Vegard Breie/ Exército da Noruega

Antes da Rússia lançar sua invasão em larga escala à Ucrânia, muitos, incluindo Kiev, eram céticos quanto à possibilidade de uma grande guerra retornar à Europa. Mais de dois anos depois, outra mudança antes impensável está em andamento.

Várias nações europeias reintroduziram ou expandiram o serviço militar obrigatório em meio à crescente ameaça de Moscou, como parte de uma série de políticas destinadas a reforçar as defesas - que provavelmente serão ampliadas ainda mais.

“Estamos chegando à conclusão de que talvez tenhamos que ajustar a forma como nos mobilizamos para a guerra e ajustar a forma como produzimos equipamentos militares e recrutamos e treinamos pessoal”, disse Robert Hamilton, chefe de pesquisa da Eurásia no Foreign Policy Research Institute, que serviu como oficial do Exército dos EUA por 30 anos.

É tragicamente verdade que aqui estamos, em 2024, e estamos lidando com as questões de como mobilizar milhões de pessoas para serem lançadas em uma carnificina de guerra em potencial, mas é onde a Rússia nos colocou”, disse ele.

A Letônia é a mais recente a implementar o alistamento obrigatório, após ter sido abolido em 2006.

O alistamento na Noruega é obrigatório. O país apresentou  um plano ambicioso de longo prazo que quase dobrará o orçamento de defesa do país e adicionará mais de 20 mil soldados, funcionários e reservistas alistados obrigatoriamente às forças armadas.

Debates sobre o alistamento obrigatório também têm ocorrido em outros países europeus que atualmente não o exigem. No Reino Unido, os conservadores levantaram a ideia do serviço militar em sua fracassada campanha eleitoral.

Pela primeira vez desde a Guerra Fria, a Alemanha atualizou este ano seu plano caso o conflito irrompa na Europa, e o ministro da Defesa, Boris Pistorius, apresentou uma proposta em junho para um novo serviço militar voluntário. “Devemos estar prontos para a guerra até 2029”, disse ele.

Na Lituânia, desde que o país reintroduziu o serviço militar obrigatório em 2015 devido a uma “situação geopolítica alterada”, cerca de 3.500 a 4 mil lituanos entre 18 e 26 anos são recrutados a cada ano por um período de nove meses.

Um dos mais novos membros da Otan, a Finlândia, tem a capacidade de convocar mais de 900 mil reservistas, com 280 mil militares prontos para responder imediatamente, se necessário.

A Suécia, onde o alistamento agora também é neutro em termos de gênero, convocou cerca de 7 mil indivíduos em 2024. O número aumentará para 8 mil em 2025, de acordo com as Forças Armadas Suecas.

Grupo bloqueia importante rodovia no centro de Israel por duas horas | Reprodução

Centenas de judeus ultraortodoxos foram às ruas em Israel, na quinta-feira (27), protestar contra a decisão do Supremo Tribunal que obrigou o alistamento militar. Até então, o grupo era isento do serviço militar obrigatório por questões religiosas, mas, devido à guerra de Israel contra o Hamas, na Faixa de Hamas, a norma foi revogada.

O protesto ocorreu em uma importante rodovia no centro de Israel, por duas horas. Os manifestantes sentaram e deitaram na via, impedindo a passagem dos veículos, levantando cartazes com dizeres como “À prisão! Não ao Exército!". Policiais da cavalaria foram mobilizados para liberar o trecho, o que provocou confusão no local.

Essa não é a primeira vez que os judeus ortodoxos protestam contra o alistamento militar. Em abril, o grupo também se mobilizou para pedir que o Supremo não revogasse a isenção – solicitada pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant. O protesto também terminou em confronto entre manifestantes e policiais.

Em ambos os atos, os manifestantes afirmaram que o serviço militar é incompatível com os valores dos judeus ultraortodoxos e que a norma pode desencadear uma guerra fratricida – quando habitantes de um mesmo país ou membros de um mesmo povo entram em conflito armado. Isso poderia levar ao colapso do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que conta com maior apoio de partidos e seguidores ultraortodoxos.

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