioria e pela vontade do povo", escreveu.
O senador licenciado e atual Ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), considerou o incidente inaceitável sob qualquer aspecto. “Eleição é uma batalha de argumentos e persuasão, nunca de armas."
A mensagem foi deixada em uma postagem do presidente do Brasil, Lula (PT), que declarou: "O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política".
O senador Renan Calheiros (MDB) também fez uma declaração onde chama atenção para o radicalismo. “O mundo vem reprovando os radicalismos em vários quadrantes. Violência, agressão, fúria e ódio devem ser repudiados por todos, independentemente de convicções ideológicas. O mundo quer e precisa de paz”, expressou.
O deputado federal por Alagoas, Marx Beltrão (PP), destacou a necessidade de repudiar o atentado. "Temos que enfrentar essa violência política descabida e reforçar todas as forças democráticas para que a civilidade e o respeito possam ser retomados em todos os espaços públicos", ressaltou.
O também deputado federal alagoano, delegado Fábio Costa (PP), relembrou o que aconteceu com o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que foi esfaqueado durante campanha eleitoral em 2018: "Tentaram parar Bolsonaro com uma facada e agora tentaram parar Trump com tiros. A esquerda, que se diz defensora da democracia e do amor, age da mesma maneira em qualquer lugar. Continuaremos unidos em defesa da liberdade e da verdadeira democracia!"
O deputado estadual Mesaque Padilha( União Brasil) expressou que “isso revela um perigo extremo. A violência é criminosa e precisa ser combatida por todos os lados. Isso é também um ataque à democracia, que é um direito de todos. Lamento o que está acontecendo no processo eleitoral dos Estados Unidos. Minhas orações ao Donald Trump", escreveu.
A deputada estadual Cibele Moura(MDB) também comentou sobre o ocorrido: “O que aconteceu com Trump é, além de tudo, um claro recado de que o mundo não aguenta mais essa polarização exacerbada. Precisamos poder discordar em paz, criticar com civilidade. É absurdo o que aconteceu nos EUA. Isso não pode ser aceitável em nenhum lugar do mundo”, escreveu em uma postagem no X, compartilhada também em seu Instagram.
Foto: Getty Images
Após ter sido considerado culpado pelo caso de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que a decisão do júri popular de Nova York foi “feita pelo governo Biden para tirar um oponente político” das próximas eleições americanas.
“Isso foi uma desgraça. Foi um julgamento roubado por um juiz corrupto. O povo sabe o que aconteceu aqui”, afirmou Trump após a condenação. “Eu sou um homem inocente e estou lutando pelo nosso país. Estou lutando pela Constituição. O nosso país foi roubado. Isso foi feito pelo governo Biden para tirar um oponente político”, acusou.
Apesar da decisão do juri, Trump ainda pode seguir como candidato à presidência. O ex-presidente ainda pode recorrer da decisão.
O ex-presidente também aproveitou o momento para falar que os Estados Unidos, sob comando do democrata Joe Biden, está “um inferno”. Nossa nação está em declínio. Há milhões de pessoas entrando no nosso país agora, vindas de prisões, de instituições de violências mentais, terroristas. Nós temos um país que está vivendo momentos muito problemáticos, mas essa é uma decisão importante de um juiz conflituoso que nunca deveria ter julgado esse caso, e nós vamos lutar por nossa Constituição”.
Foto: Getty Images
O primeiro julgamento contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump começa nesta segunda- feira (15), em Nova York. O republicano, que enfrenta quatro processos, será julgado por fraude fiscal no caso em que é acusado de subornar uma atriz pornô.
A acusação afirma que Trump transferiu cerca de US$ 130 mil durante a campanha presidencial de 2016 para que a atriz pornô Stormy Daniels não divulgasse um suposto caso extraconjugal entre eles. O republicano nega as alegações.
No domingo (14), o ex-presidente usou seu perfil na rede social Truth Social para falar sobre o julgamento. Desde que a audiência foi marcada, em 25 de março, ele aponta “interferência eleitoral”. Isto porque os norte-americanos vão às urnas em novembro deste ano para eleições presidenciais.
O presidente Joe Biden tenta a reeleição e deve ter Trump como o principal adversário. A declaração deste fim de semana seguiu na mesma linha: “Há apenas quatro anos, eu era um presidente dos Estados Unidos muito popular e bem-sucedido, obtendo mais votos do que qualquer presidente em exercício na história. Amanhã de manhã [nesta segunda- feira] estarei no Tribunal Criminal, perante um juiz totalmente em conflito, um procurador corrupto, um sistema jurídico em caos, um Estado invadido por crimes violentos e corrupção, e os capangas do corrupto Joe Biden ‘manipulando o sistema’ contra o seu adversário político, eu!”.
Segundo Trump, uma “interferência eleitoral como essa nunca aconteceu nos EUA antes”. Afirmou o país é “uma nação em sério declínio”, mas que, em breve, “será novamente uma grande nação”, em referência às eleições.
Foto: Getty Images
A Suprema Corte do Colorado, nos Estados Unidos, decidiu nesta terça-feira (19) que Donald Trump está desqualificado para ocupar o cargo de presidente e indicou que o nome do republicano não aparecerá na cédula de votação do estado em 2024.
O tribunal concluiu que Trump se envolveu em uma insurreição ao discursar incitando eleitores descontentes a invadirem o Capitólio, em Washington, no dia 6 de janeiro de 2021. O episódio ocorreu após o republicano perder as eleições presidenciais que disputava com o democrata Joe Biden.
A decisão torna Trump o primeiro candidato presidencial na história dos EUA a ser considerado inelegível para a Casa Branca por conta de uma seção raramente utilizada da Constituição do país que proíbe funcionários que se envolveram em “insurreição ou rebelião” de ocupar cargos públicos.
O tribunal concluiu que a Constituição dos EUA proíbe o favorito à nomeação republicana em 2024 de aparecer nas urnas devido ao seu papel na instigação da violência contra o governo dos EUA.
"A maioria do tribunal considera que o presidente Trump está desqualificado para ocupar o cargo de presidente nos termos da Seção Três da Décima Quarta Emenda da Constituição dos Estados Unidos", decidiu o tribunal. "Como ele foi desqualificado, seria um ato ilícito, segundo o Código Eleitoral, o Secretário de Estado do Colorado incluir seu nome como candidato nas primárias presidenciais."
A decisão aplica-se apenas às primárias republicanas do estado, em 5 de março, mas a decisão pode afetar a campanha de Trump nas eleições gerais de 5 de novembro. Os analistas eleitorais apartidários dos EUA veem o Colorado como seguramente democrata, o que significa que o presidente Joe Biden provavelmente liderará o estado, independentemente do destino de Trump.
Mesmo assim, os opositores do ex-presidente esperam que o caso impulsione o debate sobre a questão e, potencialmente, chegue ao Supremo Tribunal dos EUA.
“Acho que isso pode encorajar outros tribunais ou secretários estaduais a agirem agora que o curativo foi arrancado”, disse Derek Muller, professor de direito da Notre Dame. “Esta é uma grande ameaça à candidatura de Trump.”
O caso foi movido por um grupo de eleitores do Colorado, auxiliados pelo grupo Cidadãos pela Responsabilidade e Ética em Washington.