Nego Di- Reprodução/IG

O influencer Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, teria mentido sobre a doação feita ao estado do Rio Grande do Sul durante as enchentes deste ano.

Nego Di teria doado apenas R$ 100 para uma conta da Vakinha online de uma campanha criada por um amigo que arrecadava fundos, enquanto afirmava nas redes sociais que a doação total era de R$ 1 milhão. A informação foi divulgada pela Band e confirmada pela CNN.

Durante as investigações que levaram o influencer à prisão, suspeito de estelionato, a conta bancária de Nego Di teve o sigilo quebrado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, revelando a fraude da doação.

Fontes confirmaram à CNN que a investigação do MP aponta que o humorista depositou R$ 100 e alterou o recibo para R$ 1 milhão, mas esse valor foi depositado para a namorada.

O que diz o criador da campanha

Em suas redes sociais, o humorista gaúcho Eduardo Gustavo Christ, conhecido como Badin O Colono, criador da Vakinha beneficiada, se defendeu sobre a doação nesta sexta-feira (19). Apesar de ter postado sobre ter recebido R$ 1 milhão de Nego Di na época, ele agora disse não ter como saber se de fato o dinheiro entrou.

“Teve dias que entrou mais de R$ 10 milhões, não tinha como acompanhar se as doações que ele iria fazer ia entrar ou não. Muitos já sabem, o dinheiro foi administrado pelo Instituto Vakinha, eu repassava para eles e eles destinavam. Não tinha como eu saber se a doação entrou ou não”, se defendeu.

“Galera, todo mundo está me mandando mensagem sobre a questão da doação. O que acontece, durante as enchentes, ele [Nego Di] ajudou muito a divulgar a vakinha, e teve um dia que ele me chamou e falou ‘cara, quero doar R$ 1 milhão’. Meu Deus, porque vou negar uma doação? Ele disse um pessoal vai fazer essa doação e no valor total vai ser R$ 1 milhão, vai entrar em partes. Ele mandou o comprovante, eu estava feliz mesmo porque iria entrar uma doação de R$ 1 milhão, por isso eu postei”.

CNN entrou em contato com a defesa de Nego Di sobre o caso da vakinha e aguarda retorno. Já o MP-RS disse que ainda não irá se manifestar sobre a investigação.

Relembre o caso

O Ministério Público do Rio Grande do Sul investiga o influencer gaúcho por lavagem de cerca de R$ 2 milhões com rifas virtuais promovidas nas redes sociais.

A esposa de Nego Di também foi presa em flagrante, durante a operação, depois que os agentes encontraram uma arma de uso exclusivo das Forças Armadas, sem registro, sob posse dela. Dois carros de luxo do casal também foram apreendidos.

Nego Di também é investigado por não entregar produtos da loja “Tadizuera”.

Nego Di no 'BBB21' — Foto: Reprodução/Globo

O influenciador e humorista Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi preso pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul- neste domingo (14). A prisão aconteceu na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina. Na última sexta (12), ele havia sido alvo de uma operação do Ministério Público por suspeita de lavagem de dinheiro.

g1 entrou em contato com a defesa do humorista, que afirmou que vai se manifestar em breve.  A prisão preventiva foi decretada por outra investigação, deste estelionato, realizada pela Polícia Civil desde 2022.

A acusação

Ele é suspeito de lesar pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos por meio de uma loja virtual da qual é proprietário – mas os produtos nunca foram entregues. A apuração da Polícia Civil indica que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas a ele na época, em 2022, passa de R$ 5 milhões.

O sócio de Nego Di na empresa, Anderson Boneti, também teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, no ano passado. Ele foi preso na Paraíba em 25 de fevereiro de 2023, mas solto dias depois.

A loja virtual, "Tadizuera", operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022 – ocasião em que a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. Nego Di fazia a divulgação em seus perfis nas redes sociais dos produtos à venda, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, muitos deles com preços abaixo do de mercado – uma televisão de 65 polegadas, por exemplo, era vendida a R$ 2,1 mil.

Parte dos seguidores do influenciador comprou os produtos, mas nunca recebeu, de acordo com a Polícia Civil. A investigação aponta que não havia estoque, e que Nego Di enganou os clientes prometendo que as entregas seriam feitas, apesar de saber que não seriam. Ainda assim, movimentou dinheiro que entrava nas contas bancárias da empresa.

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