Santana do Ipanema- Foto: Reprodução Sertão na Hora

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) reconheceu oficialmente, nesta quarta-feira (06), a situação de emergência no município de Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas, atingido pela seca. A portaria foi publicada na edição de hoje  do Diário Oficial da União (DOU).

A portaria atestando o estado de emergência de Santana do Ipanema, foi assinada pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil substituto, Paulo Roberto Farias Falcão.

Os municípios reconhecidos em situação de emergência ou estado de calamidade pública, estão aptos a solicitar recursos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para atendimento à população afetada.

As ações envolvem socorro, assistências às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada. A solicitação deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres.

Além do município alagoano, também obtiveram o reconhecimento federal outras 20 cidades dos estados do Amapá, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.

 

Municípios alagoanos estão sofrendo com a seca — Foto: Ascom/AMA

O Mapa do Monitor de Secas indica agravamento da estiagem em todo o semiárido alagoano, onde já é possível observar aumento da severidade no alto Sertão. A previsão é que a seca será ainda mais severa em 30% dos municípios alagoanos, ou seja, 31 das 102 cidades. A informação é da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh).

De acordo com a Semarh, os municípios mais afetados pela seca serão Piranhas, Delmiro Gouveia, Olho d’água do Casado, Pão de Açúcar, Belo Monte, Palestina, Traipu, Olho d’água Grande, São Brás, Pariconha, Inhapi, Mata Grande, Água Branca, Canapi, Ouro Branco, Senador Rui Palmeira, Maravilha, Carneiros, Minador do Negrão, Cacimbinhas, Major Isidoro, Jaramataia, Batalha, Olivença, Jacaré dos Homens, Monteirópolis, Olho d’água das Flores, São José da Tapera, Dois Riachos, Poço das Trincheiras e Santana do Ipanema.

“Em novembro, passou de um índice de seca fraca para seca moderada, assim como houve um aumento na área total de seca no estado de Alagoas em cerca de 9% se comparado ao mês anterior. E essa é a tendência para os próximos meses, com o auge do período seco, deveremos ter um aumento gradual da severidade da seca e da área, atingindo todo o Agreste, Sertão e Sertão do São Francisco”, destaca o superintendente em Prevenção de Desastres Naturais da Semarh, meteorologista Vinícius Pinho.

FENÔMENO
EL NIÑO

Em relação à previsão para o verão em Alagoas, Pinho relata que é esperada pouca chuva (com possível diminuição de casos de trovoadas em Alagoas) e temperaturas mais elevadas. Mesmo que esse período esteja fora do período de recarga hídrica, as trovoadas são importantes para o Sertão de Alagoas, já que elas ajudam a encher cisternas e barreiros.

“Pelo menos até o início do próximo período chuvoso, a tendência ainda é de chuvas abaixo da normalidade em todo o Estado. O auge do El Nino está previsto para janeiro e isso deve influenciar no baixo volume de chuvas dos primeiros meses de 2024”, destaca Vinícius Pinho.

A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) afirma que segue prestando o papel de orientação e defesa dos municípios na luta para assegurar a distribuição de água potável por meio da Operação Carro-Pipa, no acompanhamento da evolução da estiagem dos municípios, por meio dos relatórios do Monitor da Seca, ferramenta gerida pela Semarh.

“A associação também se empenha em acompanhar, junto às Defesas Civis Municipais, a validade dos decretos de situação de emergência, para garantir a legalidade das ações, recebimento de recursos e a inclusão das cidades em programas que visam reduzir os impactos causados pela seca”, finaliza a AMA.

Rio Negro | Foto: Reuters/Bruno Kelly

Nesta segunda-feira (16), o Rio Negro atingiu o seu nível mais baixo desde 1902, quando as medições começaram a ser realizadas. De acordo com o Porto de Manaus, a vazante estava com apenas 13,59m. A altura do rio deve levar mais alguns dias para voltar a crescer.

Segundo o relatório emitido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), divulgado no último dia 12, a previsão para o período histórico de ocorrência da vazante mínima do Rio Negro, em Manaus, era na segunda quinzena de outubro. Isso indica que a situação pode levar mais tempo para se amenizar. Na capital do Amazonas, o rio registrou seu último aumento de nível em 13 de junho de 2023, subindo um centímetro.

Nas cidades como Barcelos e São Gabriel da Cachoeira, onde o nível do rio já costuma ser baixo, a previsão é de que as mínimas mais expressivas devem acontecer apenas em fevereiro de 2024.

A última vez que o Rio Negro chegou a um nível tão baixo foi em 24 de outubro de 2010, quando a vazante registrada foi de 13,63m. O rio só ficou abaixo dos 15m nos anos 1997, com 14,34; 2005, com 14,75m; 2010 e, agora, 2023.

Estiagem no Amazonas

O Amazonas passa por uma estiagem que tem afetado 60 dos 62 municípios, causando prejuízos a mais de 112 mil pescadores. Cerca de 500 mil pessoas devem ficar sem acesso a água e comida, segundo o governador amazonense, Wilson Lima (União Brasil).

A qualidade do ar também acaba sendo prejudicada, uma vez que o tempo seco contribui com uma maior incidência de queimadas na região, gerando uma nuvem de fumaça que já chegou a cobrir várias regiões de Manaus.

Ação dos governos

Os governos de Manaus e do Amazonas têm agido para evitar que comunidades mais isoladas sofram com o desabastecimento de água e mantimentos. O Governo Federal também foi acionado, para ajudar na compra de cestas básicas e na abertura de 30 poços artesianos na zona rural amazonense.

A Força Aérea também tem colaborado, auxiliando no transporte de insumos para comunidades ribeirinhas afetadas pelas dificuldades no transporte fluvial.

Foto: internet

A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) está empenhada em assegurar a continuidade da Operação Carro Pipa, que é vital para fornecer água às regiões afetadas pela estiagem no Semiárido e no Agreste. Para garantir esse fornecimento essencial, é imprescindível que os municípios façam novos decretos de emergência até o dia 5 de setembro, data em que os atuais decretos perderão a validade.

A AMA está trabalhando em colaboração com as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil do Semiárido e Agreste, orientando-os a renovar seus decretos de emergência. Caso não sejam feitos os novos decretos, a Operação Carro Pipa, realizada pelo Exército, poderá ser interrompida, comprometendo o abastecimento de água nessas regiões.

De acordo com informações da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o Monitor de Secas reafirma a persistente condição de “escassez hídrica” na região. Embora esses municípios não tenham sido incluídos no mapa de monitoramento de secas de julho de 2023 devido à presença de água em seus reservatórios, é crucial ressaltar que a qualidade da água disponível para consumo humano está em grave risco. Essa situação impacta não somente o consumo humano, mas também afeta a disponibilidade de água para animais, especialmente nas comunidades rurais.

Os municípios afetados por essa situação são: Água Branca, Batalha, Belo Monte, Cacimbinhas, Canapi, Carneiros, Delmiro Gouveia, Dois Riachos, Girau do Ponciano, Inhapi, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Major Isidoro, Maravilha, Mata Grande, Minador do Negrão, Monteirópolis, Olho d’Água das Flores, Olho d’Água do Casado, Olivença, Palestina, Pão de Açúcar, Pariconha, Piranhas, Poço das Trincheiras, São José da Tapera, Senador Rui Palmeira, Santana do Ipanema, Ouro Branco e Traipú.

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