Presidente Lula- Reprodução SBT News
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quarta-feira (25), a escalada de ataques de Israel no Oriente Médio. Além de condenar os conflitos mais recentes no Líbano, o presidente mencionou ofensivas na Cisjordânia e afirmou que o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, promove um genocídio na Faixa de Gaza.
A declaração do presidente foi durante entrevista coletiva na sede das Nações Unidas (ONU) em Nova York após terminar seus compromissos com as autoridades presentes na Assembleia Geral. "Eu, sinceramente, acho que os países que dão sustentação ao discurso do primeiro ministro Netanyahu precisam começar a fazer esforço maior para que este genocídio pare. [...] Portanto, eu condeno de forma veemente esse comportamento do governo de Israel. Tenho certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio", disse o presidente.
Lula também afirmou que a ONU perdeu força nos últimos anos e não consegue evitar conflitos. Ele mencionou ainda no começo da entrevista coletiva que a organização, quando criada, teve força suficiente para criar o estado de Israel, mas hoje não consegue instituir a criação de um estado da Palestina.
Conflito entre Rússia e Ucrânia
Durante a coletiva, Lula ainda falou sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia. Segundo o presidente, a solução para o conflito se dará pela diplomacia, e não pela imposição militar. Ele também respondeu a questionamentos de Volodymyr Zelensky, que levantou dúvidas da intenção do Brasil de construir um acordo de paz. Na avaliação do ucraniano, Lula está do lado da Rússia e de seu presidente, Vladimir Putin.
"Acho que ele só falou o óbvio. Se ele tem que defender a soberania é obrigação dele, se ele tem que ser contra ocupação territorial é obrigação dele. O que ele não está conseguindo fazer é a paz. E que estamos propondo não é fazer a paz por eles, o que estamos é chamando a atenção para que eles levem em consideração que somente a paz vai garantir que a Ucrânia sobreviva enquanto país soberano e a Rússia sobreviva", disse o presidente.
Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu - Foto: Abir Sultan via REUTERS
Um israelense foi preso acusado de planejar o assassinato do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a mando do Irã. A prisão aconteceu no mês passado, mas a polícia israelense divulgou o caso apenas nesta quinta-feira (19).
De acordo com um comunicado conjunto da Polícia de Israel e do Shin Bet– o serviço secreto do país –, o homem teria vivido por um tempo na Turquia, onde foi apresentado a um empresário iraniano chamado Eddy. Os dois conversaram, inicialmente, por meio de uma ligação telefônica.
O primeiro contato pessoal entre o cidadão de Israel e o suposto agente do Irã aconteceu em maio de 2024. Nessa reunião, o israelense foi apresentado a um suposto agente iraniano, chamado Haja.
Durante o encontro, Eddy teria convidado o israelense a realizar missões para o regime iraniano dentro do território de Israel, como a transferência de dinheiro e armas, além de identificar e fotografar potenciais locais para ataques em massa.
Segundo autoridades, o homem viajou para o Irã pela segunda vez em agosto deste ano, escondido na cabine de um caminhão. Durante o novo encontro com Eddy, o cidadão de Israel foi apresentado a outros agentes do Irã, e recebeu uma proposta para assassinar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Além do premiê israelense, iranianos teriam apontado o nome de outras autoridades de Israel que deveriam ser mortas.
O israelense teria cobrado um adiantamento de US$ 1 milhão para realizar as missões a mando do governo do Irã. Os agentes iranianos, no entanto, teriam se recusado a pagar a quantia.
Segundo autoridades israelenses, apesar de não ter concluído nenhum dos planos sugeridos pelos agentes do Irã, o homem chegou a receber 5 mil euros (cerca de R$ 27 mil) por participar das reuniões.
A identidade do israelense não foi revelada pelas autoridades.
Mohammed Asad/Anadolu Agency/Getty Images
Em meio às negociações de paz, o Hamas fez uma nova ameaça e afirmou que as vidas dos reféns na Faixa de Gaza estão nas mãos do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahy. O grupo extremista publicou a intimidação no Telegram, nesta quinta-feira (5).
“Depende de Netanyahu”, escreveu o Hamas no título de uma montagem em que o premiê israelense aparece segurando um saco vazando sangue. “Corpos em sacos pretos. É assim que seus filhos serão devolvidos a vocês”.
A nova ameaça do Hamas foi divulgada quatro dias após Israel resgatar o corpo de seis sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 na Faixa de Gaza, onde eram mantidos reféns.
Ao menos 64 reféns são mantidos vivos pelo grupo Hamas na Faixa de Gaza, de acordo com o levantamento da agência de notícias francesa AFP.
