O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT/SP) demitiu, na tarde desta quarta-feira (06), a ministra do Esporte, Ana Moser. A demissão da agora ex-ministra é parte da reforma ministerial organizada pelo Governo Federal.
O substituto de Ana Moser será o deputado federal André Fufuca (PP/MA). A demissão de Ana Moser já vinha sendo discutido há cerca de dois meses, em idas e vindas causadas pela reforma ministerial.
Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que a nomeação e a posse de Fufuca como ministro do Esporte ocorrerá quando Lula voltar de viagem da Índia, onde está marcada a reunião da cúpula do G20. Assim, a posse do novo comandante da pasta só deve ocorrer na próxima semana.
Protestos
A demissão de Ana Moser, no entanto, gerou repercussão negativa entre associações esportivas ligadas a atletas (confira a íntegra da nota abaixo).
O esporte não é moeda de troca. Nos sentimos envergonhados e desprestigiados, vendo que o esporte no Brasil continua sendo encarado como algo menor – diz o texto, assinado pela Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Brasileiro e pelos grupos Atletas pelo Brasil e Movimento Esporte pela Democracia.
Leia a íntegra da nota conjunta divulgada por grupos ligados ao esporte:
A Atletas pelo Brasil, a Comissão de Atletas do COB, o Conselho de Atletas do CPB e o Movimento Esporte pela Democracia vêm a público manifestar sua apreensão com uma possível mudança no comando do Ministério do Esporte – segundo a imprensa vem noticiando.
Ainda durante a campanha presidencial em 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro com representantes da área, disse que era necessária uma “revolução” na política pública de esporte, uma que ajudasse a “construir uma boa política de esporte para este país, da infância até a terceira idade”.
É justamente isso que a ministra Ana Moser tem se dedicado a fazer desde o início de sua gestão, mesmo com uma equipe reduzida e recursos escassos. É imperioso notar que, não fosse ela, não seria este o rumo da política de esporte.
Lamentamos que, menos de um ano depois, em nome de uma pretensa governabilidade, o governo do presidente Lula possa vir a romper com seu discurso e promessas e, colocando o Ministério do Esporte na mesa de negociações políticas, aniquile toda e qualquer possibilidade de que a política de esporte que o Brasil precisa seja efetivamente implementada.