Membro da segurança israelense posicionado na entrada de uma rua na Cesarea, em Israel — Foto: Rami Shlush/Reuters

Um drone foi lançado em direção à casa do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na manhã deste sábado (19), pelo horário local, informou um porta-voz do governo israelense, segundo a agência de notícias Reuters.

O ataque aconteceu na cidade de Cesareia, na região norte do país. Netanyahu e a família não estavam na residência no momento do ataque, de acordo com a agência. O porta-voz afirmou que não houve vítimas.

Mais cedo, o exército israelense tinha informado que um drone foi lançado a partir do Líbano e atingiu um prédio, embora não esteja claro qual era o edifício. Outros dois drones que cruzaram para o território israelense foram interceptados, segundo as forças armadas.

De acordo com a Reuters, também não houve relatos de vítimas em relação ao lançamentos dos outros drones. A polícia israelense informou à agência que explosões foram ouvidas em Casareia, onde Netanyahu tem um casa de praia.

O ataque com drone não foi imediatamente reivindicado pelo grupo extremista Hezbollah, apoiado pelo Irã, que tem trocado fogo com Israel desde o ano passado, nem por qualquer outro grupo militante.

Dois mortos no Líbano

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) e o Hezbollah continuam os bombardeios em territórios israelenses e do Líbano.

Segundo a agência, neste sábado ao menos duas pessoas mortas em um ataque israelense a um carro em Jounieh, que fica ao norte da capital Beirute, no Líbano.

A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde libanês. Até então, a área ainda não havia sido atacada pelas forças de Israel.

Forças de segurança israelenses protegem uma área próximo ao local do ataque com drones perto da cidade de Binyamina, no norte de Israel. — Foto: Oren ZIV / AFP

Quatro soldados israelenses morreram e mais de 60 pessoas ficaram feridas no domingo (13) no norte de Israel, onde o grupo extremista Hezbollah reivindicou a autoria de um bombardeio com drones, indicou um serviço de resgate israelense.

Segundo o United Hatzalah, uma organização de socorristas voluntários, equipes médicas "foram atendidos  mais de 60 feridos com diferentes graus de lesão" na região de Binyamina.

Até o momento, não se sabe se as vítimas são civis ou militares. O Hezbollah afirmou que o alvo do ataque foi um campo de treinamento da Brigada Golani das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), localizado entre Tel Aviv e a cidade de Haifa.

De acordo com o grupo, a ação foi uma resposta aos ataques israelenses realizados na última quinta-feira (10) no sul do Líbano e em Beirute.

Ting Shen / Getty Images

Um homem ateou fogo no próprio corpo durante um prostesto pró-Palestina e crítico a Israel, interrompendo, momentaneamente, a manifestação que marcava um ano do ataque do grupo Hams contra Israel. O protesto tinha quase mil pessoas e ocorreu em Washington DC, Estados Unidos. As informações são do Washington Post.

Segundo a chefe de polícia de DC, Pamela A. Smith, o homem foi levado a um hospital para receber tratamentos dos ferimentos, que não eram fatais.

Testemunhas dizem que no momento que os manifestantes viram o fogo, começaram a gritar por socorro e o incêndio corporal foi apagado rapidamente por dois políciais.

O incidente ocorreu por volta das 18h e, segundo testemunhas, o homem gritava de dor e tinha o braço em chamas.

O jornal Washington Post identificou o homem como Samuel Mena Jr.

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Bairro de al Mussawir, em Beirute | UNICEF/Ramzi Haidar

Segundo a ONU, os ataques israelenses estão atingindo áreas densamente povoadas em todo o Líbano, causando a maior onda de deslocamento no país em décadas. Autoridades nacionais estimam que mais de 1 milhão de pessoas estão agora diretamente afetadas e/ou deslocadas pelo conflito.

A violência crescente também já causou a morte de quase 2 mil pessoas e feriu cerca de 9 mil no país. Segundo a Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, mais de 690 crianças teriam sido feridas no Líbano à medida que o conflito se intensificou.

Diante da escalada de violência, a Unicef lançou um apelo por cessar-fogo, estimando que mais de 400 mil crianças estão entre os deslocados, e demonstrou preocupação com o sistema de saúde no Líbano. Segundo o fundo, pelo menos 10 hospitais foram danificados no país, incluindo uma unidade de terapia intensiva neonatal.

"Este conflito desastroso está cobrando um preço tremendo nas crianças", disse a diretora regional da Unicef, Adele Khodr. "Médicos nos relatam o tratamento de crianças ensanguentadas, machucadas e quebradas, sofrendo tanto física quanto mentalmente. Muitas estão vivenciando ansiedade, flashbacks e pesadelos relacionados às explosões. Nenhuma criança deveria ser submetida a situações tão horríveis", reforçou.

