Foto: Jamile Ferraris/ MJSP

Nesta quinta-feira (28), as buscas pelos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) chegaram ao seu 44° dia. O prazo do emprego da Força Nacional na ação termina amanhã (29) e não será renovado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), segundo o qual a operação de busca entrará em uma fase com foco em ações de inteligência.

Com a saída da Força Nacional, será a Polícia Federal (PF) quem conduzirá a operação. As ações de inteligência acontecerão no âmbito da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), da qual fazem parte as polícias Federal, Civil, Rodoviária Federal, Militar e Penal.

Segundo o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, forças locais também continuarão participando da operação.

A Força Nacional Penal também continuará em Mossoró, tanto para reforçar a segurança na penitenciária quanto para prestar apoio aos efetivos locais.

Imagem: reprodução

O famoso jornal americano The New York Times revelou que o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), passou dois dias na embaixada da Hungria, em Brasília (DF), depois de ter o passaporte apreendido. Agora, a Polícia Federal (PF) vai investigar qual foi a intenção do político em ir até o local. A defesa de Bolsonaro alega que ele apenas estava mantendo contato com autoridades húngaras.

“Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo, atualizando os cenários políticos das duas nações”, diz um comunicado da defesa.

Além disso, os advogados disseram que qualquer interpretação que vá além do que foi repassado pela defesa é uma “evidente obra ficcional”.

Possível prisão preventiva

Se houver confirmação de que ele buscou asilo em território húngaro, haverá justificativa para uma ordem de prisão preventiva, que está prevista no Código de Processo Penal como modo de garantir as ordens pública e econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do delito e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pela liberdade do suspeito.

A prisão preventiva também pode ser solicitada quando há o descumprimento de qualquer uma das obrigações impostas por outras medidas cautelares, e que ela deve ser motivada e ter a base no receio de perigo e existência de novos fatos que justifiquem a aplicação da medida.

Um pedido de prisão poderia ser feito pela própria PF ou pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O magistrado também é o relator das investigações nas quais Bolsonaro está envolvido.

General Freire Gomes | Foto: Isac Nóbrega/PR

Em um depoimento à Polícia Federal (PF), o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, disse que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou hipóteses de utilização de instrumentos jurídicos como Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e estado de sítio. Nesse contexto, o militar alertou Bolsonaro que o Exército não participaria de um eventual golpe de Estado.

A minuta de decreto para instaurar um estado de defesa no TSE foi apresentada aos comandantes das Forças Armadas, segundo o general, em uma reunião no Palácio da Alvorada, em dezembro de 2022. Ainda de acordo com Gomes, o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, colocou-se à disposição de Bolsonaro.

O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, também informou à PF que Garnier colocou suas tropas à disposição do então chefe do Executivo para um possível golpe de Estado.

Freire Gomes também relatou que o assessor da Presidência da República, Filipe Martins, chegou a ler os fundamentos jurídicos de uma minuta que embasaria uma ruptura democrática. Na ocasião, Bolsonaro teria dito aos comandantes que o documento estava em estudo. Essa minuta foi contestada por Baptista Junior em outra reunião, onde foi dito que não havia embasamento jurídico para a ação.

Foto: Polícia Federal

Na última quinta-feira (7), durante a operação Follow the Money (siga o dinheiro), a Polícia Federal (PF) encontrou e apreendeu US$ 3 milhões, cerca de R$ 15 milhões, em uma parede falsa de uma casa localizada no bairro do Barigui, em Curitiba (PR). O imóvel pertence a um dos alvos da ação, que foi deflagrada na última quarta-feira (6) e aconteceu no Paraná, em Santa Catarina e no Ceará.

A operação foi deflagrada no âmbito de uma investigação de lavagem de dinheiro para o tráfico de drogas.

Os policiais precisaram utilizar uma marreta para quebrar a parede falsa e encontrar a quantia. Todo o dinheiro foi contabilizado nesta sexta-feira (8), na Caixa Econômica Federal.

Os indícios são de que a organização criminosa investigada estava utilizando várias estratégias para disfarçar a origem do dinheiro, como negócios simulados com veículos e transportes, por exemplo.

No total, 200 policiais federais e 20 auditores da Receita Federal participaram da Follow the Money, prendendo dois líderes do grupo investigado e cumprindo 33 mandados de busca e apreensão, com bloqueio judicial de mais de 100 bens dos suspeitos. A investigação foi coordenada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal do Paraná.

As análises financeiras e patrimoniais dos envolvidos abrangem quase 500 contas bancárias que movimentaram mais de R$ 2 bilhões entre créditos e débitos nos últimos anos.

