Reprodução ASCOM/ALE

Os deputados estaduais debateram, na sessão ordinária da quinta-feira (27), a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização do porte da maconha.  "Fiquei surpreso pela decisão de descriminalizar o uso, o porte e a compra da maconha, limitada até 40 gramas", criticou o deputado Francisco Tenório (PP)- questionando o fato de a compra poder acontecer sem punição, por parte dos traficantes.

Precisa-se discutir a questão das drogas no País, envolver as universidades, a psiquiatria e a segurança pública. O vício é mais um problema de Saúde do que de Segurança Pública", prosseguiu o parlamentar. "Fica aqui um apelo ao Congresso Nacional, que deve puxar para si e debater com profundidade", concluiu Francisco Tenório.

Em aparte, o deputado Cabo Bebeto (PL) criticou a decisão do STF, afirmando que estudos apontam aumento de até 30% no vício em locais onde a droga foi liberada. "Maconha é porta de entrada para outras drogas. Costumo dizer que só defende a liberação quem usa ou quem vende", afirmou Cabo Bebeto.

Ronaldo Medeiros lembra regulamentação

Ronaldo Medeiros (PT), por outro lado, reforçou a questão social e de saúde pública sobre o uso de maconha. "Nós temos que distinguir o usuário do traficante. Essa é a grande discussão que devemos ter nesta Casa, sem ignorar que esse é um problema de saúde pública e social também", prosseguiu Medeiros. "O STF não liberou o uso, apenas regulamentou uma parte da lei que estava em aberto, já que em algumas localidades os juízes condenavam com 20 gramas e, em outros locais, com 30 gramas não havia condenação. Havia discrepância e é preciso existir igualdade", disse ele.

O que disseram Dr Wanderley e Ricardo Nezinho

Doutor Wanderley (MDB) afirmou que é preciso abordar o tema com menos emoção e mais razão. "A gente tem que levar isso com muito cuidado, não agir de forma apressada. Esse movimento que o STF criou e incomoda muita gente foi uma reclamação da Defensoria Pública de São Paulo, de 2006", ressaltou ele, dando razão a Cabo Bebeto sobre a culpa do Congresso Nacional não se definir sobre o tema.

Já o deputado Ricardo Nezinho (MDB) citou sua experiência de mais de 13 anos com uma comunidade terapêutica na cidade de Arapiraca. "A gente sabe da importância da cannabis na área medicinal. De forma terapêutica, sou favorável; mas ao contrário do deputado Ronaldo Medeiros, sou contra a liberação da droga para uso recreativo, pois o uso da maconha é um trampolim para outras drogas", completou ele.

"Só quem tem um viciado em casa sabe como é", encerrou ele.

Fátima Canuto participará de audiência pública sobre o tema

A deputada Fátima Canuto (MDB) parabenizou Tenório por levar o tema até a Casa. "Comunico de antemão que foi solicitada, por meio da Comissão de Direitos Humanos, uma audiência pública a ser realizada no dia 5 de agosto, em conjunto com a Comissão da Saúde, para discutir esse tema", informou ela.

Parlamentar fala sobre dificuldades nas famílias com pessoas viciadas

Último a falar, Mesaque Padilha (União Brasil) relatou que a Igreja Assembleia de Deus e outras igrejas também têm encontrado muitos familiares e membros que passam pela dificuldade de ter pessoas viciadas em drogas dentro de casa.

"Quem se prejudica muito com isso são aquelas famílias que têm os seus filhos morrendo. Morrendo porque não podem pagar droga. O credor vai voltar e quer o dinheiro dele. E o que vai acontecer? Vai levar, ceifar a vida daquela pessoa dentro de casa, muitas vezes na frente do seu pai, da sua mãe, do seu filho", lamentou ele.

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