Presidente Gianni Infantino em reunião do conselho da Fifa — Foto: Divulgação

Após receber denúncias da Federação Palestina de Futebol de discriminação, a Fifa iniciará uma investigação para decidir sobre um possível banimento do futebol israelense.

A reunião do conselho da entidade, realizada nesta quinta-feira, discutiu a proposta de exclusão das atividades esportivas por conta dos ataques de Israel e Líbano e Irã.

– O Comitê de Governança, Auditoria e Conformidade da Fifa terá a missão de investigar e posteriormente aconselhar o Conselho da Fifa – disse a entidade em comunicado oficial.

Em menos de duas semanas, os bombardeios de Israel ao Líbano já deixaram 1.974 pessoas mortas. Desse total, 127 eram crianças, de acordo com o ministério da saúde libanês. Em menos de duas semanas, os bombardeios de Israel ao Líbano já deixaram 1.974 pessoas mortas. O presidente da Fifa comentou a situação.

"A violência em andamento na região confirma que, acima de todas as considerações, precisamos de paz. Como continuamos extremamente chocados com o que está acontecendo, e nossos pensamentos estão com aqueles que estão sofrendo, pedimos a todas as partes que restaurem a paz na região com efeito imediato" – disse Gianni Infantino.

A denúncia da federação palestina foi feita em abril, após ataque aéreo israelense ao consulado do Irã na Síria, que matou dois generais de alto escalão.

Os iranianos retaliaram com drones e mísseis poucos dias depois. Os ataques desta semana, segundo a Guarda Revolucionária do Irã, foram em resposta ao assassinato em julho do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

Fotos mostram projéteis lançados pelo Irã sendo interceptados sobre o céu Tel Aviv, em Israel — Foto: Jack Guez/AFP

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou nesta quarta-feira (2) que o país exerceu o direito de autodefesa ao lançar 200 mísseis contra o território israelense na terça-feira (1), informou a agência Reuters.

Segundo ele, a ação iraniana contra Israel está concluída, a menos que haja nova retaliação. A declaração foi feita pela plataforma X, de acordo com a agência.

"Nossa ação está concluída, a menos que o regime israelense decida provocar nova retaliação. Nesse cenário, nossa resposta será mais forte e poderosa", disse Araqchi.

Israel promete resposta 'surpresa' e 'precisa'

Israel está planejando uma resposta ao ataque lançado pelo Irã contra o território israelense. Segundo as autoridades, a resposta irá comprovar as capacidades de "surpresa" e "precisão" de Israel.

No ataque iraniano, projéteis cruzaram os céus de cidades importantes, como Tel Aviv e Jerusalém. Boa parte do ataque foi interceptada pelos sistemas de defesa de Israel.

Após o ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a ação iraniana como um "grande erro" e afirmou que o Irã vai "pagar" pelo ataque.

Vários países, como Estados Unidos, Reino Unido e França, condenaram o ataque do Irã contra Israel. A comunidade internacional voltou a pedir por uma desescalada no conflito no Oriente Médio.

Fotos mostram projéteis lançados pelo Irã sendo interceptados sobre o céu Tel Aviv, em Israel — Foto: Jack Guez/AFP

O Irã disparou cerca de 200 mísseis balísticos em direção ao território israelense nesta terça-feira (1º), no primeiro ataque direto após a escalada de tensão entre Israel e o Hezbollah, — o grupo extremista, embora atue no Líbano, é financiado pelo regime iraniano.

Segundo o Irã, a investida foi uma retaliação, em razão das recentes mortes de chefes do Hezbollah no Líbano. Autoridades iranianas argumentaram ainda que qualquer contra-ataque resultará em uma "grande destruição" para Israel.

Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã cometeu um "grande erro" e irá pagar . Autoridades de Israel também prometeram vingança, com uma resposta "surpresa" e "precisa".

O governo de Israel informou que duas pessoas ficaram feridas sem gravidade e que não houve registro de prédios ou residências atingidos.

maior parte dos mísseis lançados pelo Irã atingiu Tel Aviv, onde houve uma série de explosões.

A população teve de se proteger em bunkers e abrigos por mais de uma hora, e o espaço aéreo chegou a ficar totalmente fechado, mas foi reaberto após o ataque.

Pouco antes dos bombardeios, ocorreu um atentado a tiros nos arredores de Tel Aviv, que deixou oito mortos.

Após o lançamento dos mísseis, o presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou que os militares dos Estados Unidos ajudem na defesa de Israel, segundo o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

Israel faz bombardeio em área no sul do Líbano — Foto: AP Photo/Leo Correa

Israel lançou uma operação terrestre "limitada" contra alvos específicos do Hezbollah, no sul do Líbano, nesta terça-feira (1º). A ação conta com tropas do Exército por terra, além do apoio da Força Aérea com aeronaves pelo ar.

