Helicópteros de transporte militar de carga pesada da Força Aérea israelense sobrevoam o Deserto de Negev, atingido no ataque iraniano - (crédito: AFP)
Enquanto líderes mundiais pedem o fim dos conflitos no Oriente Médio, Israel instou o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, a impor "todas as sanções possíveis ao Irã", em represália ao ataque da noite de sábado.
Num bunker em Tel Aviv, o Gabinete de Guerra encerrou uma reunião de emergência sem definir uma retaliação. Mais cedo, porém, um dos membros do grupo, o militar Benny Gantz, informou, em comunicado, que haverá uma resposta, "na forma e no momento certo".
O Irã garantiu à ONU que deu o conflito por encerrado e argumentou direito à autodefesa. Segundo o embaixador Amir Saeid Iravani, o Conselho de Segurança "falhou em seu dever de manter a paz e a segurança internacionais" ao não condenar o ataque de 1º de abril ao consulado iraniano em Damasco, na Síria.
A ofensiva, que deixou cinco mortos, é atribuída a Israel. Iravani garantiu que "Teerã não deseja uma escalada" no clima bélico, mas "responderá a qualquer ameaça ou agressão". A reunião do conselho foi encerrada sem um consenso entre os países.
Aliado de Israel, os Estados Unidos afirmaram que não participarão de um possível contra-ataque. Um alto funcionário do governo do presidente Joe Biden disse a jornalistas que o país não se "imagina participando de tal ato". Além disso, a fonte insistiu que o Estado judeu não busca mais uma guerra na região.
"Os israelenses deixaram claro para nós que não estão buscando uma escalada significativa com o Irã", afirmou, acrescentando que o chefe da Casa Banca "deixou muito claro para o primeiro-ministro (Netanyahu) que precisamos pensar cuidadosa e estrategicamente sobre os riscos de uma escalada".