Bandeira do Estado Islâmico - Foto: Delil Souleiman/AFP
O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque a turistas que causou a morte de três espanhóis e três afegãos na cidade de Bamiyan, centro do Afeganistão.
Em comunicado no domingo (19), o grupo jihadista anunciou em seus canais no aplicativo Telegram que “combatentes atiraram na última sexta-feira (17) com metralhadoras contra turistas cristãos e seus acompanhantes xiitas" na localidade turística.
O grupo de turistas foi baleado em um mercado de Bamiyan, que fica a cerca de 180 km da capital afegã, Cabul.
O EI informou que atacou “um ônibus de turistas de países da coalizão", referindo-se à coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos para combater a organização jihadista no Oriente Médio.
“O ataque segue as diretrizes dos líderes do EI de atacar cidadãos dos países da coalizão onde quer que eles estejam", ressalta o comunicado. O governo talibã informou ontem que sete suspeitos foram presos.
O chanceler espanhol, José Manuel Albares, condenou o atentado. "A Espanha continuará trabalhando contra o terrorismo e na Coalizão contra o Daesh (como o EI também é conhecido). E também para que esses crimes não fiquem impunes", publicou no X.
Albares informou que os dois espanhóis que saíram ilesos do ataque já deixaram o Afeganistão, e que uma operação para repatriar as demais vítimas espanholas está em curso.
Turismo
O turismo aumentou nos últimos anos no Afeganistão, após a melhora da segurança desde que o Talibã encerrou sua insurgência, após derrotar o governo apoiado pelos Estados Unidos. Segundo dados oficiais, o número de turistas estrangeiros cresceu 120% ao ano, para quase 5,2 mil no ano passado.
Os países ocidentais desaconselham viagens ao Afeganistão, um dos países mais pobres do mundo, devido, principalmente, ao risco de ataque ou sequestro.
Pablo Bonfiglio/Getty Images
Um grupo de homens armados abriu fogo na cidade turística de Bamiyan, centro do Afeganistão, matando ao menos seis pessoas, neste final de semana. O governo espanhol confirmou que três das vítimas eram turistas naturais da Espanha. As outras três pessoas mortas no ataque seriam afegãs.
Além dos três turistas espanhois mortos, um quarto está entre os feridos. De acordo com relatos de agências internacionais, outros feridos seriam naturais da Noruega, Austrália e Lituânia.
O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, se disse comovido e acompanhando a situação. A cidade de Bamiyan o principal destino turístico do Afeganistão.
Província de Ghorn, Afeganistão, após fortes chuvas Reuters
Ao menos 50 pessoas morreram em uma nova onda de chuvas intensas e inundações no Afeganistão, disse um oficial neste sábado (18).
Número de mortos nas inundações no Afeganistão sobe para 153- Reuters
O número de mortos em enchentes devastadoras no norte do Afeganistão aumentou para 153 pessoas em três províncias, disse o Ministério do Interior do Talibã neste sábado (11).
Pelo menos 138 pessoas também ficaram feridas nas enchentes no norte de Baghlan, Takhar e Badakhshan, causadas pelas fortes chuvas de sexta-feira (10), disse à Reuters o porta-voz do ministério, Abdul Mateen Qaniee.
As autoridades talibãs enviaram helicópteros para tentar ajudar os civis durante a noite, depois de receberem relatos de que mais de 100 pessoas ficaram retidas.
Muitas pessoas ficaram desabrigadas e os sistemas de transporte, água e esgoto foram “severamente perturbados”, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“O impacto foi profundo, levando à perda de vidas e feridos, com muitas pessoas ainda desaparecidas”, afirmou o escritório da OMS no Afeganistão num comunicado na noite de sexta-feira.
O comunicado acrescentou que quatro centros de saúde foram danificados e um destruído pelas cheias e disse que a agência estava enviando equipes de saúde para prestar tratamento nas zonas inundadas.
As detenções são a primeira confirmação oficial da repressão do regime fundamentalista quanto ao estrito código de conduta e vestimenta que impõe desde que retomou a capital e o controle do país, após a atribulada retirada das forças militares americanas em agosto de 2021.
O porta-voz, no entanto, não detalhou quantas mulheres foram presas e em que consistia a forma incorreta de uso do véu que justificaria as detenções segundo a norma do Talibã.
Em maio de 2022, o regime lançou decreto segundo o qual mulheres deveriam cobrir rosto e corpo, podendo deixar apenas os olhos à mostra em público, além de recomendar o uso da burca, véu que cobre da cabeça aos pés, inclusive os olhos, e já foi obrigatório na primeira passagem do grupo islâmico pelo poder, de 1996 a 2001.
