Agência Brasil
Vinte anos 20 anos depois da criação da Força Nacional, um deputado federal quer acabar com o grupo, que atua em situações de emergência sob a coordenação do governo federal, como foi nas enchentes do Rio Grande do Sul.
Nesta sexta-feira (26), o deputado bolsonarista Marcos Pollon (PL-MS) propôs sustar o decreto de Lula de 2004, que criou a Força Nacional, sob a justificativa de que o ato violou a autonomia dos estados e é, portanto, inconstitucional.
“A manutenção da Força Nacional demanda um alto investimento financeiro, que poderia ser direcionado para outras áreas da segurança pública, como a valorização dos salários dos policiais e o investimento em equipamentos”, argumenta.
Além disso, Pollon argumenta que o governo usa a força “politicamente” e em “questões ideológicas”. Ele cita questões de conflitos agrários como exemplo do que considera uso irregular da Força Nacional.
“Como é de fácil percepção a Força de Segurança Nacional, vem obedecendo as pautas do atual Governo e não cumprem a lei, pois não protegem os proprietários das terras invadidas, apesar de decisão judicial”, afirma o deputado.
Policiais ao lado de foco de incêndio durante protesto contra reforma da Previdência na França
-REUTERS/Yves Herman
O partido de extrema-esquerda francês França Insubmissa (LFI), que liderou a coalizão de esquerda vencedora das eleições, tomará novas medidas legislativas nesta terça-feira (23) para anular as contestadas mudanças nas pensões do presidente Emmanuel Macron e reverter o aumento da idade legal de aposentadoria de 62 para 64 anos, disse seu principal legislador.
O cancelamento da reforma – que visa proteger as finanças do Estado e aumentar a produtividade – é um dos principais projetos do campo de esquerda francesa, que emergiu como a força mais forte nas eleições legislativas antecipadas do mês passado, embora não tenha conseguido a maioria.
“Vamos, hoje, apresentar uma proposta legal para cancelar as reformas previdenciárias”, disse Mathilde Panot, que dirige a França Insubmissa na câmara baixa do parlamento, à rádio France Inter.
A reforma resultou em violentos protestos de rua no ano passado, devido à oposição generalizada dos trabalhadores.
O projeto de lei da LFI, que provavelmente não será votado antes de setembro, necessitaria do apoio de legisladores fora da coligação de esquerda da Nova Frente Popular para ser aprovado.
O partido de direita Reunião Nacional também fez campanha para reduzir a idade de reforma, enquanto o bloco centrista de Macron e outros políticos de centro-direita disseram que se oporiam a tal medida.
A França encontra-se num estado de impasse parlamentar desde a decisão de Macron de convocar as eleições, sendo provável que o atual governo desempenhe as suas funções durante todo o verão na qualidade de interino.
O ex cirurgião cardíaco Massoud Pezeshkian é descrito como um político curinga — Foto: Reuters
O reformista Masoud Pezeshkian foi eleito novo presidente do Irã ao superar seu oponente conservador de linha dura, Saeed Jalili.
Pezeshkian, de 70 anos, foi declarado vencedor ao receber 53,3% dos mais de 30 milhões de votos contados no segundo turno do pleito presidencial. Já Jalili recebeu 44,3%.
O segundo turno aconteceu depois que nenhum dos candidatos recebeu a maioria dos votos no primeiro turno realizado em 28 de junho — que teve comparecimento às urnas de 40% do eleitorado, o mais baixo desde a fundação da República Islâmica do Irã em 1979.
O pleito foi convocado depois que o presidente anterior, Ebrahim Raisi, morreu em um acidente de helicóptero em maio. Outras sete pessoas morreram na queda.
Ao saber dos resultados, Pezeshkian agradeceu a seus partidários e pediu a todos os iranianos que o acompanhem na dura tarefa que tem pela frente.
"As eleições terminaram e este é só o começo da nossa aliança", escreveu em sua conta na rede social X.
"O difícil caminho que temos pela frente não será fácil exceto pela companhia, empatia e confiança de vocês. Eu estendo minha mão a vocês e juro que não os abandonarei", disse.
Vídeos publicados nas redes sociais mostraram festas de rua pela vitória de Pezeshkian em Teerã e em várias outras cidades do país.
As imagens mostravam muitos jovens dançando e balançando a bandeira verde, que é característica de sua campanha, entre carros que buzinavam.
Reforma sem ruptura
Pezeshkian, que é cirurgião cardíaco e parlamentar, criticiou a polêmica polícia moral do Irã e chamou atenção por prometer tentar acabar com o fim do isolamento iraniano no mundo.
O presidente eleito pediu "negociações construtivas" com as potências ocidentais sobre a renovação do acordo nuclear de 2015 — no qual o Irã acordou frear seu programa nuclear em troca por um alívio de sanções ocidentais.
No entanto, Pezeshkian não pode ser considerado uma pessoa que defende uma ruptura. Pelo contrário, sua carreira deixa claro o seu apego pelo líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei.
"Sou um 'principista' (pessoa que defende os conceitos que sustentam a República Islâmica) e a partir destes princípios é que buscamos reformas", disse ele, durante a campanha.
Experiência
Pezeshkian também não é novato na política, pois já foi parlamentar durante cinco legislaturas.
Em sua passagem pelo Parlamento, ele gerou polêmica por defender a descriminalização das drogas.
"Desde que o governo não se transforme no provedor das drogas, não conseguimos frear o vício", disse.
Entre 2001 e 2005, ele foi ministro da Saúde durante o segundo governo de Mohammad Khatami (1997-2005), que é considerado o primeiro presidente reformista da República Islâmica.
Khatami apoiou a candidatura de seu antigo ministro, assim como fez Mehdi Karrubi, um clérigo dissidente que em 2009 tentou chegar à Presidência do Irã nas questionadas eleições daquele ano, e que desde então está em prisão domiciliar, segundo o serviço de notícias em farsi da BBC.