O Alabama executou um prisioneiro pelo método de asfixia por gás nitrogênio nesta quinta-feira (26), o segundo caso do tipo na história nos EUA.
Na asfixia por nitrogênio sofrida por Alan Miller, de 59 anos, uma máscara é colocada sobre a cabeça do preso, forçando a inalar nitrogênio puro. O método é controverso e foi condenado pela ONU quando a primeira morte com o método ocorreu, em janeiro.
Segundo especialistas do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), a asfixia por nitrogênio violaria a proibição de tortura e de outras penas cruéis, desumanas ou degradantes.
O homem sobreviveu a uma tentativa de execução por injeção letal em 2022, que não deu certo porque enfermeiras não conseguiram encontrar uma veia do prisioneiro após mais de uma hora tentando.
Entenda o caso
Miller foi sentenciado à morte após ser condenado por matar três homens durante tiroteios consecutivos no local de trabalho em 1999. Ele trabalhava com motorista de caminhão de entregas.
Os mortos eram colegas de trabalho e tinham 28, 32 e 39 anos respectivamente. Uma testemunha no julgamento indicou que Miller estava paranoico e acreditava que seus colegas estavam espalhando rumores sobre ele.
Alan Miller inicialmente se declarou inocente por motivo de insanidade, mas depois retirou a alegação. Um psiquiatra contratado pela defesa disse que ele era mentalmente doente, porém sua condição não era grave o suficiente para ser usada como base para uma defesa de insanidade, de acordo com documentos do tribunal.
Os jurados condenaram Miller após 20 minutos de deliberação e recomendaram por uma votação de 10 a 2 que ele recebesse a pena de morte.
O homem foi declarado morto às 18h30, pelo horário local. Ele tremeu e se contorceu na maca por cerca de dois minutos, com o corpo, às vezes, puxando contra as amarras. Depois, passou cerca de seis minutos com a respiração ofegante antes de ficar imóvel.
“Eu não fiz nada para estar aqui,” disse Miller em suas últimas palavras, que estavam, em certos momentos, abafadas pela máscara de gás com bordas azuis que cobria seu rosto.
Durante a execução, Miller também pediu a sua família e amigos para “cuidarem” de alguém, mas não ficou claro de quem ele estava falando.
Vídeo: Ascom PC/AL
A Polícia Civil (PC) informou, nesta terça-feira (16), que já iniciou as oitivas dos parentes e vizinhos do bebê encontrado morto, possivelmente por asfixia, na própria casa, no município alagoano de Chã Preta. O caso ocorreu na última sexta-feira (12). A mãe da criança foi autuada por infanticídio.
“Nós recebemos as peças do auto de prisão em flagrante [da mãe] e eu determinei à equipe de Chã Preta que iniciasse as oitivas de parentes e vizinhos do local do fato. Estamos aguardando também a confecção do laudo cadavérico definitivo após a realização de exames complementares no material retirado do bebê”, disse o delegado Fernando Lustosa.
Depois da apuração do caso a polícia deve chegar a uma conclusão sobre a responsabilidade da mãe do bebê e as circunstâncias da morte da vítima.
Na noite da última segunda-feira (19), um bebê com apenas 10 dias de nascido foi socorrido após ter as vias aéreas obstruídas e uma consequente asfixia com o leite materno, durante a amamentação. O caso ocorreu no bairro Senador Arnon de Melo, em Arapiraca.
Os pais do bebê foram até o quartel do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e pediram ajuda. Assim, uma guarnição com quatro militares realizou o socorro do menor. Em seguida, ele foi levado para o Hospital de Emergência do Agreste (HEA), para uma avaliação médica.
Após 'sobreviver' à execução por injeção letal, o condenado Kenneth Eugene Smith acabou se tornando a primeira pessoa a sucumbir ao método de hipóxia por nitrogênio, no que foi descrito por seu mentor espiritual - o pastor Jeff Hood como um "show de horrores".
Ao contrário de filmes de terror como 'Shocker: 100 Mil Volts de Terror', de Wes Craven, e 'Seed: Assassino em Série', de Uwe Boll, o condenado não sobreviveu a mais uma tentativa de pena capital e acabou falecendo em um drama extremamente real, com uma técnica que defensores de direitos humanos consideram ter requintes de crueldade.
De acordo com o pastor, Smith, de 58 anos, foi submetido a uma provação 'horrível' de 22 minutos, quando uma máscara de gás foi colocada em seu rosto, antes que um fluxo de gás nitrogênio 100 por cento o sufocasse. De acordo com o religioso, que esteve presente na câmara de execução na prisão William C. Holman em Atmore, no estado do Alabama, um Mal sem igual foi libertado a partir da execução de Smith.
Hood ainda afirmou que os funcionários da prisão ficaram boquiabertos e em estado de choque quando viram que o processo de execução demorou muito mais do que eles haviam previsto e que o processo foi extremamente traumático.
Kenneth Eugene Smith foi condenado à morte em 1996 pelo assassinato da esposa de um religioso em 1988, serviço pelo qual recebeu US$ 1.000.