Manifestantes se reuniram no Congresso | Reprodução/Jewish Voice for Peace
A visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aos Estados Unidos está provocando uma série de protestos no país. Na segunda-feira (22), os manifestantes se reuniram em frente ao hotel do premiê, enquanto ontem-terça-feira (23), os protestos foram dentro do Congresso. Os grupos criticam as ações de Israel na Faixa de Gaza.
Essa é a primeira viagem de Netanyahu para o exterior desde o início da guerra com o Hamas, em outubro do ano passado. O objetivo é garantir o apoio militar do governo norte-americano, que, apesar de apoiar Israel no conflito, vem criticando o alto número de civis mortos nas operações. Até o momento, foram registrados 39 mil óbitos.
Organizado pela Jewish Voice for Peace, manifestantes vestindo camisetas vermelhas que diziam "Não em nosso nome" ocuparam o prédio do Congresso, levantando cartazes com os dizeres “Pare de armar Israel” e cantando "Deixe Gaza viver".
Vários protestos estão planejados para esta quarta-feira (24), quando Netanyahu deve discursar no Congresso. Em meio ao cenário, a polícia aumentou significativamente a segurança no entorno do prédio do Capitólio e fechou ruas próximas ao local.
Benjamin Netanyahu -Hockstein/Reuters
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (22) que Israel será o aliado mais forte dos EUA no Oriente Médio, independentemente de quem for eleito presidente em novembro.
Netanyahu se prepara para viajar aos EUA nesta semana, sob pressão para acabar com a guerra em Gaza, tanto dos israelenses que querem que os reféns sejam trazidos de volta quanto de um governo americano cada vez mais focado na eleição presidencial.
Falando com repórteres antes de voar para Washington, o premiê disse que agradeceria ao presidente Joe Biden – que encerrou sua tentativa de reeleição nos EUA neste domingo (21) – por tudo o que ele fez por Israel.
Os líderes também discutirão questões como a libertação de reféns mantidos em Gaza e a derrota do Hamas, disse ele.
Agenda
Uma reunião de Netanyahu com Biden está provisoriamente planejada para terça-feira (23), caso o presidente tenha se recuperado da Covid-19. Netanyahu deve discursar no Congresso dos EUA na quarta-feira (24).
Javier Milei (E), Presidente da Argentina, aperta a mão do Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu (D) -Anadolu via Getty Images
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu neste domingo (21) o presidente argentino Javier Milei por declarar o grupo radical islâmico Hamas como organização terrorista internacional.
“Obrigado, Argentina. Obrigado, presidente Javier Milei, por designar o Hamas como uma organização terrorista”, disse o premiê israelense.
“Este é mais um sinal de sua amizade com Israel e de seu compromisso com a verdade. Obrigado, Javier.”
O gabinete de Milei publicou uma nota em um comunicado no X divulgando a decisão do governo na sexta-feira (12).
A nota do governo reforçou a intenção da Argentina em se manter aliada a Israel.
Benjamin Netanyahu em Jerusalém
REUTERS/Ronen Zvulun
O Tribunal Penal Internacional (TPI) expediu um mandado de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e contra o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, por crimes contra a humanidade durante a guerra na Faixa de Gaza.
Karim Khan, o procurador-chefe do TPI, também apresentou o mesmo pedido contra outros dois líderes do Hamas, Ismail Haniyeh e Mohammed al-Masri, e contra o ministro da defesa israelense, Yoav Gallant.
As acusações contra Netanyahu e Gallant incluem “causar extermínio, causar fome como método de guerra, incluindo a negação de suprimentos de ajuda humanitária, visando deliberadamente civis em conflito”.
Após o anúncio feito pelo promotor do TPI, o ministro de Relações Internacionais de Israel anunciou que será criada uma comissão especial para lidar com a questão.
Já Sami Abu Zuhri, alto funcionário do Hamas, disse à agência de notícias Reuters que solicitar mandados de prisão para três líderes do Hamas "equipara a vítima ao carrasco".
Caberá a um painel de juízes de pré-julgamento determinar se as evidências sustentam a emissão de mandados de prisão. O tribunal, no entanto, não tem meios para executar mandados de prisão e sua investigação sobre a guerra de Gaza tem sofrido oposição dos Estados Unidos.
Os pedidos contra políticos israelenses marcam a primeira vez que o TPI tem como alvo o principal o líder de um aliado próximo dos Estados Unidos. A decisão coloca Netanyahu na companhia do presidente russo Vladimir Putin, para quem o TPI emitiu um mandado de prisão devido à guerra de Moscou contra a Ucrânia.
Imagem: Ibraheem Abu Mustafa/Reuters
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na segunda-feira (8) que uma data para uma ofensiva terrestre em Rafah foi marcada, de acordo com um vídeo postado em sua conta oficial do Telegram.
Netanyahu não especificou qual é a data em questão. Ele também disse que a “entrada em Rafah” era necessária para uma “vitória completa sobre o Hamas”.
