Míssil Hwasong 17 é exibido em parada militar em Pyongyang — Foto: KCNA via KNS / AFP

Na esteira do aumento das tensões geopolíticas, as potências nucleares modernizaram os seus arsenais atômicos e elevaram os gastos nesta área em um terço nos últimos cinco anos, indicaram dois relatórios publicados nesta segunda-feira (17).

De acordo com a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (Ican, sua sigla em inglês),  os nove países com armas nucleares — Rússia, Estados Unidos, França, Índia, China, Israel, Reino Unido, Paquistão e Coreia do Norte — gastaram no segmento um total de US$ 91 bilhões (R$ 487 bilhões), no ano passado.

O relatório mostra, juntamente a outro publicado pelo Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês), que os gastos destes países aumentaram consideravelmente à medida que as suas armas nucleares foram modernizadas. As potências até implantaram novos sistemas, apontam os estudos.

— Acho razoável dizer que há uma corrida armamentista nuclear em andamento — disse Melissa Parke, diretora do ICAN, à AFP.

R$ 15 mil por segundo

Pela primeira vez, o Sipri estimou que a China tem "algumas ogivas nucleares em estado de alerta operacional elevado", ou seja, prontas para uso imediato.

Embora "o número total de ogivas nucleares continue a diminuir à medida que as armas da era da Guerra Fria são progressivamente desmanteladas", há um aumento no "número de ogivas nucleares operacionais" de ano para ano pelas potências nucleares, segundo Dan Smith, diretor do Sipri.

Segundo a Ican, os gastos com armas nucleares em todo o mundo aumentaram US% 10,8 bilhões em 2023 em relação ao ano anterior. Os Estados Unidos foram responsáveis ​​por 80% desse aumento.

A participação dos EUA nos gastos totais, de US$ 51,5 bilhões, "é maior do que a de todos os outros Estados com armas nucleares combinados", afirmou a Ican. Washington é seguido por Pequim (US$ 11,8 bilhões) e Moscou (US$ 8,3 bilhões).

As potências nucleares gastaram no total US$ 2.898 por segundo (R$ 15,5 mil) no ano passado para financiar estas armas, de acordo com o relatório. Os montantes atribuídos às armas nucleares aumentaram 33% desde 2018 (que naquela altura era de US$ 68,2 bilhões), quando o Ican começou a recolher os dados.

Em todos estes anos, estes países investiram cerca de US$ 387 bilhões de dólares nestas armas, acrescentou a entidade. Parke denunciou o "uso inaceitável de fundos públicos" para esse fim e chamou as despesas de "obscenas".

Segundo a diretora do Ican, estes fundos representam mais do que o Programa Alimentar Mundial estima ser necessário para acabar com a fome no mundo.

— E poderíamos plantar um milhão de árvores por cada minuto gasto em armas nucleares — ressaltou.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin - Foto: Reprodução/Internet

O presidente russo,  Vladimir Putin, disse na quarta (13) que a Rússia está tecnicamente preparada para uma guerra nuclear-e que, se os Estados Unidos mandar tropas para a Ucrânia a atitude seria considerada uma escalada significativa da guerra.

A Rússia, que herdou as armas nucleares da União Soviética, possui o maior número de ogivas nucleares do mundo, segundo a Federação dos Cientistas dos EUA, um think thank americano (FAS, em inglês). Ogiva é uma arma nuclear “guardada” em uma cápsula para ser colocada na parte cilíndrica de um foguete, míssil ou projétil.

Com essa quantidade de ogivas, significa na prática que a Rússia poderia destruir o mundo "várias vezes", segundo a agência Reuters.

Putin controla 5.580 ogivas, segundo a Federação dos Cientistas dos EUA, um think thank americano (FAS, em inglês).

Destas, 4.380 estão armazenadas para uso em lançadores estratégicos de curta e de longa distância e outras 1.200 estão “aposentadas” – fora do arsenal oficial, mas provavelmente intactas, guardadas em bunkers –, de acordo com a FAS.

Das que estão armazenadas, 1.710 estão posicionadas: são cerca de 870 em mísseis balísticos para lançamento em terra, cerca de 640 para lançamento de submarinos e possivelmente 200 em bases aéreas, diz a Federação dos Cientistas.

Vladimir Putin, é o principal responsável pela decisão sobre o uso de armas nucleares russas. Uma maleta nuclear, que possibilita o lançamento de ogivas, está sempre com o presidente.

Putin afirmou que a Rússia consideraria testar uma arma nuclear caso os Estados Unidos o fizessem. Até hoje, a Rússia pós-soviética não realizou nenhum teste nuclear.

A União Soviética testou pela última vez em 1990.

O Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares foi assinado pela Rússia em 1996 e ratificado em 2000. Os Estados Unidos assinaram o tratado em 1996, mas ainda não o ratificaram.

Eleições
A Rússia vai ter eleições presidenciais esta semana, que começam na sexta-feira (15) e vão até domingo (17). Putin está no final de seu quarto mandato como presidente, e como ele tem o controle do sistema político da Rússia, sua reeleição está praticamente garantida.
De acordo com reformas constitucionais, Putin está apto a concorrer a mais dois mandatos de seis anos, podendo permanecer no poder até 2036.

Guilherme Derrite | Foto: Gabriel Silva/Ato Press/Estadão Conteúdo

De acordo com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), o furto de 21 metralhadoras do Arsenal da Base Militar de Barueri (SP) pode ter consequências graves, uma vez que 13 das armas têm capacidade para derrubar um avião. Derrite ainda disse que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) se esforçará para auxiliar nas buscas pelo armamento.

“Nós, da segurança de São Paulo, não vamos medir esforços para auxiliar nas buscas do armamento e evitar as consequências catastróficas que isso pode gerar a favor do crime e contra segurança da população”, afirmou o secretário.

Além das 13 metralhadoras antiaéreas, as armas subtraídas incluem oito metralhadoras de calibre 7.62. Segundo o Comando Militar do Sudeste, as armas eram inservíveis, estando em processo de manutenção no setor responsável por iniciar o processo de destruição de armamentos que não podem mais ser reparados.

A descoberta do furto ocorreu durante uma inspeção realizada no Arsenal.

Exército investiga o caso

Oficialmente, nenhum boletim de ocorrência (BO) foi registrado pelo Exército, que tem conduzido uma investigação interna para apurar o caso. Ao todo, cerca de 480 militares estão aquartelados em Barueri, para prestar depoimentos sobre o ocorrido.

Apesar de nenhum BO ter sido registrado, a Polícia Civil (PC) e a Polícia Militar (PM) estão realizando buscas para encontrar o armamento e os responsáveis pelo crime.

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