Porsche do acidente | Foto: Hindustan Times
No último domingo (19), um jovem de 17 anos, alcoolizado e conduzindo um Porsche, colidiu com uma motocicleta e causou a morte de duas pessoas, no bairro de Kalyani Nagar, em Pune, na Índia. 15 horas depois, um tribunal do país concedeu fiança ao rapaz, sob a condição de que, entre outras coisas, ele escrevesse uma redação sobre o caso. Na manhã de ontem (21), o pai do jovem, um magnata do setor imobiliário, foi detido pela polícia.
Além do ensaio sobre o acidente, o tribunal também determinou que o adolescente fizesse sessões de aconselhamento psiquiátrico, trabalhasse com a polícia local durante 15 dias e fizesse um tratamento para curar seu hábito de beber. A decisão gerou revolta na população.
A polícia de Pune vai recorrer da ordem de fiança. “Não deixaremos pedra sobre pedra para provar que este é um crime hediondo”, disse o chefe da polícia de Pune, Amitesh Kumar, ao jornal Indian Today.
O pai do menor foi autuado por “não cumprir o seu dever de tutor”. Segundo o Hindustan Times, a polícia descobriu que foi ele quem comprou o Porsche para o filho, em março deste ano.
Os donos dos bares que supostamente serviram bebidas alcoólicas ao adolescente também foram detidos, uma vez que a idade legal para beber naquela região é de 25 anos.
De acordo com o jornal The Independent, o adolescente voltava de uma comemoração por ter passado em um teste e pilotava o carro a 200 km/h quando atingiu as vítimas, que foram identificadas como Anis Awadhiya (25) e Ashwini Koshta (25), ambos engenheiros de software. Eles estavam voltando para casa na moto após uma festa em um restaurante local. A colisão ocorreu em um cruzamento da cidade.
Depois de bater na moto e provocar a morte de seus ocupantes, o adolescente ainda bateu o Porsche em uma grade. Um grupo de pessoas começou a atacar o jovem quando ele tentou sair do veículo, apresentando sinais de embriaguez.
O suspeito está a quatro meses de completar 18 anos, que é a idade mínima legal para dirigir um carro na Índia. Ele foi acusado de dirigir imprudentemente, causando morte por ato imprudente ou negligente que não se configura como homicídio culposo e por colocar a vida ou segurança pessoal de uma pessoa em risco.