A Associação de Mulheres Empreendedoras (AME), com sedes em diversas cidades de Alagoas e Pernambuco, diz em seu site oficial que acolhe vítimas de qualquer tipo de violência contra a mulher e presta diversos tipos de assistência. Contudo, um caso de violência doméstica ocorrido em janeiro deste ano mostrou algo distinto.
Em janeiro, Maria José da Silva (49), retornou de viagem e soube que sua cadela havia sido atacada por um pitbull pertencente a Gláucio Valença, patrão de seu irmão, Luciano Vital da Silva. No dia 30, a mulher foi até a fazenda do proprietário do cachorro para tirar satisfação do ocorrido, mas acabou sendo hostilizada pelo irmão, com quem também tem pendências pessoais.
Escoriações sofridas pela vítima | Foto: cortesia ao Portal Rádio Sampaio
De acordo com o boletim de ocorrência (B.O.) registrado por Maria, Gláucio teria sacado uma arma e mandado Luciano “resolver” o problema, momento em que o homem a derrubou e a agrediu com socos e pontapés, deixando-a com escoriações e hematomas pelo corpo.
Depois de ter sido agredida, a vítima relatou que procurou a AME, que a orientou a aguardar por instruções. Segundo Maria, a presidente estadual da instituição, Júlia Nunes, ficou sabendo do ocorrido e disse que tomaria as providências para que ela recebesse uma medida protetiva. Apesar disso, ela contou que não recebeu nenhum retorno da associação.
Sede da AME em Tanque D'Arca | Foto: redes sociais
Em dado momento, a mulher recebeu um telefonema do motorista de Vone Valença, primo de Gláucio e marido de Adriana Wanderley, que é mãe da presidente da AME em Tanque D’Arca.
De acordo com o boletim de ocorrência, depois de entrar em contato com a vítima, o motorista foi até a casa dela e lhe fez uma proposta de trabalho, solicitando que ela entrasse no carro para que pudessem conversar. O que aconteceu, entretanto, foi que o homem a levou para a fazenda de Vone, que a instruiu a não ir adiante na questão da agressão sofrida. Após Maria informar que já havia registrado um B.O., Vone e Adriana tentaram convencê-la a tirar o nome de Gláucio da história.
Ainda no local, a mulher recebeu R$ 50 para fazer o exame de corpo de delito em Arapiraca. Segundo Maria, a AME teria lhe prometido um carro para levá-la até o local do exame, mas apenas postergou a ação.
Foi a partir daí que a vítima percebeu que estava sendo “passada para trás”, para que não levasse o caso adiante.
Por conta própria, Maria foi até o Instituto Médico Legal (IML) e realizou o exame de corpo de delito. Cerca de 20 dias já haviam se passado sem que nenhuma providência fosse tomada por parte da AME, então a mulher procurou o atual prefeito de Tanque D’Arca, Will Valença, que acionou a Patrulha Maria da Penha para ajudar a mulher.
Maria foi levada até o fórum de Arapiraca, onde assinou um pedido de medidas protetivas de urgência. Segundo o boletim de ocorrência, momentos antes de ir ao fórum, quando ainda estava em Tanque D’Arca, a vítima percebeu uma funcionária da AME tirando fotos suas. À polícia, a mulher declarou que teme pela própria vida.
Maria José da Silva declarou que acredita que a tentativa de coibição que sofreu tem motivações políticas, por Gláucio ser primo de Vone.
Informações passadas ao Portal Rádio Sampaio dão conta de que a esposa de Vone e pré-candidata à prefeitura de Tanque D’Arca, Adriana Wanderley, e a AME, estão unidas ao grupo político de Roney Valença e José Rubens, que faz oposição à atual gestão do município de Tanque D’Arca.
Adriana Wanderley, pré-candidata à prefeitura de Tanque D'Arca, junto a membros da AME | Foto: redes sociais
Foto: ilustração
Na noite do último domingo (31), um homem realizou uma falsa denúncia de roubo, informando à polícia que sua motocicleta havia sido roubada por três indivíduos armados, no bairro Canafístula, em Arapiraca. Uma guarnição do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) foi acionada para verificar o caso e acabou descobrindo que a suposta vítima havia criado a história porque estava com raiva.
De acordo com as informações policiais, os militares foram até o local onde o suposto roubo havia ocorrido e, realizando buscas, encontraram o veículo estacionado na calçada de um estabelecimento. O proprietário do lugar foi chamado e informou à guarnição que estava acontecendo uma festa e que o dono da motocicleta havia sido expulso algumas horas antes, pois estava embriagado e teria iniciado uma briga.
Com essas informações, os agentes foram até a suposta vítima, que admitiu ter informado o falso roubo porque estava com raiva. O homem também disse que registrou um boletim de ocorrência (BO) do falso crime junto à Polícia Civil.
O proprietário do estabelecimento e o dono da moto foram levados até a Central de Polícia, onde foi registrado um BO por comunicação falsa de crime. O veículo também foi apreendido.
Materiais apreendidos | Foto: 3° BPM
Por volta das 10h40 de ontem (13), um jovem de 18 anos foi preso após ser flagrado com uma quantidade de maconha e uma balança de precisão, na rua Projetada, localizada no bairro Planalto, em Arapiraca. De acordo com o 3° Batalhão de Polícia Militar (BPM), uma guarnição da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) estava em rondas quando avistou o suspeito, que se desfez de uma sacola e empreendeu fuga.
Durante a fuga, feita a pé, o indivíduo se desfez de uma sacola plástica e entrou em uma casa vazia, tentando pular o muro dos fundos. Os militares conseguiram alcançar o jovem e verificaram o conteúdo da sacola descartada, encontrando 220g de maconha e a balança citada.
Durante a abordagem, o indivíduo informou que já tinha sido preso por tráfico de drogas. Ele foi levado até a Central de Polícia, junto ao material apreendido, e um boletim de ocorrência por tráfico foi confeccionado.
Foto: ilustração
Na madrugada de hoje (16), uma mulher registrou um boletim de ocorrência contra sua mãe e sua irmã, alegando que elas a haviam agredido, com sua irmã também a ameaçando com uma faca. O caso ocorreu no bairro Canafístula, em Arapiraca. O motivo das ações não foi informado.
De acordo com o registro policial, uma guarnição de Força Tarefa do 3° Batalhão de Polícia Militar (BPM) foi acionada para a ocorrência e, chegando ao local indicado, foi recebida pelas suspeitas.
Os militares pediram para que a terceira envolvida fosse chamada, momento em que a mãe utilizou palavras ofensivas para chamar a filha. Esta, por sua vez, contou o que havia ocorrido e afirmou que queria proceder contra a genitora e a irmã.
As envolvidas foram levadas para a Central de Polícia de Arapiraca, onde foi confeccionado o boletim de ocorrência. As envolvidas foram levadas para o Instituto Médico Legal (IML), para a realização do exame de corpo de delito. Posteriormente, foram liberadas.