A prefeita de uma cidade no oeste do México foi morta a tiros na segunda-feira (3), disseram as autoridades, poucas horas depois de o país eleger sua primeira mulher presidente em uma disputa marcada por ataques mortais a candidatos.
Yolanda Sánchez Figueroa, prefeita de Cotija, no estado de Michoacán, caminhava de uma academia de volta para sua casa com seu guarda-costas quando foram baleados por pessoas em uma van branca, disse o procurador-geral do estado em um comunicado.
Tanto Sánchez Figueroa como o seu guarda-costas morreram em um hospital da região. Foi iniciada uma investigação.
Sequestro
Sánchez Figueroa já havia sido sequestrada em setembro de 2023 na cidade de Zapopan e libertada três dias depois. Três homens foram presos e acusados de seu sequestro.
As autoridades locais, incluindo o governo de Michoacán, condenaram o ataque mortal à prefeita e ao seu guarda-costas.
“Uma operação de segurança coordenada com agências federais foi implantada para encontrar os responsáveis pelo incidente”, disse o Ministério de Segurança Pública do estado.
A taxa de homicídios no México está entre as mais altas do mundo e continua a ser um lugar perigoso para as mulheres, com números que mostram que cerca de 10 mulheres são assassinadas todos os dias.
O assassinato de uma menina de oito anos desencadeou a revolta na cidade de Taxco, no sul do México, cujos moradores lincharam a suposta responsável, em um caso que agrava a crise de segurança nesse destino turístico assolado pelo crime organizado.
O linchamento ocorreu depois que dezenas de pessoas bloquearam uma das principais avenidas da cidade, a cerca de 170 km da Cidade do México, horas após o corpo da criança ser encontrado em uma estrada.
Em comunicado, a Promotoria do estado de Guerrero, ao qual pertence Taxco, informou na quinta que está investigando o assassinato da menina como “feminicídio” e “o homicídio qualificado” da mulher linchada.
“Minha solidariedade está com a família (da criança), o futuro não se entende sem justiça”, escreveu nesta sexta-feira a governadora de Guerrero, Evelyn Salgado.
Após o bloqueio, os moradores se dirigiram a uma casa onde estava a mulher junto com dois homens, exigindo da polícia sua prisão.
Anteriormente, havia circulado nas redes sociais um vídeo de câmeras de segurança do momento em que supostamente a mulher e um homem colocam uma bolsa preta no porta-malas de um carro, onde estaria a menor morta.
Diante da falta da ordem de prisão, a população retirou da casa a mulher e outros dois homens, um dos quais estaria nas imagens.
Os três foram espancados a chutes e com paus. Os dois homens estão em hospitais de Taxco, conhecida por seus edifícios coloniais e venda de joias de prata.
A polícia não impediu o linchamento porque a multidão enfurecida os tinha molhado com gasolina.
A menina desapareceu na quarta-feira e sua mãe recebeu ligações anônimas pedindo dinheiro para libertá-la, disse um parente à mídia local.
No México, ocorrem anualmente inúmeros linchamentos de supostos criminosos por parte de cidadãos. Especialistas em segurança relacionam esse fenômeno à percepção de impunidade.
Uma médica israelense foi morta por membros do Hamas quando tentava salvar feridos dos ataques realizados pelo grupo terrorista no último sábado, em Kibutz Be'eri, no sul do país. Amit Mann, de 22 anos, estava dentro de uma clínica no momento da invasão da unidade de saúde pelos assassinos. Ela foi baleada enquanto falava ao telefone com seus parentes.
Amit morreu após passar seis horas dentro da clínica situada nas proximidades da fronteira com a Faixa de Gaza. Em seus últimos momentos de vida, a médica manteve contato com suas irmãs pelas redes sociais.
"Há uma enfermeira e um dentista aqui. Estamos fazendo o que podemos", comenta Amit por mensagem de texto, acrescentando que havia pessoas feridas que estavam "sangrando" e não tinha como tirá-las do local.
Lior, irmã de Amit, então questiona se houve tiroteio. "Sim. Isso nunca acaba. Parece que há mais terroristas. Eles estão nas casas das pessoas. As forças do exército foram atingidas", respondeu a médica.
"É uma guerra e vamos vencer – somos mais fortes", escreveu Lior. "Concentre-se em cuidar de si mesmo. Acabará em breve", acrescentou. "Eu te amo. Obrigado", respondei Amit.
Para sua outra irmã, Haviva, a médica contou que estava escondida na cozinha da clínica. Ela segurava uma faca para se proteger. "Eles estão aqui. Eles estão na clínica. Acho que não vou conseguir sair daqui. Por favor, seja forte se algo acontecer comigo", afirmou.
Pouco depois, Amit telefonou para suas irmãs, que ouviram barulho de tiros. De acordo com a família, a médica dissse: "Eles estão em cima de mim! Eles atiraram nas minhas pernas".
Os parentes de Amit passaram o domingo em busca de notícias da médica. O corpo dela foi encontrado em meio a outros 107 cadáveres que estavam na clínica na segunda-feira. Os restos mortais da vítima foram enterrados no cemitério em Netivot, nesta terça-feira.
O Magen David Adom, uma espécie de Samu de Israel, prestou uma homenagem à Amit. "Amit foi uma paramédica heróica que continuou a cuidar dos feridos mesmo quando terroristas tentaram invadir uma clínica em Kibbutz Be'eri. Ela se sacrificou enquanto tentava proteger a vida dos pacientes – sua prioridade era apenas o que era melhor para eles", escreveu o diretor do serviço, general Eli Bin.
O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo aguarda o recebimento de documentos para que o corpo de Ana Luiza seja liberado. A expectativa da família é que o corpo seja trazido para Alagoas esta semana.
"Eles exigem as documentações originais, que estão todas em Pão de Açúcar. Diante de tudo o que aconteceu, ainda temos que passar esse tempo todo numa espera angustiante", lamenta Cláudia, avó da vítima.
Embora ainda não tenha a confirmação oficial, Cláudia conta que já reconheceu o corpo da neta através de fotos e vídeos mostrados pela polícia.
"De início eu não queria ir reconhecer porque queria preservar a imagem dela, a lembrança que eu tinha dela. [A polícia] me mostrou vídeos e fotos e reconheci que aquele corpo seria de Luiza", disse Cláudia.
Ana Luiza tinha 19 anos e morava em São Paulo há um ano e meio. No dia 4 de setembro, a família foi informada sobre seu desaparecimento e viajou até a cidade onde ela morava para acompanhar as investigações. Um homem foi preso no dia 15 de setembro. Dias depois, ele confessou o crime e mostrou onde estava o corpo.
Cláudia conta que a neta deixou Pão de Açúcar em busca de uma realização pessoal. Em São Paulo, ela morava em um pensionado com outras 12 pessoas.
Segundo a avó, Ana Luiza tinha o sonho de morar na Europa. Enquanto esse sonho não se realizava, a neta fazia planos de voltar a morar em Maceió e comprar um apartamento.