Italianas comemoram ponto contra os Estados Unidos (Foto: Reuters)
Pela primeira vez na história, a Itália é campeã olímpica no vôlei de quadra. Neste domingo (11), último dia dos Jogos de Paris, as italianas dominaram os Estados Unidos do início ao fim. Com alto volume e 22 pontos de Egonu, venceram por 3 sets a 0.
As parciais foram de 25/18, 25/20 e 25/17. Não é exagero dizer que cada uma das atletas europeias teve atuação de gala e assumiu a responsabilidade de encerrar um longo jejum do país nas Olimpíadas. A seleção feminina sobe ao pódio de forma inédita e já ocupa logo o degrau mais alto.
A Itália já teve seleções dominantes no vôlei, especialmente no naipe masculino. Mas nunca pôde subir ao lugar mais alto do pódio olímpico. Entre os homens, chegou a conquistar três pratas e três bronzes. Duas derrotas em finais foram para o Brasil, inclusive (em 2004 e 2016).
Coube, então, à equipe feminina levar o país ao topo do esporte. Um ouro que nunca será esquecido.
Walewska Oliveira lança biografia em Uberlândia nesta quarta-feira — Foto: Divulgação
Morreu na noite desta quinta-feira a ex-jogadora Walewska Moreira de Oliveira, aos 43 anos, em São Paulo. A ex-central, campeã olímpica com a seleção de vôlei nos Jogos de Pequim, em 2008, que estava aposentada desde o fim da temporada 2021/2022, caiu do 17º andar de um prédio em São Paulo no fim da tarde da última quinta-feira. As circunstâncias do ocorrido estão sendo investigadas pela polícia.
Walewska faz parte do seleto grupo de campeões olímpicos brasileiros. Em Pequim-2008, a central fez parte da conquista do primeiro ouro olímpico do vôlei feminino. Em Olimpíadas, ainda foi bronze em Sidney-2000 e ficou com o quarto lugar em Atenas-2004. Defendeu diversos clubes ao longo da carreira, como Minas, Osasco e Praia Clube, por onde se aposentou.
O Sul-Americano de vôlei 2022 marcou a despedida oficial das quadras. O último jogo da central foi diante do Regatas Lima, do Peru, pela fase de grupos. Na semifinal contra o Sesi-Bauru e na final contra o rival o Minas, Wal ficou como opção no banco de reservas, mas não foi utilizada durantes as partidas. Após a aposentadoria, o clube de Uberlândia deixou de usar a camisa 1, que a central vestia.
Livro
Walewska lançou sua biografia neste ano. Em "Outras redes", ela contou toda sua trajetória até as quadras. Aos 12 anos, saiu de casa e pegou o ônibus para o primeiro teste de vôlei no Minas. Ali, dava seus primeiros passos rumo a uma carreira de conquistas.
Nesta semana, Walewska participou de uma série de eventos em São Paulo. Ela foi ao centro de treinamento do Palmeiras e se encontrou com o técnico Abel Ferreira.
Repercussão
Foram anos de convivência. Ao longo do tempo, José Roberto Guimarães viu Walewska construir uma trajetória de brilho. Mas não só. Além do ouro nas Olimpíadas de Pequim e de tantas outras conquistas, técnico e jogadora viram a relação transbordar das quadras.
"Ela era excepcional. Todo técnico, toda comissão gostaria de ter uma atleta como ela. Madura, tranquila, mas com uma vontade incrível de fazer e realizar as coisas. A gente fica sem chão. A gente perde a noção de muita coisa. Eu perdi uma filha. Eu perdi uma filha. É muito duro. É um momento para nós muito difícil," afirmou.
A ex-ministra do esporte, Ana Moser, publicou em suas redes socias mensagens. "Uma guerreira, gentil e inteligente. Dedicada aos times, aos grupos, sempre com um sorriso no rosto. Uma grande perda para nós, muito maior para a família. Meus sinceros sentimentos e muita oração e força para acalmar a dor "- lamentou Ana Moser.