Uma pesquisa realizada entre os dias 15 e 18 deste mês, pelo instituto AtlasIntel, foi divulgada nesta terça-feira (19) e revelou que 62,1% dos argentinos entrevistados viram os preços de produtos e serviços que consumiam habitualmente subirem “descontroladamente” ou mais de 50% nos últimos seis meses. 88% dos entrevistados consideram a situação econômica atual ruim.
Para além dos 62,1%, 20% dos entrevistados também disseram que os preços encareceram consideravelmente, entre 30% e 50%. Apenas 9,3% disseram que os preços aumentaram entre 15% e 30%. Em uma expectativa para seis meses no futuro, 47% dos argentinos creem que a economia vai piorar e 43% acreditam que vai melhorar.
Em relação à economia familiar, 57% dos argentinos entrevistados consideram estar em uma situação ruim. 80% acreditam que a situação do mercado de trabalho está ruim. Na expectativa para o futuro, quanto ao mercado de trabalho, 52% disseram que a situação vai piorar e 41% declararam que vai melhorar.
Quanto à economia familiar, 47% consideram que vai piorar, enquanto 41% acham que vai melhorar.
Os entrevistados também foram questionados sobre a expectativa de compras de bens como celulares, eletrodomésticos ou veículos, para os próximos seis meses. 57,6% disseram que vão comprar menos; 21,3% falaram que vão consumir mais; e 21,1% afirmaram que não vai haver variação no nível de compras.
A pesquisa ainda aponta que 47,7% dos argentinos aprovam a atual administração, enquanto 47,6% desaprovam. A maioria dos que aprovam o governo são homens, pessoas entre os 60 e 100 anos de idade e jovens entre 16 e 24 anos. O apoio a Milei também é grande entre pessoas que possuem apenas a educação primária e entre grupos de mais alta renda.
45,1% dos entrevistados consideram o governo atual ruim ou muito ruim, enquanto 43,5% acham bom ou excelente.
O presidente aparece com a maior imagem positiva entre os políticos citados, com 47%. A percepção negativa sobre ele é de 51%.
O ex-presidente Alberto Fernández tem 84% de percepção negativa, sendo seguido pelo ex-ministro da Economia, Sergio Massa, com 67%, e por Cristina Kirchner, que tem 61%.
36,8% dos entrevistados creem que Milei vai dolarizar a economia, enquanto 23% não acreditam. O valor dos desacreditados permanece praticamente o mesmo de antes, em novembro. Naquele mês, mais de 48% acreditavam que o presidente iria dolarizar o sistema monetário.
Mais da metade dos argentinos é a favor dessa mudança: 52% disseram concordar com a medida, enquanto 35% se mostraram contra.
49% dos entrevistados se colocaram a favor do megaprojeto de mais de 300 artigos assinado por Milei, visando desregular a economia e eliminando várias leis. 46% discordaram.
Divulgada nesta quinta-feira (7), uma pesquisa AtlasIntel aponta que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu cinco pontos percentuais desde janeiro até este mês de março, saindo de 52% para 47%. Ao mesmo tempo, o levantamento indicou que houve um crescimento de três pontos no mesmo intervalo de tempo, saindo de 43% para 46%.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos, deixando a aprovação e a desaprovação em um empate técnico. Ao todo, cerca de 3.154 pessoas foram ouvidas, a maioria da região Sudeste e com faixa etária entre 45 e 59 anos. Apenas 7% não soube emitir uma opinião.
O percentual de aprovação apresentado é o mais baixo da série histórica, sendo o primeiro a ficar abaixo de 50%.