Foto: Marcos Corrêa/Palácio do Planalto

O ex-presidente Jair Bolsonaro ficou em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal, na tarde desta quinta-feira (22). A ação durou cerca de 15 minutos. O modo de agir de Bolsonaro já havia sido antecipado por sua defesa.

O depoimento faz parte da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter o ex-chefe do Executivo no poder após sua derrota nas eleições de 2022. De acordo com as investigações da Polícia Federal, existem “dados que comprovam” que Bolsonaro “analisou e alterou uma minuta de decreto que, tudo indica, embasaria a consumação do golpe de Estado em andamento”.

Em relação a isso, o advogado Paulo Cunha, que representa Bolsonaro, afirmou que seu cliente nunca foi simpático a qualquer tipo de movimento golpista.

Também devem prestar depoimentos à PF os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, assim como o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.

Fotos: Carlos Magno/Ascom Arapiraca

Na tarde de hoje (22), no Centro Administrativo Municipal de Arapiraca, o prefeito Luciano Barbosa oficializou a doação de um terreno de 4.103 metros quadrados, no bairro Santa Edwiges, para a construção do prédio da Polícia Federal (PF) na cidade. A doação é amparada pela Lei N° 3.648/2023, aprovada pela Câmara de Vereadores local. 

“A presença da Polícia Federal é fundamental para trazer mais segurança à população e oportunizar serviços que antes eram feitos apenas em Maceió”, disse o prefeito durante a ocasião.

A entrega do documento do imóvel teve a presença da superintendente da PF em Alagoas, delegada Luciana Paiva, que também falou sobre a importância da interiorização das atividades da Polícia Federal em Alagoas. Na ocasião, ela disse que será construído um centro de treinamento, setores administrativos, estandes de tiro e outros departamentos.

A reunião também teve a presença do delegado regional executivo Daniel Grangeiro. A secretária de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Rosa Lira, foi representada pelos assessores-técnicos José Bruno Pereira e Evandro Mesquita.

Jair Bolsonaro- Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros investigados por acusação de tentativa de golpe de Estado têm depoimento marcado na Polícia Federal nesta quinta-feira (22). Foram chamados para prestar depoimentos presencialmente na sede da PF, em Brasília:

Jair Bolsonaro (ex-presidente)

Augusto Heleno (general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)

Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)

Marcelo Costa Câmara (coronel do Exército)

Mário Fernandes (ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência)

Tércio Arnaud (ex-assessor de Bolsonaro)

Almir Garnier (ex-comandante geral da Marinha)

Valdemar Costa Neto (presidente do PL)

Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)

Cleverson Ney Magalhães (coronel do Exército)

Walter Souza Braga Netto (ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro)

Bernardo Romão Correia Neto (coronel do Exército)

Ronald Ferreira de Araújo Junior (oficial do Exército)

Por estratégia da PF, todos investigados devem depor ao mesmo tempo. Assim, a polícia quer evitar que haja combinação de versões. Haverá depoimentos também em outras cidades.

Bolsonaro deverá ficar calado

De acordo com a defesa do ex-presidente, ele deverá ficar calado no depoimento. Nos últimos dias, os advogados pediram duas vezes acesso aos autos da investigação.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o acesso aos mandados da operação.

Os advogados do ex-presidente pediram, então, acesso às mídias digitais, como telefones, computadores e a delação do ex-ajudante ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, mas Moraes não autorizou.

Foi quando defesa disse que o ex-presidente não iria falar à PF e entrou com pedido para adiar o depoimento, mas Moraes negou.

Vereador Senival Moura (PT) | Foto: reprodução/Revista Oeste

Segundo a Polícia Federal (PC), mensagens de celular do ex-diretor da empresa de ônibus Transunião, Adauto Soares Jorge, mostram que a empresa pagava, semanalmente, R$ 70 mil ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A Transunião é uma das três empresas de ônibus da cidade de São Paulo e tem seus diretores ou acionistas investigados, por crimes que a polícia liga à referida facção.

O caso envolve extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As investigações tiveram início com o inquérito sobre o assassinato de Jorge, em março de 2020, em um estacionamento da rua Cônego Antonia Manzi, no Lajeado. Na ocasião, a vítima estava acompanhada de Devanil Souza Nascimento, conhecido como “Sapo”, um antigo funcionário da Transunião. Sapo também era motorista do vereador Senival Moura (PT), um dos fundadores da Transunião.

