Huascarán, montanha mais alta do mundo — Foto: Reprodução/Wiki Commons
O corpo de um alpinista americano que desapareceu há 22 anos, enquanto escalava uma montanha nevada com mais de 6.700 metros de altura no Peru, foi encontrado mumificado e com suas vestimentas em bom estado, informou a polícia na segunda-feira ( 8).
O americano William Stampfl, de origem eslovena, foi reportado como desaparecido em junho de 2002 quando uma avalanche de neve o sepultou no Huascarán, uma montanha de 6.757 metros, na região de Áncash, cerca de 400 km ao norte de Lima.
"Após uma intensa busca, localizaram o corpo mumificado e desidratado no Huascarán", a montanha mais alta do Peru, indicou a polícia em suas redes sociais.
A descoberta foi possível devido ao derretimento das geleiras dos nevados, consequência das mudanças climáticas, fenômeno que afeta a Cordilheira Branca dos Andes peruanos, expondo o cadáver ao ar livre.
Stampfl estava vestido com suas roupas de escalada, arnês e botas, todos bem conservados, conforme mostram as imagens divulgadas pela polícia.
Os socorristas o identificaram graças ao passaporte estadunidense encontrado entre suas roupas. Stampfl tinha 59 anos na época do acidente.
As condições de frio extremo do Huascarán, que podem chegar a -19°C durante a noite, teriam permitido a conservação do corpo desde 2002.
Segundo o relatório da polícia, os socorristas "encontraram o corpo a uma altitude de 5,2 mil metros, próximo ao acampamento base um do Huascarán", uma área caracterizada por fendas e considerada perigosa. O corpo foi levado para o necrotério da cidade de Yungay.
A Cordilheira Branca, conhecida pela cadeia montanhosa do nordeste do Peru, que abriga montanhas como o Huascarán e o Cashan, é uma área turística frequentada por alpinistas de todo o mundo.
Foto: Xiaohongshu via CNN Newsource
Grupos de alpinistas chineses ficaram presos por mais de uma hora no meio de um penhasco, na montanha Yandang, no leste da China. O caso aconteceu no início desta semana, depois da empresa responsável pelo itinerário no local, Wenzhou Dingcheng Sports Development Co., Ltd, ter calculado errado o número de pessoas que participariam da escalada.
“Devido ao nosso erro de cálculo sobre quantos clientes viriam, à falta de controles de tráfego eficazes, como um sistema de reserva de bilhetes, e às deficiências na gestão no local, os clientes foram bloqueados e presos na rota de subida”, disse a empresa, que suspendeu a venda de ingressos enquanto tentava resolver a situação.
Imagens divulgadas na internet mostram os alpinistas pendurados na encosta da montanha. A Wenzhou ainda informou que passaria a implementar um sistema de controle de tráfego para visitantes no local.
Alasca - Foto: Pexels
Uma pessoa morreu e outra ficou gravemente ferida depois que uma equipe de dois alpinistas caiu de 304 metros de altura enquanto subia uma montanha no Parque Nacional Denali, no Alasca.
Os dois escaladores com cordas estavam subindo a rota da “escada rolante” no Monte Johnson, uma “escalada alpina íngreme e técnica na face sudeste do pico” envolvendo uma “mistura de rocha íngreme, gelo e neve”, de acordo com uma declaração do parque.
Outro grupo de alpinistas na mesma rota viu a queda e alertou o Centro Regional de Comunicações do Alasca. Eles então desceram até as vítimas e confirmaram que um dos alpinistas havia morrido na queda. O comunicado informou que o segundo alpinista sofreu “lesões traumáticas graves”. “Os socorristas cavaram uma caverna na neve e cuidaram dos ferimentos do alpinista sobrevivente durante toda a noite”, disse o comunicado.
O acidente aconteceu na quinta-feira (25), mas somente foi divulgado neste final de semana. De acordo com informação da CNN, neste domingo (28), o alpinista ferido foi resgatado e socorrido. O helicóptero e os guardas florestais retornaram ao local na esperança de recuperar o corpo do alpinista morto, mas tiveram que voltar devido à deterioração do tempo, escreveram no comunicado.
“Os guardas florestais do NPS voltarão ao local quando as condições climáticas permitirem,” disse o parque.
Como ficou a cabine após o acidente — Foto: Yeni Şafak
Um trágico caso ocorreu na Turquia: um teleférico colidiu com um poste enquanto subia uma montanha e se destruiu, fazendo com que seus ocupantes caíssem no vazio. Uma pessoa morreu instantaneamente, enquanto outras sete precisaram ser hospitalizadas. Os trabalhos de resgate resultaram na interrupção da atração turística e 180 passageiros ficaram suspensos a uma grande altitude por horas.
O evento fatídico ocorreu na sexta-feira (12) no teleférico de Tunektepe, nos arredores da cidade mediterrânea de Antalya, durante o feriado muçulmano que marca o fim do jejum, de acordo com a agência local Anadolu.
A cabine estava indo em direção ao topo da montanha de 618 metros de altura quando, por circunstâncias ainda sob investigação, bateu em uma das colunas que sustentam os trilhos aéreos e se desfez.
Oito pessoas caíram ao chão, incluindo duas crianças. Foi relatado que o falecido era um homem turco de 54 anos. Cinco dos feridos foram transportados de helicóptero, enquanto os esforços de resgate continuavam para retirar outros dois feridos da montanha, disse o ministro do Interior, Alí Yerlikaya, três horas após o acidente.
A operação de resgate envolveu mais de 160 profissionais de emergência, incluindo tripulações aéreas da Guarda Costeira e equipes de resgate em montanhas de diferentes partes da Turquia, conforme divulgado pelo ministro nas redes sociais.
Ao mesmo tempo, outros 184 passageiros ficaram presos em 25 cabines adicionais a dezenas de metros acima do solo enquanto os engenheiros tentavam reativar o sistema, disse o prefeito de Antalya, Muhittin Bocek, em comunicado. Helicópteros com equipamentos de visão noturna estavam a caminho, acrescentou.
A agência de busca e resgate AFAD explicou que 49 pessoas foram resgatadas das cabines suspensas no ar, e por volta da meia-noite - cerca de seis horas após o acidente - ainda havia 135 presas.
Diferentes imagens viralizadas nas redes sociais mostravam a cabine danificada balançando nos cabos soltos ao lado da montanha enquanto os médicos atendiam aos feridos.
Embora os esforços para determinar a causa da tragédia continuem, os investigadores estão considerando principalmente duas hipóteses. A primeira é a possibilidade de uma forte rajada de vento ter balançado a cabine contra o poste de metal. A outra sugere que os passageiros possam ter realizado algum movimento inadequado dentro da cabine durante a viagem.
Sexta-feira foi o último dia de um feriado de três dias na Turquia, que marca o fim do mês sagrado muçulmano do Ramadã e quando as famílias geralmente visitam pontos turísticos costeiros.
O teleférico leva turistas da praia de Konyaalti a um restaurante e mirante no topo do pico Tunektepe, de 618 metros de altura, operado pela Prefeitura Metropolitana de Antalya.
O escritório do promotor público de Antalya abriu uma investigação e uma comissão de especialistas foi formada, incluindo engenheiros mecânicos e elétricos, bem como especialistas em saúde e segurança, para determinar a causa do incidente.