Rafah, na parte mais meridional do enclave sitiado, é onde se estima que cerca de 1,5 milhão de palestinos estejam abrigados após fugirem dos combates no norte da Faixa de Gaza.
Mais cedo na segunda-feira, o ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben Gvir, disse que se Netanyahu abandonasse os planos para uma ofensiva terrestre em Rafah, poderia perder o apoio da coligação que o manteve no poder.
O Departamento de Estado americano disse mais tarde que Israel não informou os EUA sobre a data da anunciada invasão de Rafah.
Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, reiterou que os EUA acreditam que uma ofensiva terrestre “teria um efeito enormemente prejudicial sobre os civis e que, em última análise, prejudicaria a segurança de Israel”.
“Ainda não os vimos apresentar um plano credível para lidar com os 1,4 milhão de civis que estão em Rafah, alguns dos quais se mudaram mais de uma vez, alguns dos quais se mudaram mais de duas vezes”, disse Miller numa conferência de imprensa.
Miller disse que os EUA teriam “mais conversas nos próximos dias, nas próximas semanas” com autoridades israelenses sobre uma potencial operação em Rafah “e como poderiam realizá-la de uma maneira melhor”.
Benjamin Netanyahu em Jerusalém REUTERS/Ronen Zvulun
A cirurgia de hernia do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi finalizada, nesta segunda-feira (1º).
Segundo o Centro Médico Hadassah, em Jerusalém, o premiê está consciente e conversando com familiares após um procedimento “bem-sucedido”.
O hospital acrescentou que Netanyahu está se recuperando, mas não especificou quanto tempo isso pode levar.
Durante este período, o vice-primeiro-ministro e ministro da Justiça, Yariv Levin, servirá como primeiro-ministro interino.
Neste domingo (31), dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Jerusalém para uma manifestação contra o governo de Netanyahu. Os israelenses protestaram contra a liberação do serviço militar concedida a judeus ultraortodoxos, em cenas que remetem aos protestos em massa realizados no ano passado.
Grupos de protesto, incluindo alguns que lideraram as manifestações que abalaram Israel em 2023, organizaram a manifestação em frente ao Parlamento, o Knesset, reivindicando uma nova eleição.
Protestos em Israel- Foto: Alexi Rosenfeld/Getty Images
Milhares de manifestantes saíram às ruas nas cidades israelenses de Tel Aviv, Jerusalém, Cesareia, Raanana e Herzliya no sábado (30), exigindo a libertação de todos os reféns detidos na Faixa de Gaza e a destituição do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
As manifestações realizadas na Rua Kaplan, em Tel Aviv, também pediram a realização imediata de eleições gerais. Um vídeo da manifestação mostra policiais tentando empurrar os manifestantes no Portão Begin, um dos portões de entrada do quartel-general militar de Kirya na cidade.
“Ninguém vai embora! Marcharemos até Jerusalém e permaneceremos lá até que o governo se disperse”, dizia uma faixa.
Numa manifestação separada realizada na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, os sobreviventes do cativeiro do Hamas instaram as autoridades israelenses a trazerem imediatamente para casa todos os reféns ainda detidos em Gaza.
A refém libertada Aviva Siegel, cujo marido Keith Siegel permanece em Gaza, apelou às autoridades israelenses para “assumirem a responsabilidade” e se esforçarem mais para libertar o seu marido e outros reféns detidos pelo Hamas e outros grupos militantes na faixa.
“Eu pergunto a você – ao chefe de gabinete, ao primeiro-ministro, ao ministro da defesa – estou morrendo aqui; você entende isso? Estamos morrendo aqui dentro!”, disse Siegel durante seu discurso no protesto.
Muitos apoiadores da manifestação de reféns continuaram a marchar pelas ruas de Tel Aviv na noite de sábado.
O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas disse em comunicado no sábado que a reunião será transferida na próxima semana para Jerusalém, em frente ao Knesset, o parlamento de Israel.
Na cidade costeira de Cesareia, os manifestantes contornaram as barricadas policiais para marchar em direção à residência de Netanyahu, gritando: “Não há perdão para o anjo da destruição” e “não há perdão para os fracassos e o abandono”.
A Polícia de Israel disse que 16 pessoas foram presas em Tel Aviv durante os grandes protestos que pediam a libertação dos reféns detidos em Gaza e a remoção do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Os manifestantes foram presos “por interrupção do trânsito e bloqueios de estradas”, disse a polícia em comunicado divulgado no sábado.
“Houve uma grande quantidade de manifestantes que perturbaram a ordem pública, acendendo incêndios, derrubando barreiras policiais, obstruindo estradas e brigando com as autoridades: 16 indivíduos desordeiros foram presos e 9 multas de 1.000 shekels (R$ 1354) foram dadas por perturbação do trânsito e bloqueio das estradas”, segundo o comunicado.