
Vista do campo de refugiados de Dheisheh, na Cisjordânia. A pequena área abriga hoje mais de 18.500 pessoas
Ivana Kottasova/CNN
As forças israelenses mataram pelo menos quatro pessoas na volátil cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, disseram médicos nesta terça-feira (6). A noite foi de violência- e outras quatro pessoas foram mortas em confrontos perto de Tubas, perto da fronteira com a Jordânia.
Os militares israelenses disseram ter conduzido dois ataques aéreos separados na Cisjordânia, atingindo militantes armados, mas não deram detalhes.
O Crescente Vermelho Palestino confirmou que quatro pessoas morreram nos ataques contra dois veículos em Jenin, um dos focos de conflito mais explosivos na Cisjordânia. Outra pessoa ficou gravemente ferida.

REUTERS/Mohammed Salem
A Rádio do Exército Israelense disse neste sábado (13) que seus militares tinham como alvo o chefe militar do Hamas em um ataque realizado a Khan Younis, em Gaza. O Ministério da Saúde do enclave afirma que a investida matou ao menos 20 palestinos.
Israel falou que não está claro se o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, foi morto e informou que está analisando o relatório.
O Ministério da Saúde de Gaza comunicou que o Hospital Nasser, em Khan Younis, recebeu 20 corpos e 90 feridos. A declaração não forneceu um número final de vítimas transferidas para outras instalações médicas.
O escritório de mídia administrado pelo Hamas, por sua vez, disse que pelo menos 100 pessoas foram mortas ou feridas, incluindo membros do Serviço de Emergência Civil.
Um alto funcionário do Hamas não confirmou se Deif esteve presente.
“As alegações israelenses são absurdas e visam justificar o massacre horrível. Todos os mártires são civis e o que aconteceu foi uma grave escalada da guerra de genocídio, apoiada pelo apoio americano e pelo silêncio mundial”, falou Abu Zuhri à Reuters.

Palestinos são mortos na Cisjordânia; Israel afirma ter feito ataque contra militantes
Reuters
Cinco palestinos foram mortos em uma ofensiva militar israelense na cidade de Jenin, na Cisjordânia, nesta sexta-feira (5), disse o Ministério da Saúde palestino. Os militares israelenses afirmaram num comunicado que as suas forças cercaram um edifício onde os militantes se barricaram e que um avião atingiu alvos na área.
A Cisjordânia é comandada pela Autoridade Palestina, que governa com o apoio do governo do premiê Benjamin Netanyahu. Ainda assim, a violência na região aumentou após o início da guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, ao sul de Israel.
Os conflitos na região levaram a um número crescente de radicalização de jovens palestinos e à escalada dos ataques de colonos israelenses — que ocupam partes da Cisjordânia de maneira ilegal — contra cidadãos palestinos.

Civis aglomeraram-se em torno dos caminhões de ajuda - Foto: Reuters
O deslocamento forçado afastou mais de um milhão de pessoas da cidade de Rafah , em Gaza, informou a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos- nesta segunda-feira (03).
A pequena cidade no extremo sul da Faixa de Gaza abrigou cerca de 1 milhão de palestinos que fugiram dos ataques israelenses em outras partes do enclave, disseram grupos de ajuda humanitária.
Desde o início de maio, os militares de Israel têm levado a cabo o que dizem ser uma operação limitada em Rafah para erradicar os combates do Hamas e desmantelar infraestruturas utilizadas pelo grupo militante palestino que governa Gaza.

Reprodução
As declarações do Presidente Lula, durante sua viagem ao Egito, sobre o apoio à agência das Nações Unidas que apoia os palestinos repercutiram de maneira negativa no Brasil e no mundo. Funcionários da agência foram demitidos após serem acusados de participação nos ataques terroristas a Israel em outubro do ano passado, o discurso foi feito durante sessão extraordinária da Liga dos Estados Árabes.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de “desumanidade” e “covardia” a suspensão de doações para a UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência e Trabalho para Refugiados da Palestina no Oriente Próximo, na sigla em inglês). Ele discursou em uma sessão extraordinária do Conselho de Representantes da Liga dos Estados Árabes, no Cairo, capital do Egito.
Em janeiro, mais de 10 países, entre eles os Estados Unidos e a França, interromperam o envio de dinheiro depois que funcionários da organização foram acusados por Israel de ajudar o Hamas a atacar o país em 7 de outubro de 2023. Mas o presidente brasileiro sustentou seu posicionamento.
“No momento em que o povo palestino mais precisa de apoio, os países ricos decidem cortar ajuda humanitária à agência da ONU para os refugiados palestinos. As recentes denúncias contra funcionários da agência precisam ser devidamente investigadas, mas não podem paralisá-la. Refugiados palestinos na Jordânia, na Síria e no Líbano também ficarão desamparados. É preciso pôr fim a essa desumanidade e covardia. Basta de punições coletivas”, disse Lula.
A Inteligência de Israel acusou 12 funcionários da agência da ONU de terem ajudado o Hamas no ataque a civis no ano passado. A acusação levou ao bloqueio do financiamento da agência, demissões e a abertura de uma investigação interna.
No Egito, o presidente brasileiro reforçou a intenção do Brasil de manter as doações e pediu que outros países façam o mesmo, até com o reforço das contribuições. O governo, no entanto, não divulgou qual será o valor a ser doado. O trabalho da agência para refugiados palestinos da ONU é financiado por meio de doações que são, em quase sua totalidade, feitas por países.
Em seu discurso na Liga Árabe, Lula repetiu sua avaliação sobre o conflito na região. Disse que o ataque do Hamas contra civis israelenses é “indefensável” e mereceu “veemente condenação do Brasil”. E que a “reação desproporcional e indiscriminada de Israel é inadmissível e constitui um dos mais trágicos episódios desse longo conflito”. “Perdas humanas e materiais são irreparáveis. Não podemos banalizar a morte de milhares de civis como mero dano colateral” .
O presidente voltou a pedir por um cessar-fogo definitivo que permita a prestação d ajuda humanitária aos palestinos de Gaza de forma “sustentável e desimpedida”. Defendeu ainda a “imediata e incondicional” libertação de reféns israelenses em poder do Hamas.

Foto: Belal ALSABBAGH / AFP
Ao menos 4.385 palestinos morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, sendo que 1.756 eram crianças. O balanço foi divulgado neste sábado (21), pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, e aponta ainda que 13.561 pessoas estão feridas no local.
O confronto já dura duas semanas. A Faixa de Gaza tem sido bombardeada por Israel em resposta a um ataque terrorista do Hamas, que ocorreu em 7 de outubro.
Em Israel, foram confirmadas em torno de 1,4 mil mortes e mais de 4 mil feridos, a maior parte deles no dia 7.