O Hezbollah tem bombardeado o norte de Israel desde outubro de 2023, em solidariedade aos terroristas do Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza. Israel vinha respondendo e repelindo os ataques.

A operação terrestre de Israel no Líbano já era esperada. Nesta terça-feira, moradores libaneses na região de fronteira relataram intenso bombardeio, além da presença de helicópteros e drones na área.

Os militares israelenses justificaram a ação para garantir que moradores da região norte do país possam voltar para casa. Essas pessoas deixaram a área por causa de ataques constantes do Hezbollah.

Já no Líbano, a agência Reuters afirmou que um dos ataques atingiu um edifício usado como acampamento para refugiados palestinos. O alvo do ataque seria Mounir Maqdah, comandante da ala militar da Fatah — grupo político que controla a Cisjordânia e está à frente da Autoridade Palestina. O paradeiro dele é desconhecido.

Até a publicação desta reportagem o Hezbollah e o governo do Líbano não haviam se pronunciado sobre a operação israelense. Informações sobre mortos e feridos também não foram divulgadas.

Os Estados Unidos disseram que concordaram sobre a necessidade de um ataque contra o Hezbollah ao longo da fronteira entre Israel e Líbano. O secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, conversou com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

Austin defendeu uma resolução diplomatica para garantir o retorno de civis ao norte de Israel com segurança.

Ataque israelense no sul do Líbano na segunda-feira — Foto: REUTERS/Aziz Taher

A Força Aérea de Israel atacou dezenas de alvos do grupo extremista Hezbollah na madrugada desta terça-feira (24), pelo horário de Brasília, na região sul do Líbano, de acordo com informações das Forças de Defesa de Israel (FDI) publicadas no Telegram. O grupo extremista também realizou ataques ao país vizinho.

O ataque de Israel levou o Aeroporto Internacional Rafic Hariri a cancelar mais de 30 voos para Beirute nesta terça: 15 voos de saída e 29 voos de chegada, de várias companhias aéreas.

Não havia informações sobre vítimas até a última atualização desta reportagem. Na segunda-feira (23), 492 éssoas morreram e 1.645 ficaram feridas no Líbano, segundo o Ministério da Saúde do país.

A segunda-feira foi o dia mais sangrento no país desde a guerra de 2006.

Os bombardeios israelenses causaram pânico e geraram uma fuga em massa do Líbano. Pouco antes dos ataques de segunda, as Forças de Defesa de Israel tinham alertado a população civil para que se afastasse "imediatamente" de supostas posições e depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah.

Cerca de 1.600 alvos do grupo foram atacados, segundo os militares israelenses. De acordo com as Forças de Defesa de Israel, "um grande número" de integrantes do Hezbollah foram mortos no Líbano nesta segunda.

 

Bandeira de Israel pendurada em prédio alvo de ataque do Hezbollah em Haifa — Foto: Jack GUEZ / AFP

Após dias seguidos de pesados ataques mútuos entre Israel e o Hezbollah, o premier Benjamin Netanyahu e o vice-líder do movimento xiita, Naim Kassem, trocaram ameaças e prometeram - no domingo (22) - continuar a escalada de confrontos, em meio a pedidos da comunidade internacional para a diminuição das tensões a fim de evitar uma guerra total na região.

A ONU alertou que o Oriente Médio está “à beira de uma catástrofe iminente”, enquanto EUA, União Europeia (UE) e Reino Unido, entre outros países, uniram-se às exortações para que os dois lados cheguem a um entendimento.

Em entrevista à CNN, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse no domingo que “há potencial para uma escalada bem mais forte” e que o Líbano arrisca transformar-se em “uma outra Gaza, o que poderia ser uma tragédia devastadora para o mundo”. Ele também criticou a falta de um entendimento entre Israel e o Hamas para pôr fim à guerra em Gaza, que vai completar um ano em outubro.

— “Para mim, está claro que ambas as partes não estão interessadas em um cessar-fogo. E isso é uma tragédia, porque essa é uma guerra que deve terminar” — disse ele.

Já o presidente americano, Joe Biden, afirmou no domingo que os EUA “farão todo o possível para evitar que estoure uma guerra mais ampla”.

O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, pediu em nota um “cessar-fogo urgente” no Líbano e em Gaza, alegando que “os civis de ambos os lados estão pagando um preço alto”. Os governos de Reino Unido, Alemanha, Egito e Brasil também se juntaram ao coro no fim de semana e exortaram Israel e o Hezbollah a pararem a escalada do conflito.

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