Vídeos: Pedro Ivon/Portal Rádio Sampaio

Na manhã desta quinta-feira (1°), o comandante do 10° Batalhão de Polícia Militar (BPM), coronel Anaximandro Tenório, concedeu uma entrevista à Rádio Sampaio (94.5 FM) durante o programa Nosso Encontro, e abordou a questão da segurança pública durante o carnaval, casos de homicídio em Palmeira dos Índios e o episódio da agressão que ocorreu durante um jogo do CSE contra o ASA, no estádio Juca Sampaio.

Coronel Anaximandro Tenório, comandante do 10° BPM | Foto: Pedro Ivon/Portal Rádio Sampaio

Durante a entrevista, o comandante ressaltou os avisos que o 10° BPM já vem dando à toda a população, como a proibição de paredões de som paralelos aos blocos carnavalescos. “Foi uma questão muito pedida e principalmente pela população, e também pelas pessoas que compõem os blocos, porque atrapalha e não leva a nada e dá muita confusão”, disse o coronel. “A gente fez esse acordo lá, no qual tá proibido paredões, principalmente nos locais onde os desfiles passam”, continuou.

A proibição da comercialização de garrafas de vidro ou o uso de espetos também foi mencionada, para que se evite agressões utilizando objetos que podem servir como armas brancas.

A agressão no estádio Juca Sampaio

Na noite do dia 25 de janeiro, durante o intervalo da partida entre CSE e ASA no estádio Juca Sampaio, um torcedor acertou um jogador do time visitante com uma lata. Esse caso foi levantado pelo locutor Antônio Oliveira durante a entrevista com o coronel, que também falou sobre o caso.

“A suspeita é que pessoas foram antes lá e deixaram esse objeto já no estádio Juca Sampaio, porque pela portaria não entrou esse artefato que era aquela tinta, que solta aquela tinta, porque nós não deixamos entrar”, afirmou o entrevistado.

Homicídios

Ainda na entrevista, o locutor Antônio Oliveira apontou que algumas vezes, quando ocorre um homicídio, uma série de outros crimes do mesmo tipo também acontecem em seguida. Em resposta a isso, o coronel Anaximandro indicou a existência de uma cultura regional de vingar os familiares falecidos. Segundo o militar, uma lentidão do Judiciário contribui para esse tipo de ação dos populares.

“A gente tem essa tradição, é do brasileiro, mas principalmente do nordestino: quando você tem um ente familiar que foi vítima de um homicídio, e você consegue identificar quem foi, geralmente há a questão da vingança”, explicou. “A gente tem que mudar essa cultura. Não sei se é o descrédito à nossa legislação, que também é uma legislação muito fraca, ou um descrédito também do Judiciário, que às vezes demora muito pra fazer o ato do julgamento; ou seja, é preso um indivíduo e ele só vem a ser julgado vários anos depois. Ou seja, não tem a resposta para a família”, continuou.

 

Apesar disso, o comandante do 10° BPM também afirmou que Palmeira dos Índios já está há alguns meses sem registrar assassinatos.

Abaixo, ouça a entrevista completa, feita pelo locutor Antônio Oliveira.

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