"Estas são as poucas mulheres limitadas que propagam o mau uso do hijab na sociedade islâmica", disse o porta-voz do ministério à agência Associated Press. "Elas violaram os valores e rituais islâmicos e encorajaram a sociedade e outras irmãs respeitadas a adotarem o mau uso do hijab."
As prisões ocorrem menos de uma semana depois que o Conselho de Segurança das Nações Unidas requereu um enviado especial para se envolver com o Talibã, especialmente em assuntos relacionados a gênero e direitos humanos.
O regime, porém, criticou a ideia, dizendo que os enviados especiais da ONU têm "complicado ainda mais as situações por meio da imposição de soluções externas".
As medidas do regime islâmico afegão ecoam ainda práticas do vizinho Irã, que há décadas impõe código de vestimenta para mulheres, com atuação de uma força policial específica para o assunto, resultante de interpretação radical do Islã.
O Talibã anunciou que mulheres foram presas nesta semana em Cabul por supostamente usar o véu islâmico de forma incorreta, de acordo com o porta-voz do Ministério da Propagação da Virtude e da Prevenção do Vício, Abdul Ghafar Farooq.
As detenções são a primeira confirmação oficial da repressão do regime fundamentalista quanto ao estrito código de conduta e vestimenta que impõe desde que retomou a capital e o controle do país, após a atribulada retirada das forças militares americanas em agosto de 2021.
O porta-voz, no entanto, não detalhou quantas mulheres foram presas e em que consistia a forma incorreta de uso do véu que justificaria as detenções segundo a norma do Talibã.
Em maio de 2022, o regime lançou decreto segundo o qual mulheres deveriam cobrir rosto e corpo, podendo deixar apenas os olhos à mostra em público, além de recomendar o uso da burca, véu que cobre da cabeça aos pés, inclusive os olhos, e já foi obrigatório na primeira passagem do grupo islâmico pelo poder, de 1996 a 2001.
"Estas são as poucas mulheres limitadas que propagam o mau uso do hijab na sociedade islâmica", disse o porta-voz do ministério à agência Associated Press. "Elas violaram os valores e rituais islâmicos e encorajaram a sociedade e outras irmãs respeitadas a adotarem o mau uso do hijab."
As prisões ocorrem menos de uma semana depois que o Conselho de Segurança das Nações Unidas requereu um enviado especial para se envolver com o Talibã, especialmente em assuntos relacionados a gênero e direitos humanos.
O regime, porém, criticou a ideia, dizendo que os enviados especiais da ONU têm "complicado ainda mais as situações por meio da imposição de soluções externas".
As medidas do regime islâmico afegão ecoam ainda práticas do vizinho Irã, que há décadas impõe código de vestimenta para mulheres, com atuação de uma força policial específica para o assunto, resultante de interpretação radical do Islã.
Mohsen Karimi/AFP
Subiu para 2.053 o número de mortes causadas por um terremoto no Afeganistão, no sábado (7), de acordo com as autoridades locais. O tremor, de magnitude 6,3, provocou estragos principalmente na região oeste do país.
Mais de 9,2 mil pessoas ficaram feridas. Entre as vítimas estão muitas crianças e mulheres, de acordo com uma autoridade do departamento de saúde de Herat. Ao todo, 1.329 casas ficaram danificadas ou destruídas.
De acordo com Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro do terremoto foi registrado a 35 km de Herat, que é a maior cidade da região. O tremor foi seguido por sete réplicas, com magnitudes entre 4,6 e 6,3.
De acordo com a AFP, o terremoto provocou deslizamentos de terra em áreas rurais e montanhosas. Já na área urbana, imóveis desabaram.
"Estávamos em nossos escritórios quando o prédio começou a tremer de repente e os revestimentos das paredes caíram. As paredes racharam e parte do prédio desabou", disse Bashir Ahmad à AFP.
A Unicef informou que equipes estão na região, com o auxílio das Nações Unidas, para avaliar o impacto total dos tremores.
“Mais uma vez, as crianças e as famílias no Afeganistão foram afetadas por um terramoto devastador”, publicou a organização em uma rede social.
Foto: FADEL SENNA / AFP
O número de pessoas mortas após o terremoto de magnitude 6,3 que atingiu o Oeste do Afeganistão , neste sábado, subiu para “cerca de 120”, segundo as autoridades regionais de gestão de desastres do país.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro do sismo foi 40 km ao noroeste da maior cidade da região, Herat. Em seguida, foram outros sete abalos subsequentes com magnitudes entre 4,6 e 6,3.
— Neste momento há mais de mil mulheres, crianças e idosos feridos nos nossos registros, e cerca de 120 pessoas perderam a vida — disse à AFP a chefe da gestão de desastres da província de Herat, Mosa Ashari.
Herat, 120 km ao leste da fronteira com o Irã, é a capital da província com o mesmo nome, onde vivem cerca de 1,9 milhão de pessoas, segundo dados do Banco Mundial.