Reprodução/Facebook

A brasileira Katia Pereira Da Silva, 44 anos, que na quarta-feira (18) dirigia o carro que atropelou sete pessoas em Lido Camaiore, no centro da Itália, cumpre prisão domiciliar em Viareggio, cidade na região da Toscana. O acidente provocou a morte de duas jovens alemãs: Jasmine Bousnina, 18 anos, e Elis Donmez, 17 anos.

Segundo a imprensa italiana, após o desastre a brasileira teria declarado aos policiais que não se lembrava de nada.

Katia responde por duplo homicídio rodoviário e lesões graves. Os exames toxicológicos dela resultaram negativos.

Na Itália, a pena prevista para o crime de homicídio rodoviário é de 2 a 7 anos de prisão (art. 589-bis do Código Penal). Além disso, circular dentro de um centro urbano em velocidade superior a 70 km/h constitui uma circunstância agravante. Se o condutor responsável pelo acidente não socorrer a vítima e fugir depois, a pena pode ser aumentada de um a dois terços.

Segundo as autoridades, o carro dirigido pela brasileira estava em velocidade de mais de 80 km/h, muito acima da permitida, quando, em um cruzamento, atingiu em cheio três jovens alemãs, que estavam na calçada. Duas delas tiveram morte instantânea. A terceira está internada no hospital com ferimentos graves.

A motorista ainda percorreu cerca de 250 metros sem parar ou reduzir a velocidade, até derrubar o poste de um semáforo e atropelar outros três franceses que atravessavam a rua. Ela prosseguiu por mais 35 metros, até bater em dois veículos estacionados e finalmente parar. A sétima vítima foi uma amiga da motorista, que estava no banco do passageiro e sofreu ferimentos leves.

“Não fui eu”

O acidente ocorreu em torno das 19h (hora local). Logo após, Katia foi levada pela polícia ao pronto-socorro para fazer os testes de álcool e de drogas. Ela também teria passado por uma consulta com um psiquiatra, sem resultados particulares. “Não me lembro de nada”, teria dito a motorista aos agentes da delegacia de Viareggio. “Não fui eu”, declarou, segundo relatou o jornal Corriere della Sera.

A Promotoria de Lucca ordenou uma investigação sobre o carro, que acabou apreendido, para entender se houve mau funcionamento do veículo, um Mercedes Gla. As vistorias e os documentos do carro foram formalmente considerados em ordem. As autoridades esperam que nos próximos testemunhos a motorista possa dar mais detalhes para esclarecer o acidente.

 

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