Tanto Devanil como Moura foram investigados no inquérito sobre o homicídio, com a suspeita de que o ex-funcionário teria levado Jorge até o local do crime, sabendo da armadilha contra ele. Ambos negam a acusação.

Em junho de 2022, Senival proferiu um discurso no plenário da Câmara de São Paulo. “Operamos com a Transunião até o dia 4 de fevereiro de 2020. No dia 5 teria uma assembleia da empresa, e eu e o Adauto Soares Jorge fomos recomendados a não participar. Quando recebi isso, achei melhor ir embora”, declarou o político. “Nós criamos essa empresa, mas me desliguei”, continuou.

O inquérito conclui que a morte de Jorge teve relação com um esquema de desvio de verbas da Transunião que, segundo a PF, “desde seu nascedouro, ainda no modelo Cooperativa, vinha sendo utilizada para lavagem de capitais oriundos do crime, mais especificamente, valores obtidos ilicitamente, advindos da famosa facção criminosa autodenominada Primeiro Comando da Capital”.

Segundo o Estadão, o vereador era, nos anos 2000, uma liderança entre os perueiros da capital paulista. No relatório assinado pelo delegado Anderson Honorato Santos consta que os criminosos Ricardo Pereira dos Santos, o “Cunta”, e Alexandre Ferreira Viana, o Alexandre Gordo, providenciaram recursos para a campanha eleitoral de Senival, que concorreu para vereador pela primeira vez em 2004.

Ainda de acordo com Honorato, o PCC “passou a ocupar grande parte das cotas/ações, vinculadas à indigitada empresa, tornando cada vez mais perigoso o ‘jogo’ de desvio de recursos e branqueamento de capitais, visto que, em grande parte, Senival e Adauto, agora mais do que nunca, teriam que prestar contas à criminalidade organizada”.

O PCC tinha um preposto junto à Transunião, identificado como Leonel Moreira Martins, um “notório ladrão de bancos”, segundo o delegado. Através das mensagens no celular de Jorge foi possível verificar que ele interagia quase que semanalmente com o criminoso, para resolver problemas da empresa que envolviam os interesses da facção.

A Polícia acredita que Adauto foi morto pelo PCC e que Senival chegou a ter a morte decretada pela facção, não sendo assassinado porque, de acordo com o relato de uma testemunha, concordou em entregar 13 ônibus para a facção e deixar a direção da empresa. Na época do ocorrido, o vereador chegou a pedir proteção à Polícia Civil.

O inquérito ainda não foi concluído.

O que dizem as defesas?

O advogado de Senivaldo, Márcio Sayeg, disse que a acusação contra o vereador não tinha fundamento. “Pediram perícia contábil, quebraram o sigilo e não encontraram nada. Tanto é que ele nem sequer foi indicado no inquérito. Ali é uma cooperativa, não dá para investigar um a um, controlar o que cada um faz”, disse o advogado.

Quanto a Devanil Souza, sua defesa informou que a Justiça revogou sua prisão, porque a defesa apresentou informações pedidas e a acusação policial “caiu por terra”. Ele continua se declarando inocente.

Foto: Marcos Corrêa/Palácio do Planalto

O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, está marcado para a próxima quinta-feira (22), na Polícia Federal (PF). A defesa do político, entretanto, vai pedir um adiamento, alegando que ainda não teve acesso aos autos do processo.

“Seus advogados tomarão as devidas providências a fim de assegurar ao Presidente toda a ampla defesa prevista constitucionalmente”, disse o advogado Fábio Wanjgarten, no X, antigo Twitter.

O pedido de adiamento deve ser levado ao gabinete do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Foto: Reuters/Ueslei Marcelino

A Polícia Federal (PF) pretende chamar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para depor no início do segundo semestre deste ano. Além disso, as investigações referentes a um plano de golpe de Estado devem ser encerradas até novembro. Até o momento, a defesa de Bolsonaro nega quaisquer irregularidades.

Mauro Cid, que foi ajudante do ex-presidente, deve prestar depoimento até março deste ano.

Bolsonaro teve o seu passaporte apreendido e foi impedido de falar sobre a operação da PF com outros investigados.

Contato

Rua José e Maria Passos, nº 25
Centro - Palmeira dos Índios - AL.
(82) 99641-3231
TELEFONE FIXO - ESTUDIO:
(82)-3421-4842
SETOR FINANCEIRO: (82) 3421-2289 / 99636-5351
(Flávia Angélica)
COMERCIAL: 
(82) 99344-9999
(Dalmo Gonzaga)
O melhor conteúdo. Todos os direitos reservados. Segurança e privacidade
linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram