A forte onda de calor que afeta o mundo, tem surtido efeito em vários setores do México, Costa Rica, Equador e Colômbia.
No México, várias regiões têm sofrido com apagões intermitentes devido ao alto consumo de energia, anunciou o governo na quinta-feira (9). Nos últimos dias, foram registrados apagões na capital do país e em outras áreas. Em algumas dessas regiões a temperatura passou de 40º C. O calor provocou a redução do nível de diversas represas do país, causando preocupação nos setores produtivos, principalmente no agropecuário.
Ao redor do Mar Cáspio e em grande parte da Austrália, a seca também tem predominado.
Na Costa Rica, as autoridades anunciaram que a partir da segunda-feira (13) haverá um racionamento de energia, devido à escassez de água nos reservatórios como resposta às secas provocadas pelo fenômeno climático El Niño. A medida tem duração indeterminada e dependerá da quantidade de água que cair nas próximas semanas.
Equador e Colômbia também têm sofrido com o racionamento de energia, devido à falta de água para alimentar as usinas hidrelétricas.
Outros países
O mundo inteiro tem sofrido as consequências do El Niño. Segundo o observatório europeu Copernicus, o mundo está passando por onze meses consecutivos de temperaturas anormalmente altas, tanto no ar quanto na superfície dos oceanos.
As últimas semanas têm sido marcadas por ondas de calor extremo na Ásia e, também, da Índia ao Vietnã.
Já em grande parte da América do Norte, Ásia Central e Oriental, Golfo Pérsico e sul do Brasil, chuvas intensas causaram inundações, que continuaram em maio.
Após novos apagões no centro da capital paulista, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) voltou a pedir a rescisão do contrato com a Enel, responsável pelo abastecimento de energia elétrica na cidade. Em ofício encaminhado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nunes culpa a Enel e pede que a distribuidora seja responsabilizada pela falta de luz que afetou diversos bairros, três hospitais de grande porte e pelo menos 35 mil pessoas nesta semana.
“Por serem, assim, tão graves as falhas ocorridas e a renitência da concessionária em admiti-las e corrigir sua conduta, o Município de São Paulo, mais um vez, busca que essa agência instaure procedimento com vistas à rescisão da concessão, única medida que se vislumbra capaz de garantir a continuidade de serviço público essencial à vida na maior cidade do país”, diz o documento, obtido pelo Metrópoles.
O prefeito pede, ainda, que a Aneel atue com a Prefeitura de São Paulo no processo de escolha da nova distribuidora. “É urgente a seleção de nova concessionária e também é urgente a correção do processo pelo qual é escolhida”, registra.
Além da Aneel, Nunes encaminhou ofício sobre o mesmo tema para o ministro Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), para cobrar que o órgão “fiscalize o cumprimento do contrato de concessão e a efetiva e adequada prestação de serviço”.
No documento, o prefeito lista outros episódios recentes de falta de luz na cidade e diz que o cenário “reflete o padrão de falta de respeito com que a concessionária trata os paulistanos”.
Os apagões em série afetaram principalmente o centro da capital paulista. A lista de locais que ficaram sem luz inclui a Rua 25 de Março ( grande centro de compras) e a Central da SPTrans, autarquia responsável pelos ônibus municipais.